fbpx
Notícias

Companhia diz ter protótipo de artefato eletrônico baseado em tecnologia alienígena

Compartilhe:

A história toda é muito estranha e recheada de tópicos dignos da mais bem elaborada teoria conspiracionista. Daria um belo roteiro de filme de ficção científica. O único problema é que tem gente até então tida como séria fazendo a afirmação mirabolante: todo o arsenal eletrônico desenvolvido pela humanidade é resultado do aproveitamento da tecnologia de uma nave alienígena que teria caído na cidade norte-americana de Roswell, no Estado do Novo México, em julho de 1947.

----publicidade----

No ano passado o “Incidente em Roswell”, como ficou conhecida a mais popular e até hoje polêmica história da Ufologia dos EUA, completou 50 anos, coincidindo com o cinqüentenário da própria era moderna da Ufologia, inaugurada pelo relato de Kenneth Arnold, piloto civil norte-americano, que ao sobrevoar o Monte Rainier teria observado uma formação de vôo de nove objetos discoidais a grande velocidade.

E justamente no aniversário de 50 anos, o Incidente em Roswell ganhou duas novas versões, uma oficial e outra reforçando o caráter insólito do alegado episódio. A versão oficial ficou por conta da nota divulgada pela Força Aérea dos Estados Unidos, afirmando que realmente um objeto caiu em Roswell, mas que tratava-se apenas de um balão com um dispositivo de reflexão de ondas de radar. Segundo a USAF, o projeto, chamado “Mogul”, era então secreto e acabaria sendo confundido com um disco voador pelos experimentados oficiais do 509º Grupo de Bombardeio de Roswell, na época o único grupo de bombardeio atômico dos Estados Unidos.

A versão que corrobora o caráter ufológico do incidente foi lançada primeiro pelo Coronel Philip J. Corso, em seu livro “The Day After Roswell” (O Dia Seguinte a Roswell), publicado pela Editora Pocket Books. No livro, o Coronel Corso afirma ter ele próprio comandado as operações de despacho dos destroços da nave alienígena acidentada para laboratórios de pesquisa civis e militares com o objetivo de pesquisa e desenvolvimento de tecnologia de forma a parecer que tratavam-se de invenções terrestres.

----publicidade---- Loja do Portal Vigília - Produtos e estampas exclusivas para quem veste a camisa da Ufologia

A checagem das alegações de Corso logo gerou uma polêmica na Ufologia Mundial. A maioria dos informantes por ele mencionados já morreu. A confirmação só seria possível com a boa vontade do Governo dos EUA, de departamentos como o Pentágono, CIA e empresas para as quais teriam ido os destroços, como os Laboratórios Bell, AT&T, Motorola, General Electrics etc. Ou seja: a comprovação dependeria de tudo que os ufólogos do mundo esperam há 50 anos. No entanto, contra seus críticos, Philip Corso apresenta seu currículo e patentes militares, estas sim, confirmadas. Coronel do Exército dos EUA reformado em 1963, com 21 anos de carreira e 19 condecorações militares, foi oficial da Inteligência na equipe do General Douglas MacArthur, na Coréia; membro do Conselho de Segurança Nacional (durante o governo de Eisenhower) e diretor do Setor de Tecnologia Estrangeira do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento do Exército dos EUA, no Pentágono. Ao se reformar, o coronel tornou-se assessor especializado em segurança nacional para os senadores James Eastland e Strom Thurmond.

A American Computer Company e o Transistor

Mas o debate ficou mesmo quente depois que uma companhia que vende computadores entrou em cena. A American Computer Company (ACC), uma empresa de médio porte sediada no segundo andar de um edifício de estabelecimentos empresariais de Nova Jersey, nos EUA, lançou em seu site na Internet (http://www.american-computer.com/) uma versão nova para a história da invenção do transistor, dispositivo em que está baseada a quase totalidade dos aparelhos eletrônicos do homem, desde um simples rádio de pilha até os mais avançados computadores da atualidade. Conforme descreve a ACC em suas páginas na Web (http://www.american-computer.com/roswell.htm), o transistor teria sido desenvolvido na Bell Labs –braço da pesquisa e desenvolvimento de ponta da empresa Lucent technologies, incorporada pela AT&T– como parte de um projeto de pesquisa e aprendizado do funcionamento dos dispositivos encontrados no artefato alienígena acidentado em Roswell.

