PENSANDO UM IMPENSÁVEL -- A dobra espacial

Ao compreendermos os avanços cientificos e tecnológicos podemos criar bases para explicar a maior parte dos fenômenos.

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Euzébio
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PENSANDO UM IMPENSÁVEL -- A dobra espacial

Mensagem por Euzébio »

Cientistas da Nasa concluem que distorcer o espaço entre corpos celestes, reproduzindo forças que expandem o cosmo desde o Big Bang, pode ser uma forma plausível de viajar pelo Universo

Imagem

Astrofísicos comparam a exploração espacial à expansão marítima que ocorreu entre os séculos XV e XVII, marcada pela chegada de Cristóvão Colombo às Américas, em 1492. O universo impõe uma nova fronteira, similar à que representaram os mares.

Se navegar pelos oceanos foi um desafio espetacular, voar pelo universo é aventura ainda mais hercúlea. A Terra está a anos-luz de distância de outros sistemas estelares e uma regra fundamental da física nos limita: nada é mais rápido que a luz. Mesmo se alcançássemos essa velocidade, a jornada para estrelas vizinhas levaria no mínimo quatro anos.

Cientistas da Nasa apostam que a solução não está em tentar ser veloz, mas em dobrar o espaço-tempo para aproximar corpos celestes e impulsionar espaçonaves em direção a eles. Viagens de anos-luz demorariam meses. Essa possibilidade ainda é restrita à ficção científica, mas começa a tomar contornos reais em laboratórios.

Com a tecnologia atual, não saímos das redondezas do Sol. O mais longe que se chegou foi com a sonda Voyager 1, lançada em 1977. Depois de quase quatro décadas de viagem, ela atingiu o limiar do sistema solar. Hoje, os sinais enviados por ela demoram dezessete horas para chegar à Terra. Seriam necessários pelo menos outros 75 000 anos para que a Voyager alcançasse outra estrela.

Disse a VEJA o engenheiro espacial Harold White, chefe do departamento da Nasa encarregado de testar possibilidades para levar o homem a partes longínquas do universo: “Distorcer o espaço é algo que a natureza faz desde o Big Bang. Resta saber se conseguimos reproduzir esse efeito”.


PENSANDO UM IMPENSÁVEL -- A velocidade da luz é pouco. Para conquistar o espaço exterior será preciso usar um atalho teórico: a dobra no espaço-tempo.

O Big Bang originou a súbita expansão do universo há 13,7 bilhões de anos e, por motivos enigmáticos, o cosmo continua a se alongar. Cientistas acreditavam que era preciso um acúmulo enorme de energia para simular a contração e a expansão do espaço.

Cálculos de Harold White e sua equipe redefiniram a conta. Pela nova equação, produzir essa distorção é plausível, e ela pode ser simulada. Dois modelos teóricos explicam deformações súbitas do espaço.

Um é o wormhole (em inglês, buraco de minhoca), no qual se distorce o cosmo criando um túnel que transporta naves pelo universo. “Inviável. Teríamos de agrupar massa equivalente à de uma estrela para cogitar um wormhole”, diz o astrofísico brasileiro Nilton Rennó, pesquisador da Nasa.

O outro caminho, seguido pelo time de White, é o warp drive (dobra espacial). O termo surgiu na ficção, em Jornada nas Estrelas, e nomeou a teoria do físico mexicano Miguel Alcubierre, em 1994. Pelo modelo, uma fonte energética produz uma bolha ao redor da espaçonave. A bolha expande o espaço na traseira, enquanto o contrai na frente, impulsionando a nave.

Essa é a tal dobra. É como se a nave fosse um surfista em cima de uma onda (a dobra) que o leva pelo mar (o universo). Para a tripulação, a nave pareceria imóvel. Em relação à Terra, a velocidade superaria a da luz. Sistemas estelares seriam alcançados em poucos meses.

Alcubierre apostava que para criar uma dobra seria necessária uma energia equivalente à da massa de Júpiter. Novamente, uma impossibilidade. Harold White, da Nasa, recalculou.

Em sua equação, afinou a bolha no entorno de uma nave esférica de 10 metros de diâmetro. Por consequência, diminuiu a dimensão da fonte energética para 750 quilos.

