Teoria, Pensamento, Reflexão, Hipoteses

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Britan
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Teoria, Pensamento, Reflexão, Hipoteses

Mensagem por Britan »

Vou postar aqui e tomando um pequeno abuso por ser moderador, vou meter como fixo,uma peça composta por essencialmente por uma entrevista com Jacques Vallee, que anteriormente estava noutro topico no Forum e em Inglês,ela aborda uma série de questões relativas ao fenomeno que nós gostamos e nos interessamos, pessoalmente maior parte das considerações aqui tecidas formulam o meu pensamento relativo a isto tudo, gostava muito que todos se prendessem um pouco a este tópico e pudessem reflectir e tecer algumas considerações pelo mesmo, embora seja bastante longo.

Algo muito importante, este tópico não estava aqui hoje se não fosse o Hsette e a enorme e estupenda ajuda que deu ao traduzir uma grande parte do texto,num simples email que me mandou com a parte traduzida e o amigo hsette que me perdoe pela confidência que aqui vou fazer escreveu o seguinte " A União faz a Força" foi o gesto mais nobre no campo que todos estamos que alguém que já comigo, desculpem mas sou assim apegado as pequenas coisas. Aqui vai o texto:

Em 1969, Jacques Vallee, um dos grandes nomes da comunidade cientifica internacional e um dos grandes propulsores e estudiosos do fenomeno OVNI, publicou um livro chamado “Passaporte para Magonia”, a teoria de Vallee sobre o fenomeno dá a partir daqui uma visão e uma mudança radical na intrepetação do mesmo. Para constrangimento da comunidade cientifica dedicada á ovnilogia que tinha identificado Vallee como um dos seus campeões e líder, ele agora recua na hipotese do fenomeno ser de origem extraterrestre e avança com uma visão radical que identifica os OVNIS como o paranormal na natureza e uma manifestação moderna da idade espacial dum fenomeno que assume diferentes formas em contextos históricos diferentes.

“Quando os factos dos arquétipos são extraídos” escreve ele, “ O mito do disco voador parece coincidir num grau remarcavel com os contos contos de fadas dos Países Celtas ... milagres religiosos e a crença entre as pessoas concertando entidades cujas descrições fisicas e psicológicas coloca-os na mesma categoria que os ovniológicos dos dias presentes.

Em “ O Colégio Invisivel” ( E.P.Dutton, 1975) Vallee coloca a ideia de um “sistema de controlo” . Ovnis e os fenomenos relacionados são “ os meios pelos quais os conceitos do homem estão a ser requalificados” A sua principal fonte pode ser desconhecida, pelo menos neste estado de desenvolvimento da espécie humana, o que sabemos, de acordo com Vallee, é que estão-nos a presentear continuamente com mensagens “absurdas” e aparições que desafiam as explicações racionais e se dirigem a seres humanos no nível do mito e da imaginação.

“Quando falo num sistema de controlo para o planeta Terra” diz-nos Vallee, “ Eu não pretendo que
as minhas palavras sejam mal intrepetadas: Eu não quero dizer com isto que alguma ordem ou seres superiores nos tenham prendido dentro de um limite de uma jaula-espacial, a ser monotorizada por perto por entidades fisicas as quais possamos chamar de anjos ou demónios. Eu não proponho que redefinamos Deus. O que quero dizer é que a mitologia têm desenrola-se a um nível na nossa realidade social cuja acção normal politica e intelectual não têm poder comparativo...”

Entrevista a Jacques Vallee:

Clark: Desde o grande Outuno de 1973 a nível de avistamentos que as atitudes do publico acerca do fenomeno OVNI parecem ter mudado dramaticamente, onde parecia que a sociedade estava a entrar num periodo decisivo da percepção do problema. O que pensa que irá agora suceder?

