Calculador Online de Catástrofes

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Calculador Online de Catástrofes: Efeitos Estimados do Impacto de um Asteróide
Por Robert Roy Britt
Escritor Sênior de Ciência


A historia de encontros da Terra com asteróides permanece em grande mistério aos cientistas. Eles não conseguem sequer concordar se uma enorme rocha espacial colidiu com a Península de Yucatan há 65 milhões de anos atrás e extinguiu ou não os dinossauros. Nem os astrônomos podem dizer quando o próximo impacto catastrófico acontecerá. Eles apenas sabem que irá acontecer, cedo ou tarde. No entanto, agora qualquer um com algum interesse no destino do planeta pode remover um pouco do mistério referente aos efeitos da próxima colisão. Uma nova página da Universidade do Arizona permite aos visitantes simular uma hipotética colisão de uma rocha espacial, e gerar uma fronteira de devastação.

Mas se prepare: remover o mistério pode trazer um bocado de terror quanto os hipotéticos estrondos, explosões, saraivas de fogo, céus ardentes e ventos arrasadores gerados por um impacto gigante.

Prepare-se para ficar assustado

Não pude resistir em rodar alguns cenários pelo novo calculador de catástrofes. Se você lê-los, tenha em mente que a probabilidade de um impacto real ocorrer em qualquer ano é extremamente baixa. Um impacto capaz de exterminar a civilização, se fosse possível, certamente não acontecerá no período de nossa existência e é extremamente improvável mesmo nos próximos milênios.

Mas arremessar grandes rochas virtuais ao planeta é bastante divertido. E neste caso é ao menos mais sustentável cientificamente que a maioria dos videogames. Eu iniciei arremessando um asteróide de 15 km de diâmetro – o tamanho estimado do suposto aniquilador de dinossauros – em San Francisco.

A Bay Area não ficou muito boa. A cratera resultante, com 181 km de largura, pode consideravelmente contar a história. A metrópole inteira desapareceu mais rápido do que você possa dizer onde perdeu seu coração. O que não foi consumido desaba em um terremoto de magnitude 10.2, maior que qualquer um já registrado na história. O calor de um meteoro ardente transformaria a maior parte da região do estado, e partes de outros, em torradas.

O rápido fim da Bay Area seria uma benção comparada ao que os moradores de Los Angeles enfrentariam. Uns 10 segundos após o impacto, a radiação do meteoro cauterizaria o sul da Califórnia, queimando tecidos e mesmo madeira compensada. Dentro de 2 minutos o solo sob Hollywood começaria a se agitar. Estruturas frágeis de tijolo desabariam. Valas de concreto para irrigação ficariam danificadas. Casas mal assentadas em suas fundações desabariam. Mesmo galhos de árvores cairiam. E então viria a poeira.

‘Coisas ruins acontecem’

Seis minutos após o impacto, a maior parte da terra que fica em baixo de San Francisco teria sido jogada a grande altitude na atmosfera e iniciado a queda em City of Angels (e em outros lugares também). Finalmente, uma camada de material ejetado de aproximadamente 5,5 m de profundidade seria depositada em e ao redor de LA.

Dentro de meia hora do inicio do impacto cósmico, um vento de 30 m/s arrastaria o que sobrou de Los Angeles.

”Se você está perto do local de um maior impacto, algumas coisas consideravelmente ruins acontecem,” disse Jay Melosh, um especialista em crateras de impacto da Universidade do Arizona.

Melosh supervisionou o desenvolvimento do programa de computador que objetiva auxiliar cientistas a aprofundar-se em suas pesquisas e aos jornalistas reportarem sobre os riscos de impactos de asteróides.

Eu dei continuidade ao meu cenário de desastre na Costa Oeste através do país. Denver, a um terço do caminho, seria revestida com aproximadamente 40 cm de material ejetado. Os ventos alcançariam 35 km/h. Moradores de New York City seriam poupados o suficiente para poderem sentar-se confortavelmente e observar tudo isto pela TV (se houver alguém filmando). Ainda, uns 13 minutos após o impacto, janelas e portas chocalhariam no Leste. Após uns 21 minutos, materiais atirados da mais nova e maior cratera do mundo começariam a cair no Leste, depositando uma camada de 12 centímetros pela cidade. Por volta de 3,5 horas depois chegaria um vento de 13 km/h.

Objetos tão grandes quanto o que presumivelmente extinguiu os dinos – alguns investigadores não estão convencidos que esta tenha sido a única causa – são extremamente raros, chocando-se com o planeta talvez apenas uma vez a cada 300 milhões de anos.

Atualmente não há asteróides conhecidos em rota de colisão com a Terra. E especialistas concordam que um grande asteróide certamente seria notificado com décadas ou séculos de antecedência, sendo facilmente apontado bem antes de se tornar uma ameaça iminente. No entanto, especialistas esperam que métodos sejam desenvolvidos para desviar ou destruir estas rochas.

