A Assinatura dos Planetas
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A Assinatura dos Planetas
Fiquei sabendo através de um programa da BBC que os planetas tem assinatura. Interessante! A assinatura é a característica marcante que faz com que a matéria principal de que é feito seja deduzida pela observação astronômica. Marte é vermelho porque sua constituição é basicamente rochas vulcânicas e consequentemente o ferro é o elemento mais presente em Marte. A Terra foi fotografada pela missão Voyager da borda do sistema solar e a sua cor é um azul claro e cintilante. A assinatura da Terra é essa e denuncia a presença de água. Logo, quando o Interferômetro estiver funcionando, buscar planetas com vida será uma busca por água, ou seja, planetas com assinaturas semelhantes a da Terra.
O futuro está no desenvolvimento da ciência!
Essa discussão envolve o conceito de “habitabilidade”, baseado no nosso conceito geocêntrico de vida. Não devemos eliminar a possibilidade de outros critérios.
O astrônomo sérvio Milan Æirkoviæ define os limites do que se usa chamar de “zonas de habitabilidade” na nossa própria galáxia e demonstrou que o Sol ocupa uma posição muito bem definida dentro desta região.
Para que uma região da galáxia seja considerada como um possível berçário de planetas habitáveis, é importante combinar fatores que propiciam o desenvolvimento de vida (por exemplo uma composição química básica) junto com uma baixa
incidência de fatores que poderiam inviabilizar este processo (determinados níveis de radiação).
Entre os critérios de habitabilidade para exoplanetas mais importantes estão:
1. Semi-eixo maior tal que exista água em forma líquida (Hart, 1978). Este valor deveria estar entre
0,8 e 1,2 UA para um planeta em órbita ao redor de uma estrela com massa solar;
2. Órbitas quase-circulares de tal forma que outros planetas, possíveis fontes de perturbação, se encontrem longe;
3. Pelo menos 20% da superfície do planeta coberta por oceanos.
A habitabilidade também depende das idades do
planeta e da estrela.
Um estudo de 85 sistemas extrasolares com um ou mais planetas mostrou que aproximadamente 25% destes podem ter corpos pequenos em órbitas estáveis dentro da região habitável (Menou e Tabachnik, 2003).
Outras informações:
The Extrasolar Planets Encyclopedia:
http://cfa-www.harvard.edu/planets/encycl.html
The Geneva Extrasolar Planet Search Programmes: http://obswww.unige.ch/~udry/planet/planet.html
Fonte: compilado da Revista Macrocosmo (disponível para download gratuito em: http://www.revistamacrocosmo.zip.net/ ); a Revista é nota 1000. Eu indico!!!!!
O astrônomo sérvio Milan Æirkoviæ define os limites do que se usa chamar de “zonas de habitabilidade” na nossa própria galáxia e demonstrou que o Sol ocupa uma posição muito bem definida dentro desta região.
Para que uma região da galáxia seja considerada como um possível berçário de planetas habitáveis, é importante combinar fatores que propiciam o desenvolvimento de vida (por exemplo uma composição química básica) junto com uma baixa
incidência de fatores que poderiam inviabilizar este processo (determinados níveis de radiação).
Entre os critérios de habitabilidade para exoplanetas mais importantes estão:
1. Semi-eixo maior tal que exista água em forma líquida (Hart, 1978). Este valor deveria estar entre
0,8 e 1,2 UA para um planeta em órbita ao redor de uma estrela com massa solar;
2. Órbitas quase-circulares de tal forma que outros planetas, possíveis fontes de perturbação, se encontrem longe;
3. Pelo menos 20% da superfície do planeta coberta por oceanos.
A habitabilidade também depende das idades do
planeta e da estrela.
Um estudo de 85 sistemas extrasolares com um ou mais planetas mostrou que aproximadamente 25% destes podem ter corpos pequenos em órbitas estáveis dentro da região habitável (Menou e Tabachnik, 2003).
Outras informações:
The Extrasolar Planets Encyclopedia:
http://cfa-www.harvard.edu/planets/encycl.html
The Geneva Extrasolar Planet Search Programmes: http://obswww.unige.ch/~udry/planet/planet.html
Fonte: compilado da Revista Macrocosmo (disponível para download gratuito em: http://www.revistamacrocosmo.zip.net/ ); a Revista é nota 1000. Eu indico!!!!!