Vallee: Primeiro, espero um aumento da atenção da comunidade cientifica e dos governos para isso. Mais pesquisadores irão continuar a perseguir os aspectos fisicos das provas, conduzindo muitas mais investigações especializades nos traços deixados nos locais de aterragem e por ai além. As pessoas que vão para o terreno são agora bons Fisicos e bons Enginheiros que sabem o que estão a fazer e que estão convencidos que chegou a altura de estarem envovidos.
Ao mesmo tempo que a opinião pública mude também. Inicialmente é provavel se mova fortemente pela explicação extraterrestre. Muitas pessoas só possuem 2 maneiras de olhar para o problema: Ou é tudo disparate ou então estamos a ser visitados por seres vindos do espaço. O espólio corrente de filmes, livros e artigos de imprensa estão a puxar as pessoas para a hipotese extraterrestre. Depois disto espero um efeito repentino que os possa mover noutra direcção. Não sei onde isso vai deixar os cientistas que preferem optar só pela investagação.








Clark Voce diz que os cientistas estão a entrar na ovnilogia na procura de provas fisicas. Mas existem provas fisicas? Se sim, vão ser encontradas? Que acontece se não?

Vallee: Se estivesse a falar para eles eu diria “ Jerry, é prematuro colocar esse tipo de questões” Primeiro não sabemos as respostas antes de podermos olhar directamente para as provas – até agora ninguém as olhou de uma forma séria. Até todos os que viram foram militares á procura de destroços do inimigo ou algo que estivesse directamente ligado á segurança nacional. Ou então foram investigadores simpes, civis dedicados com bom treino mas com recursos limitados

Mas está a perguntar o que eu penso Eu penso que existem provas fisicas. Elas são bastante, bastante interessantes. Elas podem conter uma mensagem. A minha inclinação é olhar para a mensagem tanto no sentido fisico mas também num contexto simbóico, isso é porque eu sou um cientista de informação e não um cientista fisico. Eu procuro para o sentido por detrás do objecto.

Deixe-me dar um exempo do quero dizer. Recentemente Paul Cerny investigou um caso no Norte da California onde dois idosos viram um ovni a levantar. Depois disseram que viram uma espécie de anel no chão.Com o anel encontraram algum metal derretido e um monte de areia.
Obvio que se trata de uma evidência fisica. Dois objectos tangiveis – O metal derretido,que depois se confirmou ser bronze, e a areia. Eu cheguei mais tarde a enviar para um geologo amigo que percebe de areia. Ele disse que a mesma era bastante invulgar porque não continha quartzo e não era areia de rio de praia ou algum minério residual nem nada do resto. Parecia ser areia artificial e creada a partir da fusão de rochas de origens diferentes.
Bem, para um fisico não significa muito. É apenas a indicação de algo que parece ser absurdo. Podemos juntar isto a outros casos de evidências fisicas e então começar a procurar padrões que nos possam guiar a um melhor conhecimento do modus operandi de quem quer que seja que faz tudo isto.
Nesse sentido, sim existem provas fisicas. Mas se quer dizer prova fisica no sentido que vamos descobrir o sistema de propulsão de alguém, então, tenho a dizer que não me acredito que tal venha a acontecer

Clark: Poderemos afirmar que a partir da existência de provas fisicas então exista uma causa fisica?

Vallee: Se o fenomeno OVNI, não possui qualquer causa fisica, então não haveria maneira para nós, de percebermos porque os seres humanos são entidades fisicas. Portanto isto tem de encaixar nos nossos sentidos de alguma maneira. Para que tal aconteça o fenomeno tem de ser fisico a determinado momento.


Clark:: Então, por outras palavras, existe algo como um disco voador sólido e a três dimensões.
Vallee: Não, eu não diria isso. Isso pode ser ou não verdade. Eu não acredito que haja algo como o fenomeno dos disco voadores. Eu penso que exitem 3 componentes e que temos de lidar com elas de maneiras diferentes.
Em primeiro lugar existe um objecto fisico. Pode ser um disco voador pode ser uma projecção ou pode ser algo completamente diferente. Tudo o que sabemos é que representa uma tremenda quantidade de energia electromagnética num pequeno volume. Eu afirmo tal baseado nas evidencias recolhidas por pistas, por radares, por perterbações dos campos magnéticos tais como as que o Dr Claude Poher, o o cientista espacial Francês recolheu.