----publicidade----

No site, o relato começou sendo apresentado de forma humorística, inicialmente apenas requisitando a opinião dos leitores, o que seria parte de uma estratégia depois explicada pelo presidente da ACC, Jack Shulman, durante entrevista concedida ao radialista Jeff Rense. Ao radialista, que comanda o popular programa Sightings, nos EUA (http://www.sightings.com/), Shulman relatou que a intenção era dar publicidade à história e ao mesmo tempo não prejudicar a imagem da companhia junto aos seus clientes, deixando a cargo de contribuições futuras dos leitores do site e contatos da ACC confirmar ou desmentir o material apresentado.

O presidente da ACC afirma ter recebido o relato de um consultor de sua companhia com o qual, como é praxe no mundo da Ufologia, ele comprometeu-se a não revelar o nome.

O mistério, assim como a computação e o gosto pela polêmica parecem fazer parte da vida de Shulman. O empresário é também diretor da ACSA – American Computer Scientists Association (Associação Americana dos Cientistas da Computação), uma Associação que reivindica vitória por W.O. de seu sistema Valkyrie –montado pela ACC– sobre o Computador Deep Blue e reproduz em seu site até mesmo o manifesto do terrorista mundialmente conhecido Unabomber. Shulman tem uma página no site da ACSA (http://www.acsa.net/shulman.html) dedicada a apresentar seu currículo no ramo da computação. Ao invés de sua foto, no entanto, consta uma fotografia do monumento de Stonehenge, na Inglaterra. O site http://www.acsa.net/shulman1.html, que reproduz um artigo de Shulman a respeito de inteligência artificial, refere-se a ele, entre outros adjetivos, como “um dos pais da tecnologia da computação”, tendo desenvolvido trabalhos para a IBM, AT&T, HP, Bell Labs/AT&T, governo dos EUA e “dúzias de outros”.

----publicidade----

Listas de e-mail e reforço com declaração de astronauta
Logo surgiram nas listas de discussão de Ufologia na Internet, algumas delas retransmitidas no Brasil pela OVNIBR-l, mantida pelo pesquisador Pedro Cunha, dezenas de mensagens apoiando a iniciativa ou duvidando dos fatos relatados pela ACC. Repercutindo em mais desconfiança, surgiram dois misteriosos investigadores, chamados Bob Wolf e Ed Wang, que muitas vezes pareceram falar em nome da ACC, o que é negado por Shulman. O presidente da companhia afirma tratarem-se de dois pesquisadores que entraram em contato com ele, assim como muitos outros.
Não tomando conhecimento da controvérsia, a ACC continuou ampliando em seu site o espaço destinado à história do transistor. Diversas reportagens, releases de imprensa e ofícios foram publicados. Apelando para o espírito patriótico do povo norte-americano, a companhia encaminhou ofício ao Departamento da Defesa dos Estados Unidos para que se pronunciasse a respeito da história em benefício da própria confiança do povo americano em seu governo.

Aí a polêmica começou a esquentar. Praticamente na mesma época, segundo garante Shulman, o prédio da ACC foi arrombado, alguns equipamentos de menor valor foram roubados e uma série de documentos foi deixada na empresa. A investigação acabou tendo envolvimento do Escritório de Informação Estratégica da Força Aérea Norte Americana e até da CIA, depois de contato telefônico da ACC com a Central procurando informações sobre um suposto satélite de espionagem mencionado numa das muitas comunicações misteriosas recebidas via fax ou e-mail.

Lutando contra investidas para derrubar seu sistema de segurança na Internet, a ACC prosseguiu e conseguiu, através do ex-astronauta Edgard Mitchell, o sexto homem a caminhar sobre a Lua, um importante incentivo. No dia 15 de outubro de 1997, a agência de notícias internacionais Associated Press veiculou nota revelando que Michell admitiu que alguns aviões militares utilizam tecnologia derivada de uma espaçonave alienígena que teria sido capturada e desmontada. A nota, que se refere às declarações do astronauta durante um congresso no dia 11 de outubro, diz ainda que, para Mitchell, “o proposto projeto secreto está sendo encaminhado há décadas debaixo de uma administração governamental paralela, separada do presidente e dos membros do alto-escalão do Pentágono”. Apesar de não referir-se especificamente à ACC, a companhia tomou a declaração como reforço ao seu próprio relato.

