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Visita de Sixto P. Wells reagrupa ativistas do Projeto Amar

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No último dia 22 de janeiro aconteceu em São Paulo um evento que poderá produzir reflexos importantes e polêmicos na Ufologia brasileira. Sem muito alarde – até pelo apertado prazo que tiveram os organizadores – foi realizada no Teatro Bibi Ferreira, na Capital, uma palestra com o peruano Sixto Paz Wells, um dos criadores da chamada “Missão Rama”.

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A visita pode implicar no ressurgimento de uma ala que não é muito bem vista por todos os setores da chamada “comunidade ufológica”: a dos grupos que afirmam ter contatos programados com entidades extraterrestres, em grande parte representados por membros do finado Projeto Amar.

O Amar, como projeto ou metodologia de interação com supostos seres extraterrestres, existiu no Brasil até o final dos anos 90. Fundado pelo peruano Carlos Paz Wells, o conceito foi aqui adaptado a partir da “Missão RAMA”, a qual ele e seu irmão Sixto Paz Wells, junto a uma legião de amigos e interessados em Ufologia, diziam ter preceitos e regras estabelecidas a partir de contatos com supostas civilizações alienígenas.

O Rama ganhou notoriedade principalmente graças ao jornalista espanhol Juan José Benitez, cuja carreira de escritor voltado aos temas insólitos começou com uma reportagem, em setembro de 1974, sobre seu alegado avistamento num dos contatos programados pela missão. Fato que, aliás, é sempre lembrado nas conversas dos ex-integrantes do Amar.

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No Brasil o grupo cresceu bastante, apesar das críticas e protestos de uma grande parcela da comunidade ufológica, que exigia provas mais contundentes dos alegados contatos físicos com ETs. A situação sofreu uma reviravolta no final dos anos 90, quando Carlos Paz resolveu assumir sua nova personalidade, Verônica Lane, com direito a site na Internet mostrando as etapas da transformação de seu corpo.

Perplexos com a notícia, muitos dos então chamados “instrutores” e formadores de novos grupos de adeptos do Amar abandonaram as atividades. Os próprios grupos viram-se sem um norte para continuar o trabalho sob a etiqueta “Amar”. Por seu lado, Carlos Paz – ou Verônica Lane – resolveu desligar-se dos exercícios de contatismo no Brasil e estabeleceu residência no Canadá.

Esse foi o cenário de fundo para a vinda de Sixto Paz Wells ao Brasil, organizada pela decoradora e paisagista Olga Torres, que dedica-se também a uma modalidade de terapia alternativa denominada aurasoma, que propõe-se a diagnosticar e tratar enfermidades pelo uso de óleos e cores.

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Segundo Torres, a idéia começou a se fortalecer a partir da coleta de trabalhos de Sixto em sites na Internet. “Mas gente precisava de uma melhor orientação para os nossos projetos”, explicou. O resultado – a um custo total estimado de R$ 6 mil, incluindo o cachê de U$ 500,00 do palestrante – foi o evento no Teatro Bibi Ferreira, que reuniu um público de cerca de 150 pessoas, a grande maioria ex-participantes do projeto Amar.

Numa palestra dinâmica e bem humorada, Sixto falou sobre seus supostos contatos desde as primeiras experiências, ainda no Peru, acompanhado de um grande grupo de pessoas, até o trabalho atualmente desenvolvido, já sem a denominação “Rama”, que foi extinta como organização em 1991.

Sua incrível história faz pensar em contatos com ETs como a mais corriqueira das ocorrências. Mas como na maioria dos casos, provas contundentes disso não fazem parte da exposição. Segundo ele, a próxima atividade de encontro com alienígenas – em grande escala – deverá ocorrer na última semana de julho deste ano, no Peru.

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Teorias “científicas”

Sixto garante já ter visitado mundos alienígenas, um deles em Ganimedes, lua de Júpiter. O que não chegou a ser novidade para a maioria dos participantes, que conheciam o relato na versão do irmão, Charlie, também alegado viajante planetário.

A descrição da “colônia” intergalática ganha requintes científicos na exposição de Sixto. As enormes fissuras fotografadas pela Sonda Galileu sobre a suposta superfície gelada de Europa (fato ainda especulado pelos cientistas), outro satélite do gigante gasoso, viram “provas” do que seriam edificações encravadas no solo do companheiro lunar Ganimedes, sem que a confusão entre as luas seja notada pela maioria dos presentes.

Conforme o relato do peruano, os “canais” habitados em Ganimedes abrigam cerca de 12 mil pessoas que foram raptadas na Terra e ali estariam sendo treinadas para serem devolvidas ao planeta para prepararem a transformação da consciência. A maioria delas teria sido levada através de “portais dimensionais”, como o Triângulo das Bermudas. A “devolução” estaria acontecendo desde 1985.

Segundo Sixto, ele próprio já teria encontrado pessoalmente Frederick Valentich num congresso realizado alguns anos atrás nas Ilhas Canárias. Valentich, piloto civil, desapareceu misteriosamente em 21 de outubro de 1978, num vôo com destino à Ilha King, na costa australiana. Seu avião, um Cessna 182-L nunca foi localizado. A gravação de sua conversa com a torre de controle indica que ele encontrou um enorme objeto metálico desconhecido em vôo minutos antes de desaparecer.

Sixto alega que tudo isso seria uma preparação para o ingresso da Terra numa nova realidade, num novo “espaço-tempo”, diferente do atual, que estaria sendo mantido pelos alienígenas de forma artificial.

O papel do Brasil

Em entrevista à Revista Vigília, Sixto reforçou que a proposta da missão Rama, como prática e ideologia, é o “despertar da consciência das pessoas que transformam o planeta”. Ele mostrou interesse em saber tudo o que vem acontecendo com os grupos do extinto Projeto Amar no Brasil. “Em todos os demais paises tratam-se de trabalhos em grupo. No caso do Brasil, seguiram outro rumo, com dinâmica própria, e é interessante compartilhar isso com os demais”, destacou, referendo-se à presença marcante de uma liderança nas atividades do Amar: seu irmão Charlie.

A respeito da decisão de seu irmão, Sixto foi cauteloso ao comentar. Disse que a atividade do grupo lida com muitas energias, e “as energias podem fazer muitos danos às pessoas”, Segundo ele o despreparo para lidar com estas energias pode “produzir situações indesejáveis”.

A organizadora Olga Torres evitou relacionar a vinda de Sixto ao fim do Projeto Amar. Mas destacou que “no Brasil estava tudo muito parado, sem estar em contato”. “A vinda do Sixto é para mostrar que a coisa não morreu, a coisa continua”, disse. Para ela e um grupo de 6 pessoas, a visita foi também um “workshop intensivo”, já que ficaram um dia todo com o palestrante numa casa em Campinas aprendendo técnicas de meditação e exercícios.

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