Em segundo lugar existe o fenomeno da prespectiva da testemunha. O que ela nos diz quando viu um disco voador. Ela podem ter visto isso ou podem ter visto uma imagem de um disco voador ou podem ter alucinado sobre a influencia de radiação por microondas, ou um sem numero de coisas pode ter acontecido. O facto é que a testemunha foi exposta a um evento e o resultado e como resulto experimentaram uma mudança complexa da percepção que fez com que descrevessem o objecto ou objectos que constam do seu depoiemento.

Resumindo – Tems o fenomeno fisico e o fenomeno da percepção – Temos então um terceiro componente, o fenomeno social. Representa o que acontece quando é exposto á sociedade e entra na arena cultura. Essa é a parte que acho mais interessante.
Clark: Antes de passarmos a isso vamos clarificar a sua visão da natureza das evidências fisicas. Quando lhe perguntei se existia algo como um disco voador sólido e a três dimensões, estava a pensar nos seguintes termos: Vamos supor que alguém viu um OVNI, cuja parte inferior era redonda e achatada. Essa pessoa diz que o objecto desceu, pousou no chão e depois levantou voo e deixou uma impressão circular no chão. Isto não sugere vieemente a presença – pelo menos durante a observação do evento - de um objecto sólido cuja estrutura fisica seria mais ou menos como as testemunhas indicavam?

Vallee: Não necessariamente, nós já reparamos que o fenomeno possui a habilidade de criar uma distorção do sentido da realidade ou substitui sensações artificiais pelas verdadeiras. Repare num dos casos mais bizarros de encontros – por exemplo o incidente na América do Sul onde um homem acreditava ter sido abduzido por um OVNI enquanto a sua companheira pensava que ele tinha embarcado num bus que de repente tinha aparecido numa estrada próxima deles.
É concebivel afirmar que existe um fenomeno que é visual e outro que deixa traços fisicos. O que estou a querer dizer é que um estranho tipo de decepção esteja involvido.

Clark: Noutras palavras existem traços fisicos que estão colocados lá como uma ostensiva confirmação daquilo que os sentidos perceberam.

Vallee: Sim. É comparavel talvez com a estratégia de decepção operada pelos Ingleses durante a a II GUERRA para enganar os Alemães. Eles criavam pistas falsas de tanques no deserto e noutros casos simulavam a pasagem de enormes divisões armadas. Chegaram a causar temporais de poeira para perpetuar a ilusão, algo que os Alemães achavam bastante convincente.
No contexto OVNILÓGICO pode explicar alguns casos como um na California que mencionei anteriormente, onde a prova fisica deixada no local da aparição do OVNI realmente parece ter uma ligação não muito clar com a conecção da percepção do objecto
Clark: O que você acha que acontece durante uma “experiência ufológica?"
Vallee: Nós não sabemos, mas não há dúvidas de que algo acontece. Parece que uma força externa assume o controle sobre a pessoa. Nos contatos, as pessoas podem perder a capacidade de se mover ou falar; nos casos de abdução, os quais são os exemplos extremos, as pessoas entram em um estado em que parecem perder o controle de todos os sentidos. Eles realmente experienciaram o que eles pensam que experienciaram? Suponha que você, um observador externo, tenha estado lá. O que você teria visto?

Clark: Eu posso citar numerosos casos que sugerem que eu teria visto o mesmo que eles viram. Para citar um exemplo, um dos famosos humanóides Venezuelanos encontrados em 1954 foi independentemente observado por um médico a alguma distância do evento.
Vallee: Sim, eu estou familiarizado com este incidente e outros similares. Mas isto não altera meu ponto de vista. O médico pode ter visto o objeto como "real" mas nós não sabemos qual a verdadeira natureza desta realidade.
Nós sabemos que existem objetos que contêm uma grande quantidade de energia mas com pequeno conteúdo espacial. O que nós sabemos sobre o que ocorre com a mente humana quando exposta a grande quantidade de energia? Nós sabemos muito pouco sobre isto. Nós não sabemos mais também sobre os efeitos do eletromagnetismo ou radiações de microonda sobre o cérebro, nem sobre os efeitos de focos de luz pulsante sobre o cérebro. As pesquisas sobre isto estão no começo.
O que nós sabemos é que podemos fazer pessoas entrarem em um estado de alucinação usando tanto luzes como microondas ou campos eletromagnéticos. Você pode fazer com que elas se sintam estranhas; colocá-las em estado de choque, fazer com que elas ouçam vozes, ou até matar alguém.