Mais cenários parecidos

Mas o que dizer do tamanho do asteróide que provocou a Meteor Crater no Arizona? Aquele poço de 180 m de profundidade, popular agora aos turistas, tem menos de 50.000 anos de idade e foi criado por uma rocha espacial tão pequena que outra igual a ela não poderia ser conhecida até seu impacto.

A responsável pela cratera no Arizona tinha apenas 20 m de diâmetro. Mas em vez de ser uma frágil pedra, era composta a maior parte de ferro.

Exemplos lincados com o programa online de efeitos de impactos mostram como especificar este material mais duro e mais destrutivo. Uma rocha destas proporções (apesar de não ser desta densidade) se espera atingir a Terra a cada 158 anos, em média.

Eu dupliquei o script da Meteor Crater em Newark, New Jersey, 16 km desde Manhattan, conforme o vôo do corvo. A localização, claro, é tudo. Uma cratera de quase 2 km foi cavada em New Jersey. Um terremoto moderado de magnitude 4.7 sacode a região. New York City teve alguns tremores no passado e resiste bravamente. Nenhum ejecta atinge Manhattan, e o vento alcança um insignificante 6 km/h.

Então eu apertei um pouco.

Um asteróide do tamanho de dois campos de futebol, mesmo que de natureza pétrea, é outra história. Ele cavaria uma cratera em New Jersey com 3,5 km. O terremoto resultante seria de magnitude 6.4, suficiente para assustar os plantonistas de emergência em New York City. Uma rocha deste tamanho acerta o planeta a cada 14.000 anos aproximadamente.

Apenas estimativas.

Melosh desenvolveu o programa com os pesquisadores Gareth Collins e Robert Marcus. Melosh disse que o programa seria útil a cientistas que de outra forma teriam que realizar complicados cálculos para gerar cenários de impacto para suas pesquisas.

É importante apontar que o que atualmente acontece quando um asteróide se espatifa na superfície não é bem conhecido, porque os cientistas da atualidade nunca presenciaram um evento de impacto de qualquer escala. Mas eles têm usado modelos de computador para explorar os efeitos prováveis de impactos, e eles têm algumas crateras para estudar na Terra.

Os pesquisadores assumem que a explosão de calor gerada por uma colisão cósmica seria similar à detonação de uma bomba nuclear. Portanto, para estes efeitos térmicos radiativos, o time de Melosh confiaram em uma publicação de 1977, "The Effect of Nuclear Weapons", do departamento de defesa e do departamento de energia americanos.

”Nós determinamos em uma distância dada que tipo de estrago a radiação causaria”, disse Marcus, que fez a maior parte do trabalho para desenvolver o programa de computador. “Nós temos descrições de quando o vidro se torna ígneo, quando o compensado ou o jornal se tornam ígneos, quando pessoas sofrerão queimaduras de 2º ou 3º graus.” Para prognósticos de terremotos, os pesquisadores coletaram dados de eventos atuais da Califórnia e conhecimentos de como terremotos se propagam como ondas sonoras através do planeta. Os efeitos globais do impacto de um asteróide são mais difíceis de predizer. Alguns cientistas acham que os impactos maiores atirariam mais poeira na atmosfera então um inverno global poderia resultar, durando meses ou anos. Melosh é cético sobre a poeira.

”Explosões nucleares são eficazes para levantar poeira que já existe no local, mas elas não são boas para criá-la”, disse Melosh. Ele imagina que a maioria do material ejetado é derretido e então condensado em minúsculas, duras e quase microscópicas esferas. “A maioria do ejecta cai em uma hora”. Ele chama a criação de poeira massiva “um mito da mídia”.

Mais por vir

Há muito mais deixado de fora do novo programa online de impacto. Melosh queria que fosse de uso pratico, e ele está aberto a sugestões e melhorias. Detalhes importantes de um impacto – exatamente como ele penetra na atmosfera e na superfície, estão simplificados. E um maior efeito não foi considerado: a tsunami que resultaria de um impacto no oceano (a superfície da Terra é dois terços de água). E ainda, os resultados da entrada de dados de um usuário não menciona que a investida do vento não pode soprar uma arvore que esteja enterrada sob o ejecta, nem importa se a arvore já estiver queimada.

Maiores e menores revisões ao programa podem ser feitas baseadas em entradas de dados de outros cientistas. Melosh disse. E nas semanas seguintes, seu grupo postará informações explicando os cálculos complexos por detrás do programa.

O programa dos efeitos do impacto (The Impact Effects program), como é chamado, está em
http://www.lpl.arizona.edu/impacteffects.

fonte: Space.com
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Latorre
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Mensagem por Latorre »

credo...
:D
NÃO HÁ DEUS. NEM DESTINO. NEM LIMITE.Imagem SEM FÉ, SOU LIVRE.
Se um Homem começar em certezas / ele terminará em dúvidas.
Mas se ele se contentar em começar com dúvidas / ele deve terminar em acertos (Francis Bacon)