Novas tecnologias “alienígenas”
Depois de vários comentários, novas revelações (veja entrevista exclusiva de Jack Shulman à Revista Vigília, via e-mail), finalmente veio a cartada mais contundente da companhia: segundo a ACC, não só o material que reuniu na investigação que depreendeu é confiável, como conseguiu identificar um novo componente eletrônico entre as anotações que lhe foram repassadas pelo misterioso consultor. Denominado pela empresa de Transcapacitor, ou Transcap, ele seria capaz de armazenar, num único ‘chip’ de cristal, o equivalente a 90 gigabytes de memória de computador, por exemplo. Ou ainda ser aplicado a dispositivos ampliando entre 50 e 1000 vezes a capacidade de operação dos transistores convencionais.
A notícia despertou o interesse até mesmo da newsletter eletrônica Newsbytes (http://www.newsbytes.com/pubNews/97/105422.html), veículo de divulgação de tecnologias da computação. A matéria, publicada no dia 18 de dezembro de 97, por Craig Manefee, relatou a criação, pela ACC, do Transcapacitor Technologies Laboratory (TTL – Laboratório de Tecnologias do Transcapacitor). Shulman não só anunciou isso como confirmou já ter em seu poder um protótipo do dispositivo, sobre o qual pretende esclarecer toda a comunidade internauta e ufológica antes de comercializar o direito de fabricação. Para tanto, uma suposta foto foi colocada em seu site, assim como o símbolo que será usado em circuitos elétricos e relatórios de análises técnicas levadas a cabo pelos laboratórios da companhia.

Segundo o presidente da ACC, as patentes já estão sendo providenciadas junto aos organismos competentes no Estados Unidos e houve propostas de compra –até agora recusadas– por parte de executivos de grandes empresas, mas, como sempre, ele ainda não quer revelar seus nomes. À Newsbytes ele declarou: “as pessoas podem pensar que estou fazendo isso apenas pelo dinheiro. Bem, eu estou nisso pelo dinheiro, mas eu não vou procurar ninguém por ajuda financeira até nós entendermos esta coisa melhor. Isso feriria minha credibilidade”, ponderou.

De fato, no primeiro dia de 1998, o site da companhia trouxe o anúncio de um porta-voz da empresa: “Após cuidadosa consideração de ofertas não-solicitadas de compra do Transcapacitor ACC da ACC, decidimos, por um futuro próximo. NÃO licenciar nem vender estes dispositivos para qualquer comprador, pelo menos até podermos expor seus designes e operações para o público, para que todas as ramificações de suas origens sejam conhecidas pelo público. Desenhos, artigos científicos e fotos estarão disponíveis quando nossos advogados nos aconselharem, e em nenhum momento antes disso”.

Sem comentários
Até agora Bell Labs, sediada em Murray Hill – Arizona, manteve silêncio a respeito do assunto. Vigília tentou contato via e-mail com a empresa. Richard P. “Dick” Muldoon, funcionário da Bell Labs – Lucent technologies limitou-se a indicar o site para informações sobre o transistor: http://www.lucent.com/transistor. Procurando este site, o internauta provavelmente receberá uma mensagem de erro. Somente através de um link no site da Bell Labs nós conseguimos encontrar à página à qual o funcionário se referia: http://www.lucent.com/ideas2/heritage/transistor. O site da Lucent que reporduz a história até então conhecida do componente eletrônico está criado em dezembro de 1947 por John Bardeen e Walter Brattain e William Shockley, trabalhando na Bell Labs, com base em descobertas científicas importantes que remontam o século 19.
Todo o trabalho de inventores e cientistas famosos como Maxwell, Hertz, Faraday, Thomas Edison, Guglielmo Marconi, Fleming, Nikolas Tesla e muito outros é lembrado como base dos conhecimentos que conduziram ao transistor e às aplicações às quais ele foi empregado desde então.

Nenhuma outra companhia citada pela ACC manifestou-se a respeito da história. Fica agora a expectativa da comunidade ufológica mundial para o anúncio definitivo do lançamento do Transcap e sua comprovação como resultado do aproveitamento de uma suposta tecnologia alienígena. Enquanto a ACC não der esta última e decisiva cartada, a história não vai passar de mais uma entre as muitas fantásticas teorias especulativas do mundo da Ufologia.