Clark: Há alguma maneira de penetrar na realidade dessas experiências, por exemplo, através da regressão hipnótica?
Vallee: Eu não estou certo se o que nós obtemos através da regressão hipnótica seja útil. A hipnose é uma técnica delicada e algumas pessoas provocam mais danos do que benefícios com seu uso. Se o hipnólogo não tem treinamento médico – e a maioria dos praticantes não o têm – o resultado pode ser desastroso. Mas se o hipnólogo possui treinamento médico mas não tem conhecimentos do assunto, provavelmente ele fará uma abordagem equivocada. Eu penso que foi o que ocorreu no famoso caso de Betty e Barney Hill. O hipnólogo era extremamente hábil em sua função, mas não era especialmente interessado em questões ufológicas, e não conhecia a problemática a fundo.

Clark: O que nós podemos fazer, então?
Vallee: Eu não estou dizendo que a hipnose não seja útil em investigações ufológicas, nem que ela não possa ser de grande ajuda sob certas circunstâncias quando há bloqueios sobre as memórias de uma experiência.
Eu quero enfatizar é que a principal responsabilidade de um investigador ufólogo é com a pessoa e não com o fenômeno. Em geral, a pessoa está em choque porque ela passou por uma experiência muito traumática; algo que tem grande impacto em toda sua vida. A forma de abordá-la também trará impactos sobre ela. Ela pode dizer, "Eu preciso de ajuda para entender o que ocorreu", mas na verdade, ela precisa principalmente de ajuda para superar o profundo distúrbio psíquico causado por qualquer experiência traumática.
Infelizmente, este elemento tem sido negligenciado. A maioria dos investigadores ufológicos tenta demonstrar uma postura "profissional," porém ignoram os aspectos humanos – e por extensão suas obrigações éticas. Eu quero convencer meus colegas ufólogos de que se tivermos de escolher entre a obtenção de informações ufológicas valiosas e a integridade da vida humana, nós devemos esquecer as informações.
Outra coisa a manter em mente é que há alternativas ao uso da hipnose. Pode-se buscar uma situação em que o individuo chegue a um estado de relaxamento mental e/ou que propicie a livre associação. Há muitas técnicas que são tão efetivas quanto a hipnose na obtenção de detalhes encobertos, mas bem menos perigosas.

Clark: O que você pensa sobre os casos de abdução?
Vallee: Novamente, eu estou interessado principalmente em seu conteúdo simbólico.
Deixe-me explicar o que isso significa. Nós vivemos em uma sociedade que está orientada em torno da tecnologia, então quando nós vemos algum incomum nos céus nós pensamos em termos físicos. Como ele é feito? O que provoca os ruídos? Qual é o seu sistema de propulsão? Nós tendemos a assumir que o fenômeno físico é o seu aspecto mais importante e que qualquer coisa alem disso é mero efeito, de menor importância.
Mas talvez nós estejamos lidando com algo que possui basicamente uma tecnologia social. Talvez os efeitos mais importantes de uma tecnologia UFO sejam os sociais e não os físicos. Em outras palavras, a realidade física pode servir apenas como um tipo de meio para gerar imagens a serem reportadas pelas testemunhas. Estas percepções seriam manipuladas de modo a criar determinados tipos de efeitos sociais.
Se isso estiver correto, então os casos de abdução seriam muito reveladores. Eu não estou preocupado sobre quantos botões há no painel de controle ou se a pessoa sente calor ou frio quando está dentro da nave. Essas questões devem ser totalmente irrelevantes por que em termos concretos estas pessoas nunca estiveram dentro do objeto.
Mas o relato é extremamente importante para seu conteúdo simbólico.
Posso ilustrar isso da seguinte forma:
Um engenheiro observando um computador poderia querer observar seu interior e então abri-lo. Ele iria querer fazer uma investigação e examinar as diferentes partes do computador. Mas há uma outra maneira de investigá-lo; à maneira do programador, que deseja saber o que ele faz e não como ele funciona. Esta é a minha abordagem. Eu desejo fazer questionamentos e ver que resposta obtenho. Eu quero interagir com o fenômeno como sendo uma entidade portadora de informações.
No caso das abduções, eu penso que nós estamos tratando com o aspecto da informação. Eu cheguei a essa conclusão porque nos casos de abdução, e em contatos de 1º grau em geral, o que as testemunhas dizem soam como absurdos.

