Nêmesis, a estrela companheira do Sol

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Euzébio
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Nêmesis, a estrela companheira do Sol

Mensagem por Euzébio »

Nêmesis, a estrela companheira do Sol

Suponha que o nosso Sol não estivesse sozinho, mas tivesse uma companheira. Suponha que esta estrela companheira se movesse em uma órbita elíptica, com distância solar variando entre 90.000 u.a. (1,4 anos luzes) e 20.000 u.a., e um período de 30 milhões de anos. Suponha também que essa estrela seja escura ou, pelo menos, de brilho muito tênue e, portanto, ainda invisível para nós.

Isso significaria que a cada 30 milhões de anos essa estrela hipotética companheira do Sol passaria através da nuvem Oort (uma nuvem de proto-cometas hipotética a uma grande distância do Sol). Durante tal passagem, os proto-cometas na nuvem de Oort seriam perturbados. Algumas dezenas de milhares de anos depois, aqui na Terra, perceberíamos um aumento dramático de cometas aumentar drasticamente, aumentará também o risco de nossa Terra colidir com os núcleos de um desses cometas..

Examinando-se os registros geológicos da Terra, parece que uma vez a cada 30 milhões de anos, aproximadamente, a vida em nosso planeta sofreu uma extinção maciça. A mais conhecida de todas essas extinções é, por certo, a dos dinossauros, há 74 milhões de anos. Daqui a cerca de 15 milhões de anos, segundo esse hipótese, deverá ocorrer a próxima extinção da vida na Terra.

A hipótese de uma "mortífera companheira" do Sol foi sugerida em 1987 por Daniel P. Whitmire e John J. Matese, da Universidade de Southern Lousiana. Foi até mesmo chamada de Nemesis. O fato curioso sobre a hipótese de Nemesis é que não há qualquer prova. Nem precisaria que sua massa ou brilho fosse muito grande -- uma estrela muito maior ou de menor luminosidade que o Sol seria suficiente, até mesmo uma estrela anã (um corpo semelhante a um planeta com massa insuficiente para começar a "queimar hidrogênio" como uma estrela). É possível que essa estrela já exista em um dos catálogos de estrelas fracas sem que qualquer pessoa tenha percebido algo peculiar, isto é, o enorme movimento aparente dessa estrela em relação a outras estrelas mais afastadas (i.e. sua paralaxe). Se tal estrela fosse encontrada, poucos teriam dúvida em considerá-la a causa básica das maciças extinções da vida em nosso planeta.

Mas essa "estrela da morte" também evoca uma força mítica. Se algum antropólogo de uma geração anterior à nossa tivesse ouvido tal estória de seus informantes, certamente usaria palavras como "primitivo" ou "pré-científico" para registrá-la. Considere a estória abaixo.

Há um outro Sol no céu, um Sol Demônio que não podemos ver. Há muito tempo atrás, antes mesmo de nossa bisavó, o Sol Demônio atacou nosso Sol. Caíram cometas e um terrível inverno cobriu a Terra. E a vida foi quase toda destruída. O Sol Demônio atacou muitas vezes antes. E tornará a atacar de novo.

Isso explica por que alguns cientistas pensaram que a hipótese de Nemesis fosse algum tipo de piada ao ouvirem sua estória pela primeira vez -- um Sol invisível atacando a Terra com cometas parece loucura ou mito. Ainda assim, sempre corremos o risco de uma decepção. Por mais especulativa que seja a teoria, ela é séria e respeitável, porque sua idéia principal é verificável: você encontra a estrela e examina suas propriedades.

Entretanto, uma vez que a exploração do espaço no distante IR, pela sonda IRAS, não encontrou a estrela "Nemesis", é pouco provável que a sua existência se comprove.

Imagem

Para saber mais:

http://noticias.terra.com.br/ciencia/in ... 26,00.html

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cien ... 8091.shtml
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lulu
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Mensagem por lulu »

É uma teoria plausível. Se houvesse uma anã marrom orbitando o sol, astro um pouco maior que Júpiter mas com massa insuficiente para começar a fusão de hidrogênio em hélio, ela não seria facilmente visível com os telescópios que dispomos hoje, pois é muito apagada, quase sem luz e não haveria a luz de uma estrela como o sol para refletí-la. Portanto somente será visível quando o interferômetro estiver funcionando ou quando estiver bem perto. Mas até lá temos uns 15 milhões de anos né. Dá tempo aprendermos pelo menos a atirar em meteoros e cometas antes que atinjam a Terra. :P
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Euzébio
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Mensagem por Euzébio »

Emitindo misteriosamente 2 vezes mais energia do que a recebida do Sol, composto principalmente de hidrogênio e hélio (como o Sol) e com uma densidade igual à do Sol, ou seja, 1330 kg/m3, não seria Júpiter também uma estrela (que obviamente se apagou) ? Não seria Júpiter a companheira perdida do Sol?...

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:shock: :o :?
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lulu
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Mensagem por lulu »

Júpiter é quase uma estrela anã marrom. Pelo que já li sobre o assunto, se ela tivesse um pouco mais a massa que tem seria uma anã marrom, mas não é Júpiter certamente o causador de interferências malígnas, ao contrário, tem funcionado como o protetor da Terra atraindo para si o fogo dos asteróides e cometas e poupando-nos de boa dose de bombardeio.

Os Sumérios dizem que seus Deuses vieram de Nibirus, um planeta com uma órbita excêntrica cuja evolução em torno do sol demora 3.000 anos. Particularmente não acredito que um astro que fica tanto tempo longe do sol seja capaz de ter vida, mas e se Nibirus fizer parte de um sistema como Júpiter, com uma anã marrom ao centro e o planeta orbitando-a? Não poderia ser um sistema assim o causador dos problemas? Mesmo uma anã-marrom poderia aquecer um planeta. Júpiter por exemplo aquece Io a um ponto que lá existem os maiores vulcões do sistema solar, só que o aquecimento é causado pela gravidade e não pela radiação luminosa como a do sol. :roll: :wink:
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hsette
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Mensagem por hsette »

Vejam só mais essa!!! Hercólobus fotografado!?!??
Algumém pode explicar?

http://www.gnosisonline.org/Fim_dos_Tem ... fado.shtml
Britan
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Mensagem por Britan »

é apenas um gif animado aquela imagem, facilmente se algo semelhante
http://www.anozero.blogspot.com
(actualizado, com nova imagem novas funcionalidades, inclui feeds)
hsette
Moderador
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Mensagem por hsette »

Após um pesquisa na Internet, concluí o seguinte:
as imagens mostram a Estrela de Barnard. Ela é a segunda estrela mais próxima do Sol (depois do sistema triplo alfa-centauri) e por estar a poucos anos-luz de distância, mostra um movimento próprio bastante acentuado. Ou seja, desloca-se com relativa velocidade ante o fundo das estrelas mais distantes.

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Este tipo de movimento é comum nas estrelas mais próximas. Para efeito de comparação, podemos citar a estrela Próxima Centauri, que também apresenta um movimento próprio acentuado:(veja imagem abaixo)

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