Entrevista exclusiva de Jack Shulman à Revista Vigília
No início de dezembro de 1997, atendendo à solicitação feita quase um mês antes, o presidente da ACC finalmente respondeu à solicitação de uma entrevista, via e-mail, por parte da nossa redação. Mostrando elevada desconfiança quanto às mensagens que recebe, logo abaixo de uma extensa apresentação de nosso site e nossos propósitos, Shulman iniciou sua fala: “nós não vemos nenhuma razão para acreditar que qualquer pessoa que nos escreva seja, de fato, a pessoa que ela alega ser. Sem se deixar afetar por esse fato, estamos respondendo ao seu e-mail por não desejarmos ser mal educados”. E de fato não o foram. Pela primeira vez, e a um veículo de fora dos Estados Unidos, a ACC falou de pontos polêmicos da investigação levada a cabo por sua Companhia, incluindo novidades a respeito da identidade dos supostos “visitantes” e suas relações com o governo dos EUA.
Vigília: Por que a ACC decidiu colocar a história em seu site? Qual o ponto de contato –além, claro, dos computadores– da ACC com o passado do transistor?
ACC: Nós nos sentimos ofendidos por muita coisa no caso, e achamos que o público tinha o direito de estudá-lo, sem necessariamente levar em conta nossas afirmações de que ele seja verdadeiro ou falso. É direito do público decidir se ele o é, no todo ou em parte, ou se a parte que se relaciona conosco era uma ficção. A história é muito profunda em seus fundamentos para ser ignorada, deixada de lado. Convidamos seus leitores a visitar o endereço http://www.american-computer.com e enviar suas opiniões em nossa página de opiniões para que possamos conhecê-las.

Vigília: A ACC foi, várias vezes, acusada de usar a página sobre Roswell para enviar emails com finalidades promocionais (“spam”). Como pode a empresa refutar aquelas acusações?
ACC: Exatamente como pode alguém “enviar e-mails promocionais” com um site na Web? “Spam” é uma palavra definida como “envio não solicitado de um e-mail para terceiros”. Nós não fazemos isso. Nós, na verdade, nos tornamos objeto de mensagens raivosas e pilhas de “SPAM” caíram diretamente em cima de nós durante os últimos meses. Nós fomos criticados publicamente por Scott McNealy, líder de um de nossos concorrentes: Sun Microsystems, Inc., por defender o envio de e-mails a Bill Gates, o líder da Microsoft, como relatado no New York Times, semana passada. Isso pode mostrar a você qual é a nossa opinião sobre o que seja SPAM.

Vigília: Uma exposição com um conteúdo fantástico demanda provas mais fantásticas. Essas provas existem? Quais são?
ACC: Nós não entendemos a pergunta específica. Por favor, seja mais específico. (Nota do Editor: a pergunta foi reformulada e reenviada mas permaneceu sem resposta)

Vigília: As mensagens na Internet revelaram a ocorrência de uma invasão à ACC logo após a publicação do material. Aquela invasão realmente existiu?
ACC: Possivelmente você está se referindo ao arrombamento nos escritórios da ACC. Sim, o arrombamento aconteceu; a porta de vidro da frente foi arrebentada e teve que ser substituída, e nós elaboramos um inventário que mostrou que algumas coisas sumiram e outras apareceram no local. Sim, o OSI da Força Aérea (Nota: Escritório de Informação Estratégica) veio aos nossos escritórios e examinou a cena, então fez um relatório totalmente incorreto com os escritórios do Serviço de Informações Públicas. Os dois acontecimentos são assunto de uma gravação pública com a Força Aérea (embora o relatório, descoberto por uma pessoa comum, seja ao mesmo tempo incorreto e incompleto, por razões que nós estamos certos serem de Segurança Nacional) e para o Departamento de Polícia local (o qual, sem mencionar nomes e empresa, é tipicamente mal montado (vago) para uma investigação policial local – e por isso, talvez, para o que constitui um crime não solucionado de arrombamento). Além disso, o relatório do OSI não menciona o arrombamento, e o Relatório Policial não menciona a investigação do OSI.