Clark: O que você quer dizer com isto?
Vallee: Eu não quero dizer que o que é dito seja tolo. Eu uso o termo absurdo como uma construção semântica. Se você está tentando expressar alguma coisa que esteja além da compreensão do ouvinte, inevitavelmente você o fará através de assertivas que parecerão contraditórias e absurdas. Por exemplo, no Zen Budismo o discípulo deve tratar com conceitos como se concentrar em "sons de palmas das mãos" – uma noção aparentemente ridícula de descrever os lapsos dentro da maneira comum de se pensar. A ocorrência de relatos “absurdos” em casos ufológicos dá-me a impressão de que talvez estejamos lidando com um tipo de sistema de controle que está a manipular sutilmente a consciência humana.

Clark: Mas como se pode provar que alguém esteja operando um sistema de controle dentro de um contexto ufológico?
Vallee: Eu não tenho sido bem sucedido com este argumento tanto entre aqueles que acham que UFOs são uma tolice e aqueles que acham que se trata de visitantes extraterrestres. Eu penso que eu não pertenço a nenhum dos dois campos. Eu tento me colocar entre estes dois extremos porque não há evidências de que qualquer um dos dois esteja correto. Eu abracei a abordagem do conceito de sistema de controle porque é uma idéia que pode ser testada. Neste sentido, é uma abordagem que se aproxima mais de uma hipótese cientifica do que as outras. Ela pode ser interpretada como sendo um sistema de controle operado por extraterrestres. Mas esta é apenas uma das possibilidades.
Existem diferentes tipos de sistemas de controle – alguns abertos e alguns fechados – e há testes que podem ser aplicados no sentido de se saber em que tipo de sistema de controle você está inserido. Isto o encaminha para um certo número de experimentos que você pode realizar para tratar com o fenômeno UFO, enquanto que as outras interpretações não apontam caminhos de ação. Se você está convencido de que os UFOs são de origem extraterrestre, então o que você tem a fazer é buscar um local de boa altitude e visibilidade com uma lanterna e enviar uma mensagem em código Morse. Algumas pessoas têm tentado isto, mas parece não dar bons resultados!
O conceito de sistema de controle pode ser testado por um pequeno grupo de pessoas – você não precisa de uma grande organização ou uma grande quantidade de equipamentos.

Clark: Como você pode provar de forma satisfatória que existe um sistema de controle em operação?
Vallee: Se você pensa que está sob um sistema de controle, a primeira coisa que você deve observar é o que está sendo controlado e tentar mudar seu comportamento para ver o que acontece. Meu colega Bill Powers propõe a seguinte analogia:
Suponha que você esteja caminhando pelo deserto e você veja uma pedra que parece ter sido pintada de branco. Mil jardas depois você vê outra pedra com a mesma aparência. Você para e faz considerações sobre a questão. Você pode levantar a pedra e movê-la um pouco. Se repentinamente um tipo barbudo sair de debaixo dela e questioná-lo sobre o que você está fazendo, então você sabe que encontrou um sistema de controle.
Meu ponto de vista é que você não pode ter nenhuma certeza até que faça alguma coisa. Então você percebe que aquilo que você estava observando, aquilo que parecia absurdo e incongruente, era na verdade uma marca de algo maior que estava invisível para todo mundo até que você descobre isto por ter percebido um padrão de comportamento. Eu penso que é exatamente isto que devemos fazer no caso dos UFOs.
Nós devemos fazer algo que provoque uma reação. E eu não estou falando sobre construir pistas de pouso no deserto e esperar para dar as boas-vindas aos irmãos do espaço.

