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Descoberta a provável origem do sinal Wow, potencialmente alienígena

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Em 15 de agosto de 1977, a equipe de cientistas que operava o Big Ear Radio Telescope, na cidade de Delaware, no estado de Ohio, nos Estados Unidos, levou um susto. O radiotelescópio havia captado por cerca de 72 segundos um sinal forte, intermitente e intrigante, que ficou conhecido como sinal Wow.

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O Big Ear não era o maior, mais foi um dos muitos equipamentos importantes nos esforços para busca SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence, ou busca por inteligências extraterrestres).

O achado era muito diferente do ruído de fundo, como um farol intenso – numa analogia com a navegação marítima. Destacou-se tanto de todo o resto que o astrônomo responsável pela análise inicial dos dados, Jerry Ehman, anotou uma palavra no espaço da margem da folha em que estavam os números que representavam o sinal: “Wow!”. Essa anotação entraria para a história da pesquisa SETI.

Nunca mais aquele sinal se repetiu em todo o tempo de operação do Big Ear, desativado em 1998. À época, em uma carta ao seu colega astrônomo Carl Sagan, o diretor do radiotelescópio, John Kraus, deu detalhes ainda mais curiosos sobre a detecção. “O ‘sinal Wow’ é altamente sugestivo de origem inteligente extraterrestre, mas pouco mais pode ser dito até que retorne para um estudo mais aprofundado”, escreveu.

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Várias tentativas fracassaram em encontrar uma explicação com base em algum fenômeno conhecido para o sinal. Agora, mais de 40 anos depois, parece haver uma luz no fim do túnel. Mas diferentemente do que uma parte da grande imprensa divulgou, não se trata, ainda, da origem definitiva do sinal. Muito menos uma explicação para o Wow.

A provável origem do sinal Wow

Acontece que um astrônomo amador chamado Alberto Caballero teve uma ideia brilhante: procurar a origem do sinal “Wow!” novamente, a partir do novo e impressionante mapa 3D da galáxia proporcionado pela varredura do observatório espacial Gaia, lançado em 2013 pela Agência Espacial Europeia (ESA).

Gaia foi lançado justamente com o objetivo de mapear o céu noturno, determinando a posição e a distância das estrelas com precisão inédita até agora. Previsto para operar até 2024, ele já mapeou cerca de 1,3 bilhão de estrelas e possibilitou criar o mapa mais detalhado de nossa galáxia já feito até hoje.

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O que Caballero fez foi empregar o conhecimento de estrelas parecidas com o nosso Sol no mapa gerado por Gaia na mesma região que foi monitorada pelo Big Ear quando detectou o Wow. Pelo critério do astrônomo, seria preciso encontrar uma estrela parecida com a nossa, com possibilidade de ter planetas semelhantes aos nossos, com temperatura, raio e luminosidade equivalentes.

Estrela 2MASS 19281982-2640123. Imagem: PanSTARRS/DR1
Estrela 2MASS 19281982-2640123. Imagem: PanSTARRS/DR1

Foi assim que ele chegou à estrela 2MASS 19281982-2640123. É “a única estrela potencialmente semelhante ao Sol em toda a região do Wow!”, afirma o Caballero. A candidata a berço de uma civilização tecnológica extraterrestre fica na constelação de Sagitário, a 1.800 anos-luz da Terra.

Apesar da especificidade da declaração, o astrônomo ressalta que identificou outras 66 candidatas em potencial, 14 delas ainda bastante semelhantes ao Sol, mas com evidências e coincidências (em relação ao nosso astro) mais fracas.

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Mas há vida na estrela 2MASS 19281982-2640123 e ela é a fonte do sinal?

Encontrar uma provável fonte para o sinal Wow não significa muita coisa além disso. Sua origem inclusive é apenas uma hipótese. Caballero defende que o estudo continue para verificar se a estrela 2MASS 19281982-2640123 dá indícios de contar com exoplanetas orbitando ao seu redor. Sim, esse não foi um critério de exclusão no primeiro momento, ou seja, sequer sabemos se há mesmo planetas lá.

É possível, inclusive, que algumas outras das 66 estrelas que o astrônomo considerou potenciais levem à descoberta de exoplanetas. Por hora, tudo que temos são conjecturas da origem do sinal.

O estudo do astrônomo Alberto Caballero foi publicado no periódico científico arXvid.org em 8 de novembro e encontra-se em fase de “pre-print”, aguardando revisão pelos pares (ou seja, a conferência por outros especialistas).

Com informações de Astronomy Magazine e arXiv.org

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