Vigília: As mesmas mensagens falavam sobre a CIA ter estado no prédio da ACC. Quem chamou a CIA. O que aconteceu enquanto nas conversas entre os funcionários da ACC, ou você, e os agentes da CIA?
ACC: Jamais foi dito que a CIA esteve no edifício. Nos contatamos a CIA por telefone buscando sua assistência para identificar o “satélite” fora do comum citado no misterioso FAX enviado ao nosso escritório uma semana antes do arrombamento, o qual concluiu-se ter sido uma espécie de artifício para chamar nossa atenção.

Vigília: Qual o tamanho da ACC. A companhia atravessa dificuldades financeiras?
ACC: A ACC é subsidiária de outra companhia, mas foi fundada em 1970. Ela é atualmente de propriedade da Bell North America Corporation. Eu não me sinto à vontade para dizer a você como nós acabamos sendo comprados pela BellNAC no momento, pois a negociação ainda está em progresso. A empresa passou por algumas despesas inesperadas, financeiramente, em virtude das suas investigações a respeito de assuntos relacionados a Roswell, devido aos 10.000 e-mails por dia, o grande número de entrevistas etc. Um de nossos maiores clientes cancelou seu contrato conosco porque simplesmente não acreditava no que tínhamos feito. Entretanto, no geral, nossas vendas estão altas no ano, devido às quedas maciças em nosso sistema de preços desde maio. Hoje, um Pentium 166MMS PC, que custava 2.500 dólares no começo do ano, está sendo vendido por cerca de 689. A tecnologia avança.

Vigília: A publicação da história sobre o transistor no site da ACC é uma jogada de marketing para promover as visitas ao site?
ACC: Nós gostaríamos que tivesse havido algum benefício para nós por termos promovido a história em nosso website. Se houve algum, o único benefício do caso pode ter sido a contribuição para nossa imagem de sermos pessoas “voltadas para negócios”. Os milhares de pessoas que vieram ao nosso website simplesmente visitaram as páginas relacionadas a Roswell e então foram embora. Como isso pode nos ter beneficiado? Não beneficiou. Isso beneficiou o público? Com certeza, antes de mais nada, essa história jamais teria visto a luz do dia se nós não a tivéssemos publicado. Nós merecemos um Prêmio Nobel da Paz, como alguns sugeriram? Achamos que não; não por isto. Ainda temos a esperança de chegar ao cerne da questão, mesmo que a história termine aqui, com o DoD (Nota: Department of Defense – Departamento de Defesa) tendo admitido irregularidades em sua estória, e com os astronautas da NASA insistindo que a história da ACC é verdadeira. Não existe razão para acreditar que nós sejamos capazes de convencer alguém de alguma coisa, a menos que nós possamos anunciar definitivamente que nós tenhamos encontrado os restos do UFO de Roswell.
Vigília: A ACC tentou remeter os dados que obteve para a confirmação por especialistas e pesquisadores isentos?
ACC: Em nossa opinião, NÃO existem pesquisadores nas investigações ufológicas atualmente equipados para lidar com a enormidade desta história, particularmente as partes envolvendo, supostamente, o Laboratórios Bell e a história cultural do Bell System.

Esta história é um desafio logístico.

Nós mostramos a história em nosso website particularmente na esperança de encontrar a Comunidade de Investigação aberta para fazer exatamente o que nós pedimos, mas os resultados não foram como nós havíamos previsto: na verdade, fora os céticos, CUJAS ALEGAÇÕES, NENHUMA DELAS, conseguiram refutar a história, os representantes da Bell, Motorola e do IEEE falharam ao fornecer qualquer evidência real que refute os aspectos referentes ao transistor. E os representantes da Earl Lilienfield, Jack Morton, e as várias partes ligadas à pesquisa, nada mais fizeram que confirmar muitas de nossas alegações… a resposta é: onde você acredita que poderíamos dar o próximo passo? Eu pediria aos seus leitores para continuarem.