Clark: Mas o que realmente você sugere?
Vallee: Eu hesito em ser muito específico. Estou querendo dizer que devemos tentar manipular as manifestações UFO. Quando nós admitimos que há um mecanismo de feedback envolvido nas operações do sistema de controle, se você mudar a informação que é carreada para dentro do sistema, você talvez se torne capaz de compreender o funcionamento deste feedback, e conseqüentemente, obter informações do fenômeno.

Clark: Como proceder a uma investigação UFO, levando em consideração a possível existência de um sistema de controle?
Vallee: Você deve trabalhar de forma independente de qualquer grupo organizado de ufologia. Você deve também ser muito cuidadoso em relação aos tipos de instrumentos que for usar para suas análises. Por exemplo, eu tenho me tornado bastante cético em relação ao uso de computadores nas pesquisas UFO. Nós estamos perdendo um grande número de dados por causa da seguinte situação: as pesquisas de campo tomam grande quantidade de tempo e de recursos. Geralmente, será redigido um excelente relatório com entre 10 e 20 páginas; então ele será enviado enviar para seus superiores na organização, pensando que ele será disponibilizado e contribuirá para o acréscimo de conhecimentos. Mas não é o que ocorre. Os investigadores devem entender que seus relatórios não vão absolutamente a lugar algum. Eles são engavetados, nunca são publicados, e são rapidamente esquecidos. Tudo o que resta no computador é uma seqüência de códigos e letras esquecido em algum lugar, e este é o fim.
Se um avistamento ganha muita publicidade, não se deve investir muito nele. Em vez disso, você deve buscar casos pessoalmente, aqueles que receberam pouca publicidade, e tentar criar canais pessoais. Esta é uma fonte surpreendente de conteúdo bastante rico. Você deve investir na investigação desses casos. Envolva-se com as pessoas com um espírito humano. Assim, você se tornará parte do cenário, o que permite uma aproximação maior efetiva e frutífera com os acontecimentos.

Clark: Você está sugerindo que o investigador deve buscar experienciar o fenômeno por ele mesmo?
Vallee: Sim, eu penso que isso aproxima-se mais de uma prática científica.

Clark: Mas isso não é perigoso – no sentido de que há um risco real de o investigador ter um impacto emocional que prejudique a investigação, em função desse envolvimento?
Vallee: Sim, há riscos. Isso ocorreu com Morris Jessup e Jim McDonald. Mas eu acho que agora nós estamos mais conscientes desses riscos. Uma vez que você compreende que o fenômeno pode ser deliberadamente ilusório, então você pode usar de certas salvaguardas. Eu não estou dizendo que salvaguardas são sempre eficazes. Há um elemento de risco que você realmente não pode evitar. Não há maneira de levar a cabo este tipo de estudo apenas através da leitura de livros.
É mais ou menos como estudar os vulcões. Você pode aprender muito sobre eles observando-os a uma certa distância, mas certamente aprenderá muito mais quando se aproxima dele – ainda que seja mais arriscado.
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Euzébio
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Mensagem por Euzébio »

Mais sobre Jacques Vallée (leia Jáque Vaiê):

Jornal Infinito - Parte I

Jornal Infinito - Parte II
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Britan
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Mensagem por Britan »

Eu ja tinha postado essa entrevista antes ehehe mas valeu euzébio.
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hsette
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Mensagem por hsette »

Antes de entrar em qualquer consideração sobre o texto, gostaria de citar o caso dos “humanóides venezuelanos” citados no texto, só para clarificar um pouco:
O caso ficou muito conhecido nos meios ufológicos como: O Caso de San Pedro de Los Altos.
Esse interessantíssimo caso foi divulgado por uma conceituada revista especializadas em assuntos relativos aos OVNIS, a Flying Saucer Review (FSR), a qual garantiu sua autenticidade.
O fato ocorrido aconteceu na manhã do dia 07 de agosto de 1965, numa fazenda de criação de cavalos de puro-sangue (Jóquei Clube da Venezuela), a 60 Km de Caracas.
Três pessoas estavam nessa fazenda e foram as testemunhas do ocorrido: um médico de Caracas, e dois empresários de alta posição social. Os seus nomes foram mantidos em sigilo (a pedido dos envolvidos).
Estavam os três cuidando dos seus animais, quando viram um brilho intenso no céu, que mais se parecia com um relâmpago.
Após o clarão, os três notaram que o brilho foi rapidamente tomando a forma de uma esfera. Na medida em que o objeto ia se aproximando, foi tomando o formato de um discóide, emitindo um intenso brilho amarelo e deixando uma bem visível mancha redonda e escura por baixo.
O objeto emitia um zumbido que foi comparado ao de um enxame de abelhas. Fazendo um lento movimento de vai e vem, foi descendo até a distância de mais ou menos 30 metros dos observadores, mantendo-se a metro e meio acima do solo, sem tocá-lo.
Seu diâmetro foi também calculado em 30 metros. Por baixo do veículo espacial, projetou-se uma espécie de tubo de luz.
Assim que esse tubo de luz, projetado pela parte inferior da nave, atingiu o solo, desceram por ele dois humanóides, vestindo trajes espaciais que eram uma espécie de macacão prateado brilhante. E caminharam na direção dos três personagens, iniciando um diálogo.
Mais detalhes: www.missaoterra.com.br/caso.htm
hsette
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Mensagem por hsette »

