acidentalmente apaguei o post original do APODman. Gt.Submarino lança primeiro veleiro espacial já construído SALVADOR NOGUEIRA
da Folha de S.Paulo
Na tarde de hoje, a calmaria do gelado mar de Barents será perturbada por um míssil. Irrompendo da água com enorme velocidade, o foguete Volna partirá de um submarino russo e só terminará de queimar seu combustível quando atingir uma órbita ao redor da Terra. Em seu interior, parte rumo ao espaço uma pequena nave, de nome Cosmos-1. É o primeiro veleiro espacial construído pela humanidade.
The Planetary Society
Concepção artística do veleiro solar Cosmos-1
O projeto foi tocado durante anos pela famosa Sociedade Planetária (www.planetary.org), instituição internacional que teve entre os fundadores o cientista planetário e divulgador de ciência norte-americano Carl Sagan (1934-1996), em parceria com a NPO Lavochkin e o IKI (Instituto de Pesquisas Espaciais), ambos órgãos de pesquisa russos.
O financiamento veio principalmente da companhia Cosmos Studios, da viúva de Sagan, Ann Druyan. O custo do satélite, feito sem ajuda de investimentos governamentais de qualquer país, ficou em cerca de US$ 4 milhões.
A espaçonave tem apenas 50 quilos, mas deve ocupar uma grande área assim que estiver em órbita --ela é composta por oito velas triangulares dispostas num círculo, com pouco mais de 30 metros de diâmetro. Os triângulos, é claro, vão amontoados dentro da espaçonave durante o lançamento, como um pára-quedas fechado, e só se abrem no espaço, depois que a nave atingir sua órbita, cerca de 800 quilômetros acima da superfície terrestre.
Movida a luz
A grande vantagem de um veleiro espacial é que ele não precisa de combustível para se movimentar. Assim como os navios podem usar velas para ganhar impulso a partir dos ventos, as espaçonaves equipadas com velas podem ser impulsionadas pelas partículas de que é feita a luz --coisa que o espaço tem em abundância, graças à benéfica presença do Sol.
Agora, se é tão bom, por que ninguém fez isso antes? Ocorre que a Cosmos-1 serve apenas como uma prova de que a idéia funciona. Suas velas, feitas de um polímero recoberto de alumínio com apenas 5 milésimos de milímetro de espessura, não devem durar muito mais do que um mês --é difícil fabricar um material suficientemente leve e reflexivo que resista por muito tempo aos rigores de uma viagem espacial.
Além do mais, são necessárias velas enormes, mesmo quando a idéia é dar impulso extra a uma nave de apenas 50 quilos, como é o caso da Cosmos-1. Para acelerar uma nave tripulada ou uma sonda como a sonda Cassini, que está agora em órbita ao redor de Saturno, veículos que têm várias toneladas de massa, o tamanho das velas, com a tecnologia existente hoje, seria proibitivo.
E, para fechar a conta, ainda é muito complicado projetar uma nave para abrir como um pára-quedas, com as velas cuidadosamente dobradas em seu interior até que o veículo atinja o espaço. (Tentar decolar com as velas abertas seria ainda pior --o material seria destroçado pelo atrito com a atmosfera, na rota até a órbita.)
Por todas essas razões, os veleiros solares são uma tecnologia que está mais para o futuro do que para o presente da exploração espacial. Ainda assim, vale a pena.
Possibilidades ilimitadas
Uma vela acelera muito devagar --vai de zero a 140 km/h em um dia. Mas pode continuar acelerando continuamente, sem parar, porque sua fonte de impulso --a luz-- é inesgotável. Então, em três anos seguidos de viagem, ela pode atingir a velocidade de 140.000 km/h. Num ritmo desses, seria possível ir até Plutão --o mais distante dos planetas do Sistema Solar-- em cinco anos de viagem. (Uma sonda da Nasa, a agência espacial americana, irá iniciar essa viagem no ano que vem. A chamada New Horizons, com métodos de propulsão tradicionais, deve atingir Plutão por volta de 2015.)
Um dos mais ardorosos defensores da estratégia dos veleiros solares é o engenheiro Louis Friedman, diretor-executivo da Sociedade Planetária (foi co-fundador da instituição, com Sagan e Bruce Murray) e diretor de projeto da Cosmos-1.
Friedman tem, na verdade, uma longa experiência com o conceito de veleiros solares. Ele já chegou a trabalhar em projetos desse tipo (que nunca chegaram a ser construídos) enquanto esteve no JPL (Laboratório de Propulsão a Jato) da Nasa, na Califórnia.