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Pelo o que sei a habitabilidade depende tambem grandemente da presença proxima de outro planeta, uma lua por exemplo. Isso seria necessario para que o fenomeno das mares varresse de tempos em tempos grandes partes de terra seca, arrastando para o oceano (e posteriormente as regioes abissais) os aminoacidos espalhados pela superficie do planeta (veja esse tópico).
NÃO HÁ DEUS. NEM DESTINO. NEM LIMITE. SEM FÉ, SOU LIVRE.
Se um Homem começar em certezas / ele terminará em dúvidas.
Mas se ele se contentar em começar com dúvidas / ele deve terminar em acertos (Francis Bacon)
Se um Homem começar em certezas / ele terminará em dúvidas.
Mas se ele se contentar em começar com dúvidas / ele deve terminar em acertos (Francis Bacon)
Instituto de Física – UFRJ: http://www.if.ufrj.br/teaching/astron/mare/m.html
Comparação das marés produzidas na Terra pela Lua e pelo Sol
(...) a força de maré é diretamente proporcional à massa do corpo que provoca a maré e inversamente proporcional ao cubo da distância entre o corpo que provoca a maré e o que sofre a maré. Portanto, embora a massa do Sol seja muito maior do que a da Lua, por ele estar também muito mais distante, a maré provocada pelo Sol tem menos da metade do efeito da provocada pela Lua. Mas os efeitos das duas marés se combinam vetorialmente, de forma que a intensidade da maré resultante depende da elongação da Lua. Na Lua Nova ou Lua Cheia, as duas forças se somam e produzem as marés cheias mais altas e marés baixas mais baixas. Na Lua Quarto Crescente ou Minguante os efeitos da maré são atenuados.
Comparação das marés produzidas na Terra pela Lua e pelo Sol
(...) a força de maré é diretamente proporcional à massa do corpo que provoca a maré e inversamente proporcional ao cubo da distância entre o corpo que provoca a maré e o que sofre a maré. Portanto, embora a massa do Sol seja muito maior do que a da Lua, por ele estar também muito mais distante, a maré provocada pelo Sol tem menos da metade do efeito da provocada pela Lua. Mas os efeitos das duas marés se combinam vetorialmente, de forma que a intensidade da maré resultante depende da elongação da Lua. Na Lua Nova ou Lua Cheia, as duas forças se somam e produzem as marés cheias mais altas e marés baixas mais baixas. Na Lua Quarto Crescente ou Minguante os efeitos da maré são atenuados.
Trechos traduzidos a partir de FAQ de Astrobiologia da Revista New Scientist Space
http://www.newscientistspace.com/popupa ... ns?id=in68
Que evidências existem de que a vida pode estar presente em todo o universo?
Já sabemos que é comum a existência de planetas orbitando outras estrelas. Sabe-se também que o universo está repleto de moléculas orgânicas complexas, fundamentais para o desenvolvimento de vida. Além disso, há indícios de que a vida na Terra data desde a época em que o planeta era violentamente bombardeado por meteoritos, cometas e outros corpos celestes, sinal de que a vida é capaz de surgir e persistir rápida e facilmente. Finalmente, têm sido encontradas bactérias em condições extremas na Terra, expandindo o leque de possíveis habitats que nós consideramos como propícios à vida.
Quais os requisitos mínimos para existencia de vida for a da Terrra?
Para a vida baseada em carbono, os requisitos mínimos são provavelmente água líquida, substâncias orgânicas e alguma fonte energética para dar origem ao metabolismo. Como substâncias orgânicas e energia são relativamente comuns, o ingrediente crucial é a água líquida.
Mas é possível o desenvolvimento de formas de vida mais exóticas: um tipo de alternativa de bioquímica do carbono poderia existir na ausência de água, talvez usando amônia como um solvente; o silício poderia formar a base de criaturas adaptadas a altas temperaturas; e mesmo formas de vida estranhas podem ser imaginadas existindo no interior de nuvens insterestrelares ou na superfície de estrelas de nêutrons. A maioria dos astrobiologistas prefere se concentrar na vida baseada em carbono-água, que é a que nós temos certeza de ser possível.