Para efeito de comparaçao, segue abaixo o que me parece um “sistema de controle” em larga escala, voltado para a área militar.
Vejam trechos de uma matéria publicada no prestigioso New York Times mês passado
JEFF GERTH - CARLOTTA GALL - RUHULLAH KHAPALWAK: DO "NEW YORK TIMES"
O centro de mídia em Fayeteville, Carolina do Norte, seria o orgulho de qualquer empresa global de comunicações. Em estúdios dos mais modernos, produtores preparam o misto diário de música e notícias para as estações de rádio do grupo, além de spots para emissoras de televisão amistosas.
O centro não faz parte de uma organização noticiosa, mas sim de uma operação militar. Os redatores e produtores são militares. A unidade de operações psicológicas sediada em Fort Bragg, com 1.200 profissionais, produz o que seus oficiais descrevem como "mensagens verdadeiras" para dar apoio aos objetivos do governo americano, embora seu comandante reconheça que as matérias que produz são unilaterais e que o patrocínio americano delas é mantido em sigilo.
No Iraque e no Afeganistão, alvos da maioria dessas atividades, o setor militar americano opera jornais e estações de rádio, mas não revela as conexões americanas desses veículos. Estes produzem materiais jornalísticos que às vezes são creditados ao "Centro Internacional de Informações", uma organização impossível de ser rastreada.
O grupo Lincoln diz que já plantou mais de mil artigos na imprensa iraquiana e árabe e publicou editoriais num site iraquiano, conforme mostram documentos do Pentágono. Para um projeto amplo de persuasão oculta em países vizinhos, o Lincoln traçou planos para um jornal clandestino, programas jornalísticos na TV e uma comédia antiterrorista baseada em "Os Três Patetas".
Oficiais militares disseram que, como o grupo Lincoln, algumas unidades de operações psicológicas do Exército às vezes pagam para transmitir sua mensagem, oferecendo a estações de TV dinheiro para colocar no ar segmentos que não serão atribuídos a elas, ou então pagando redatores para escrever artigos de opinião para sair em jornais.
A Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID) ocasionalmente também mascara suas atividades. Ela financia cerca de 30 estações de rádio no Afeganistão, mas não informa os ouvintes desse fato. A agência já distribuiu no Iraque e no Afeganistão dezenas de milhares de aparelhos de áudio do tipo iPod que tocam mensagens cívicas prontas, mas a distribuição é feita através de uma empresa que promete "não deixar transparecer rastros dos EUA".
"Não temos obrigação de nos pautar pelos princípios jornalísticos da objetividade", disse Summe, o especialista do Exército em operações psicológicas. "Contamos o lado americano da história a públicos-alvo aprovados". Nem a estação de rádio nem o jornal revelam seus vínculos com as forças americanas.
Latorre
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Mensagem por Latorre »

Quando os factos dos arquétipos são extraídos” escreve ele, “ O mito do disco voador parece coincidir num grau remarcavel com os contos contos de fadas dos Países Celtas ... milagres religiosos e a crença entre as pessoas concertando entidades cujas descrições fisicas e psicológicas coloca-os na mesma categoria que os ovniológicos dos dias presentes.
Carl Sagan, em "O mundo Assombrado pelos Demônios - A Ciência vista como uma Vela no Escuro" descreve exatamente a mesma coisa, com ênfase para o fenômeno das abduções, em comparação com as visitas por íncubos e súcubos . Estes eram demônios medievais que visitavam noturnamente os mortais, copulando com estes em busca, portanto, do material genético - algo que lembra em muito os modernos relatos de sequestrados por alienígenas.