Em laboratório, testará a ideia em uma experiência na qual fará uma dobra minúscula (uma fração em 10 milhões daquela estimada para viagens espaciais). “É um novo pequeno passo. Com a teoria confirmada, podemos cogitar em naves que nos levem a outros planetas”, diz White. “A exploração espacial tem outros obstáculos a ser vencidos. Mas a distância entre os corpos celestes é o maior problema.”

Veja o Infográfico clicando AQUI

(fonte: Revista Veja )

É a série Jornada nas Estrelas, dos anos 60, antecipando o futuro! 8)
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Kosmus15
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Mensagem por Kosmus15 »

Muito interessante, Euzébio!
Acho que levará alguns séculos até desenvolverem essa tecnologia.

Não havia também uma teoria de entrelaçamento quântico muito discutida entre Niels Bohr e Albert Einstein? Pensei que tal hipótese estaria entre as possíveis formas de viajar pelo Universo.

[youtube][/youtube]

Já há pesquisas sendo feitas nas Ilhas Canárias.
Euzébio
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Mensagem por Euzébio »

Muito bom, Kosmus!

Não creio que leve séculos para o desenvolvimento da tecnologia que conduza às dobras espaciais, acredito mesmo que já no século XXII isto seja possível devido ao rápido avanço tecnológico que estamos experimentando.
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Cavaleiro
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Mensagem por Cavaleiro »

Façamos um "seponhamos"...

Temos percebido nas últimas décadas quando se fala em algo experimental que se está a pensar ou a desenvolver acaba por surgir de repente em menos tempo do que se esperava.
Isto vale tanto para factos na ciência como para filmes de ficção cientifica.

Esta "tecnologia" à muito que é abordada em filmes de ficção.
Agora surge a sua referencia explicada na ciência e logo através de cientistas que está relacionados com a questão das viagens espaciais, a NASA.

Depois achei muito interessante na informação gráfica ver o tempo que levaria a chegar-mos a cada um daqueles planetas usando a dobra espacial.
Por isso surgiu-me a pergunta: Como é que eles sabem quanto tempo demora essa viagem se ainda nem sabem como criar uma dobra espacial?
Ou será que já sabem, já o fizeram, já lá foram e estão a revelar este facto devagar para as pessoas irem assimilando naturalmente algo que já é usado à muitos anos???

Esta é a minha opinião. As entidades americanos já conhecem e usam a tecnologia que permite isto.

Estarei a fantasiar?
"Não podemos confundir os factos com aquilo que gostaríamos que eles fossem, sob pena de uma investigação séria sobre ovnilogia se transformar numa espécie de devaneio religioso."
de José Manuel Chorão
Euzébio
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Mensagem por Euzébio »

Vide o livro "Operação Cavalo de Tróia" De Benítez. Não creio que estejas a fantasiar não...
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lulu
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Mensagem por lulu »

Se há alguns meses dissessem-me que os americanos capturavam dados de milhões de pessoas pelo mundo afora, acharia absurdo. Depois do vazamento de informações sobre a espionagem americana, começo a ver as teorias da conspiração com mais cautela.
O futuro está no desenvolvimento da ciência!
Euzébio
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Mensagem por Euzébio »

Boa!
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Cavaleiro
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Mensagem por Cavaleiro »

lulu escreveu:Depois do vazamento de informações sobre a espionagem americana, começo a ver as teorias da conspiração com mais cautela.
Onde há fumo, há fogo, diz o ditado.

Nas teorias de conspiração também.
Umas há que de serem tão vazias de conteúdo, bases de sustentação e mesmo testemunhos saltam à vista serem desinformação ou mesmo mentiras.
Mas outras há que pela sua consistência, probabilidade e encaixe em várias matérias do conhecimento são sem dúvida de considerar e investigar.

Claro que dada a sua origem (teorias) tornam-se um pouco difíceis de comprovar, mas, como neste caso, mais tarde ou mais cedo, elas acabam por se tornar conhecidas.

Para quem não acreditava muito na finalidade e capacidades do Echelon, esta fo0u a resposta às suas dúvidas e a confirmação de outras certezas não provadas.

As teorias de conspiração devem merecer de todos nós a atenção devida.
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de José Manuel Chorão
andrehp
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Mensagem por andrehp »

A ciência é foda de mais!