Que “assinatura” outros planetas devem ter para nós detectarmos a eventual presença de vida?
Dois telescópios espaciais, ESA's Darwin and NASA's Terrestrial Planet Finder, estão sendo projetados para detectar a “assinatura” espectral de oxigênio em mundos distantes. Porém, alguns processos não-biológicos podem produzir oxigênio também; então outros métodos devem ser necessários. Futuras missões irão pesquisar sinais espectrais de clorofila e outros pigmentos fotossintéticos.
Se existe vida alienígena inteligentes, eles poderiam captar sinais de rádio (ondas eletromagnéticas) inadvertidademente transmitidas da Terra? Poderiam tais sinais alcançá-los?
Sim. Ondas de rádio viajam facilmente pelo espaço interestrelar. A humanidade tem produzido ondas eletromagnéticas desde a década de 20 do século passado, então nossos sinais percorreram menos de 100 anos-luz. No entanto, uma esfera com esse raio e centro na Terra inclui milhares de outras estrelas.
http://www.newscientistspace.com/popupa ... ns?id=in68
Que evidências existem de que a vida pode estar presente em todo o universo?
Já sabemos que é comum a existência de planetas orbitando outras estrelas. Sabe-se também que o universo está repleto de moléculas orgânicas complexas, fundamentais para o desenvolvimento de vida. Além disso, há indícios de que a vida na Terra data desde a época em que o planeta era violentamente bombardeado por meteoritos, cometas e outros corpos celestes, sinal de que a vida é capaz de surgir e persistir rápida e facilmente. Finalmente, têm sido encontradas bactérias em condições extremas na Terra, expandindo o leque de possíveis habitats que nós consideramos como propícios à vida.
Quais os requisitos mínimos para existencia de vida for a da Terrra?
Para a vida baseada em carbono, os requisitos mínimos são provavelmente água líquida, substâncias orgânicas e alguma fonte energética para dar origem ao metabolismo. Como substâncias orgânicas e energia são relativamente comuns, o ingrediente crucial é a água líquida.
Mas é possível o desenvolvimento de formas de vida mais exóticas: um tipo de alternativa de bioquímica do carbono poderia existir na ausência de água, talvez usando amônia como um solvente; o silício poderia formar a base de criaturas adaptadas a altas temperaturas; e mesmo formas de vida estranhas podem ser imaginadas existindo no interior de nuvens insterestrelares ou na superfície de estrelas de nêutrons. A maioria dos astrobiologistas prefere se concentrar na vida baseada em carbono-água, que é a que nós temos certeza de ser possível.
Que “assinatura” outros planetas devem ter para nós detectarmos a eventual presença de vida?
Dois telescópios espaciais, ESA's Darwin and NASA's Terrestrial Planet Finder, estão sendo projetados para detectar a “assinatura” espectral de oxigênio em mundos distantes. Porém, alguns processos não-biológicos podem produzir oxigênio também; então outros métodos devem ser necessários. Futuras missões irão pesquisar sinais espectrais de clorofila e outros pigmentos fotossintéticos.
Se existe vida alienígena inteligentes, eles poderiam captar sinais de rádio (ondas eletromagnéticas) inadvertidademente transmitidas da Terra? Poderiam tais sinais alcançá-los?
Sim. Ondas de rádio viajam facilmente pelo espaço interestrelar. A humanidade tem produzido ondas eletromagnéticas desde a década de 20 do século passado, então nossos sinais percorreram menos de 100 anos-luz. No entanto, uma esfera com esse raio e centro na Terra inclui milhares de outras estrelas.
Legal pessoal! Estou gostando do nível das respostas. Se alguém tiver alguma informação sobre esse tal de interferômetro, favor postar aqui. Sei que será um sistema de pesquisa com telescópios espaciais colocados a distância um do outro de aproximadamente 200 km formando uma rede de comunicação que permitirá ver diretamente os planetas em órbita de outras estrelas. Lamentavelmente ele deverá estar funcionando depois de 2.020. Acho que os ets usam coisas assim para observar o cosmo e decidir suas rotas espaciais.
O futuro está no desenvolvimento da ciência!