Acho que Valeé leu esse livro! ;) É bom ter alguém envolvido (e respeitado!) diretamente na ufologia trabalhando essa hipótese, que parece tão provável.
NÃO HÁ DEUS. NEM DESTINO. NEM LIMITE.Imagem SEM FÉ, SOU LIVRE.
Se um Homem começar em certezas / ele terminará em dúvidas.
Mas se ele se contentar em começar com dúvidas / ele deve terminar em acertos (Francis Bacon)
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Mensagem por Dell »

Olá, Gustavo...sobre o que vc escreveu, qual a hipótese que vc acredita ser "a mais provável"?Que os súcubus, íncubus, são ET's, ou que os Et's de hoje são "entidades medievais"?Há a possibilidade de estramos diante de "algo", ou alguma manipulação, por detrás deste fenômeno?
Britan
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Mensagem por Britan »

Ai esta Dell parte da questão é essa, parece que estamos perante algo capaz de manipular os fenomenos ou a percepção dos mesmos, vai é mudando o conceito antes tinhamos demonios agora et's provavelmente não é nenhum deles, o interessante era tentar obter pistas dos mecanismos de controlo para num futuro distante começarmos a pensar em chegar ao que controla esse mecanismo
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Mensagem por Latorre »

Acho bem mais provavel que 99% dos relatos sejam alucinaçoes, advindas da propria mente humana, como no caso dos demonios medievais.

O outro 1% só deus sabe :twisted:
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Mensagem por Dell »

Então, Ricardo...existe algum padrão de pensamento entre os "abduzidos", que nos possa forncer alguma pista?Seria algo no que, senão me engano, afirma o Vallé, similar ao que vemos nas religiões orientais, ou nova era?
Britan
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Mensagem por Britan »

Gustavo Latorre escreveu:Acho bem mais provavel que 99% dos relatos sejam alucinaçoes, advindas da propria mente humana, como no caso dos demonios medievais.

O outro 1% só deus sabe :twisted:

Eu não elevava tanto a fasquia diria ati uns 70%

:wink:
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Mensagem por Britan »

Dell escreveu:Então, Ricardo...existe algum padrão de pensamento entre os "abduzidos", que nos possa forncer alguma pista?Seria algo no que, senão me engano, afirma o Vallé, similar ao que vemos nas religiões orientais, ou nova era?
Claro que há padrão e vai mudando consoante os tempos os conceitos são praticamente gerais, mais, penso que nas ultimas decadas o que modificou foi que este padrão se começou a universificar.
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Mensagem por Dell »

Certo, Ricardo...então, daria pra você postar aqui quais são?O que se modificou, por exemplo, que era relatado antes, e que não é mais?Ou quais os novos "padrões"?
Britan
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Mensagem por Britan »

Claro que dá, dá é uma trabalheira imensa mal eu tenha tempo eu vou postando, mas todos os relatos relacionados com fadas, deuses, semi-deuses, duendes, mais tarde com demonios, anjos espiritos ate aos dias de hoje com ovnis ets etc,, é por ai
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Latorre
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Mensagem por Latorre »

Dell, como disse o Britan, seria inviável postar tanta coisa aqui- com relação aos padroes. Mesmo assim, como mencionei, Sagan fez um longo trabalho, durante muitos anos de sua vida (Mundo Assombrado) no qual estes padrões são detalhadamente descritos, era por era. Tenho em formato digital, se houver interesse posso te postar.
NÃO HÁ DEUS. NEM DESTINO. NEM LIMITE.Imagem SEM FÉ, SOU LIVRE.
Se um Homem começar em certezas / ele terminará em dúvidas.
Mas se ele se contentar em começar com dúvidas / ele deve terminar em acertos (Francis Bacon)