Vigília: Você acredita em discos voadores e vida extraterrestre?
ACC: termo “discos voadores” é uma expressão ligada a “espaçonaves alienígenas”, possivelmente. A ACC não pode confirmar, ou negar, a existência de nenhum dos dois. Entretanto, os funcionários da companhia estão bem menos céticos hoje do que quando a história foi colocado no website, em julho. Nós nos envolvemos numa espécie de recreação envolvendo o levantamento, ponto por ponto, do que aconteceu nos últimos 5 meses, para ver se perdemos alguma coisa. É difícil dizer no que nós acreditamos exatamente agora, porque durante essa espécie de jogo nós seguimos um caminho que nos convenceu de que sabemos exatamente onde estão os restos do tão falado ovni de Roswell. Nós também queremos lembrar ao público que o termo ovni (UFO) foi inventado por um perito em dilemas lógicos que percebeu que um ovni (UFO) jamais poderia ser “identificado”, pois nesse caso ele seria um óvi (IFO). Nós acreditamos que o ovni de Roswell é na verdade um óvi. Sua identidade tem que ser provada, antes de nós a revelarmos em público. Mais do que isso: nós isolamos cerca de três grupos de pessoas da Agência Nacional de Segurança que estiveram soltando uma série de informações falsas na Comunidade de Investigadores de ETs nos últimos 25 anos, desde que as investigações do Starpoint emergiram no meio da Bell System, desde que Jack Morton (Nota do Editor: um pesquisador ligado ao Bell Labs) foi assassinado. Eles são praticamente os únicos responsáveis por manterem uma cortina de desinformação sobre o assunto Roswell com a finalidade de ocultar O QUE PODE TER SIDO um ou mais programas de transferência de tecnologia envolvendo espécies de outro mundo que contataram o governo dos Estados Unidos em 1945, 1947, 1952, 1955, 1963 e anos posteriores. Nós acreditamos que, inclusive, se esse nosso caminho frutificar, teremos uma explicação totalmente diferente para o fim da Segunda Guerra Mundial e que jamais foi revelada antes.

As espécies em questão são eufemisticamente chamadas pelo pessoal da NSD (Departamento de Segurança Nacional) e DoD de “Saltadores do Tempo”. Assumindo que eles sejam reais e que nós não estejamos seguindo uma pista de desinformação plantada por alguém infiltrado que possamos ter contratado, eles não são exatamente viajantes do tempo. Eles são capazes de viajar por imensas distâncias no espaço, violando as leis do tempo –em períodos de tempo extremamente curtos– mas ainda estão submetidos a uma lei do universo natural que os impede de chegar a algum lugar “antes de partirem”. Eles simplesmente pulam o intervalo de tempo, supostamente, o que permitiria viajar dezenas de milhares de anos-luz entre sistemas estelares. E assim a história vai…

Vigília: Você acredita que o transistor foi criado a partir da interferência extraterrestre?
ACC: Veja a pergunta anterior.

Considerações finais da ACC:

Esperamos que seus leitores considerem úteis as informações acima. Nós estamos agora bem entre a cruz e a espada na verificação de todas as informações sobre a raça dos “Time Skippers” (Saltadores do Tempo) e de onde eles vêm, ou na possibilidade de que a coisa toda seja apenas alguma espécie de artifício da Agência Nacional de Segurança para fazer arruinar nossos esforços em revelar a verdade sobre Roswell. Se o que nós afirmamos acima é verdade, isso envolve assuntos ainda mais incríveis que a história original sobre o transistor: pode implicar em que a História esteja sendo modelada por nossas interações com uma raça capaz de viajar para trás e para a frente entre nosso Sistema solar e o deles em apenas alguns meses, e a qual possui uma enorme capacidade intelectual –uma ou cerca de 3 vezes maior que a nossa– e uma habilidade muito mais desenvolvida de “telepatia” ou “empatia”; ou ambas. E a pista que nós estamos seguindo implica em que nossas duas raças são geneticamente relacionadas de alguma maneira.

Nós estamos esperançosos de que essa pista, embora exista uma pequena possibilidade de que não seja verdadeira, faça surgir, ou pelo menos ajude-nos, evidências posteriores de que esquemas de desinformação das agências de inteligência estão escondendo algum sinistro segredo sobre assuntos alienígenas que eles simplesmente não querem que nós conheçamos.

(Tradução da entrevista: Eduardo Castor, da Agência Estado)

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

As esferas voadoras na história da Ufologia Aviões e óvnis O que caiu em Caieiras na noite de 13 de junho de 2022? Extraterrestres: é a ciência quem diz! As etapas da pressão sobre o governo dos EUA em relação aos óvnis/UAP
×