Antes de partir para a Rússia, com o objetivo de acompanhar o lançamento da nave, ele conversou com a Folha.
"A Cosmos-1 está tentando duas façanhas audaciosas --primeiro, demonstrar uma nova tecnologia para futuras viagens pelo Sistema Solar. Segundo, demonstrar o papel da iniciativa privada na exploração espacial", disse. "Estou muito orgulhoso de que tenhamos chegado ao ponto de poder fazer essas duas coisas."
Quanto a futuros projetos espaciais da Sociedade Planetária, ele prefere não arriscar um palpite.
"Temos idéias sobre os passos que poderemos dar a seguir, mas hoje precisamos nos concentrar no presente", argumenta. "A Sociedade [Planetária] vai prosseguir criando novos e empolgantes empreendimentos espaciais e sempre irá apoiar os contínuos esforços governamentais para a exploração de outros mundos."
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Re: Comos 1 - Tecnologia para alcançar as estrelas
APODman escreveu:Forward estimava que seria possível acelerar uma nave à metade da velocidade da luz (150 mil quilômetros por segundo)
Segundo seus cálculos, uma viagem tripulada até Epsilon Eridani, que está a 10,5 anos-luz do Sol, em ida e volta, poderia ser feita em 51 anos.
...e renovam-se as espectativas!!
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Se um Homem começar em certezas / ele terminará em dúvidas.
Mas se ele se contentar em começar com dúvidas / ele deve terminar em acertos (Francis Bacon)
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Uma falha no foguetão lançador fez os cientistas perderem a comunicação com o "veleiro espacial" Cosmos-1. O aparelho pretendia ser a primeira nave espacial concebida para navegar por impulso do vento solar.
SIC
Um porta-voz da esquadra russa do mar do Norte disse à agência noticiosa oficial Itar-Tass que "o propulsor da primeira fase do foguetão deixou de funcionar 83 segundos após o lançamento".
O foguetão Volna que transportava o Cosmos-1 tinha sido lançado na terça-feira à noite, a partir do submarino nuclear russo "Borisoglebsk", submerso nas águas do mar de Barents.
O porta-voz naval declarou à Itar-Tass, que o lançamento decorreu em conformidade com o programa previsto, tendo o Volna saído da superfície das águas e iniciado o voo.
No entanto, fontes do Centro Makeyev confirmaram à Itar-Tass, citada pela agência France Press, que houve uma falha na primeira etapa do Volna e adiantaram que os especialistas estavam agora a analisar detalhadamente todas as informações recebidas durante os 83 segundos do voo do foguetão, para apurar as causas do fracasso.
Um perito citado pela Itar-Tass, explicou que o Volna, ao contrário dos foguetões militares, não se auto-destrói em caso de falhas, pelo que não se exclui a possibilidade de serem encontrados restos do engenho.
A primeira nave a navegar por impulso do vento solar
O "veleiro espacial" Cosmos-1 é um projecto do centro Científico Espacial Kavochkin de Moscovo financiado por várias organizações não governamentais e pela Sociedade Planetária dos Estados Unidos.
De acordo com o programa previsto, o Volna deveria colocar o Cosmos-1 numa órbita a 800 quilómetros de altitude, e depois abrir as suas "velas" para captar o vento solar e iniciar um voo de um mês à volta da Terra.
Até agora o Cosmos-1 não emitiu qualquer sinal.
A falha no foguetão lançador já tinha acontecido, durante a colocação em órbita de um satélite militar russo, o Molnia-M.
SIC
Um porta-voz da esquadra russa do mar do Norte disse à agência noticiosa oficial Itar-Tass que "o propulsor da primeira fase do foguetão deixou de funcionar 83 segundos após o lançamento".
O foguetão Volna que transportava o Cosmos-1 tinha sido lançado na terça-feira à noite, a partir do submarino nuclear russo "Borisoglebsk", submerso nas águas do mar de Barents.
O porta-voz naval declarou à Itar-Tass, que o lançamento decorreu em conformidade com o programa previsto, tendo o Volna saído da superfície das águas e iniciado o voo.
No entanto, fontes do Centro Makeyev confirmaram à Itar-Tass, citada pela agência France Press, que houve uma falha na primeira etapa do Volna e adiantaram que os especialistas estavam agora a analisar detalhadamente todas as informações recebidas durante os 83 segundos do voo do foguetão, para apurar as causas do fracasso.
Um perito citado pela Itar-Tass, explicou que o Volna, ao contrário dos foguetões militares, não se auto-destrói em caso de falhas, pelo que não se exclui a possibilidade de serem encontrados restos do engenho.
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