O cinema adiantou demais as conquistas da ciência – e deu sérias mancadas
Por Aluizio Falcão 30/mar 22:27
O futuro já passou para a minha geração. Nós crescemos assistindo as aventuras da família Robinson em “Perdidos no Espaço”. Alguém tem idéia de que quando a humanidade iria conquistar o espaço sideral e mandar aquela família, o doutor Zachary Smith e um robô que parecia uma lata de sardinhas gigante numa nave em direção à estrela Alfa Centauro? No ano de 1997. Ou seja, estamos atrasados em 16 anos para conquistar novos mundos, novas civilizações.
Outro exemplo: “O Exterminador do Futuro”. Em 2029, as máquinas que tomaram conta do nosso planeta vão enviar um ciborgue ao passado para matar a mãe do líder da resistência e ganhar a guerra contra os humanos. Só que essas mesmas máquinas conquistaram a Terra em 1997, quando ganharam a capacidade de agir por conta própria. Pelo jeito, os roteiristas de sci-fi gostam deste ano por alguma razão em particular.
A briga entre homem e computador, por sinal, é o tema central de “2001: uma odisséia no Espaço”. Outra data que já passou. Nosso planeta talvez construa uma estação espacial daquelas em 100 anos. E olhe lá.
O que dizer que datas cravadas pelo cinema que estão muito perto? Vamos lá.
Na trilogia “De Volta para o Futuro”, o jovem Marty McFly fica viajando pelo tempo. Seu primeiro destino acidental é o ano de 1955. No segundo filme, ele vai para 2015, daqui a 2 anos. Teoricamente, em dois anos, teríamos carros voadores, avenidas no céu, skates flutuantes etc etc. Nada indica que nossos carros serão voadores no curtíssimo prazo. Mais uma mancada dos futurólogos de Hollywood.
Para finalizar esta lista de manquitoladas, um dos meus filmes favoritos: “Blade Runner, o Caçador de Andróides”. O planeta Terra seria consumido pela devastação ambiental. Seus habitantes iriam para colônias interplanetárias, onde seres humanos sintéticos atuariam como mão de obra escrava. Quem ficasse por aqui teria de enfrentar um verdadeiro caos nas grandes cidades, com carros voadores (olha aí outra obsessão dos roteiristas) e chuvas intermitentes. O ano em que tudo isso iria acontecer: 2019. Logo ali. Ou seja, para termos colônias em outros planetas, deveríamos, na melhor das hipóteses, ter conquistado Marte 20 anos atrás. Se isso ocorrer em 20 anos, será um milagre.
Todos os roteiristas erram a mão nessas datas? Nem todos. Tome o exemplo de “Jornada nas Estrelas”. O primeiro filme da série, de 1979, mostra que a data estelar é de 7.414. Em tese, estamos falando de quase 5.400 anos no futuro. Já a série “Guerra nas Estrelas” não especifica a data na qual sua trama ocorre, embora haja uma discussão sem fim entre os nerds sobre se a saga se passa no ano 3.000 ou não.
Não culpo os roteiristas que deram essas mancadas. Eu também gostaria de ver o futuro chegar mais rápido. Adoraria ser da geração que visitará outros planetas como se vai para a Disney nas férias da família. Mas nos dias de hoje não há uma Guerra Fria para anabolizar a corrida pelo espaço como houve entre 1958 e 1969. Os governos dos Estados Unidos e da antiga União Soviética torraram bilhões para ver quem chegava antes à Lua. Os EUA ganharam essa parada. Em compensação, para se ir ao espaço, hoje, é preciso pegar um foguete russo, já que os americanos desistiram do programa espacial.
Pelo jeito, teremos colônias espaciais só no ano 3.000. E, ainda assim, eu corro o risco de ser desmentido por alguém que estiver escrevendo sobre este mesmo assunto daqui a 987 anos.
O futuro que nunca houve
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O futuro pode modificar-se rapidamente. Uma descoberta científica importante na área de energia e propulsão poderá nos colocar rapidamente rumo a outras estrelas em questão de décadas. Vejam que mundo maravilhoso que viveram as pessoas na virada do século XIX para XX. Dormiram com um mundo que andava em navios à vela e acordaram em grandes transatlânticos e aviões logo no início do século XX. Subiram numa charrete e desembarcaram de um trem ou automóvel e tudo isso em aproximadamente 30 anos.
Editado pela última vez por lulu em 01 Mai 2013, 16:33, em um total de 1 vez.
O futuro está no desenvolvimento da ciência!
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Elizabeth de Andrade
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Não concordo.Elizabeth de Andrade escreveu:A evolução da nossa consciência é a chave agora.
Isso é o que muitos grupos espirituais e de "Comandantes Ashtar Sheran" dizem porque é bonito, fica bem e recruta muitos elementos para esses grupos.
A consciência humana irá sem dúvida evoluir. Mas a verdade é que só à "pouco" tempo o Homem (e não todos) tomou consciência das asneiras que tem feito desde a revolução industrial e agora começa a aperceber-se da necessidade de respeitar o ecossistema.
Está também a aperceber-se que a política e nomeadamente aquilo a que chama democracia na verdade é uma falácia e a liberdade que temos é na verdade uma liberdade condicionada e cada vez mais direccionada para os grandes interesses corporativos.
(não sou nenhum anarca, nem radical, apenas acho que faço parte do tal grupo dos que se estão a aperceber, como todos vocês ou não estariam aqui).
A evolução da consciência humana nada tem a ver com a evolução tecnológica e a nossa capacidade de criar máquinas que nos levem através do espaço.
Talvez até antes pelo contrário, ou seja, a nossa ganância de sermos melhores que o vizinho do lado, de obtermos matéria prima de modo a monopolizá-la para ganharmos dinheiro, de chegarmos a um planeta e o reivindicarmos para nós (apesar do Tratado do Espaço Exterior) vai incentivar à descoberta de novos meios tecnológicos, uns com benefícios para a população civis como acontece quando se desenvolve uma arma ou uma tecnologia militar e mais tarde se aplica esse conhecimento em beneficio da população civil ou simplesmente fica na esfera militar como “arma secreta” no caso de ser necessário acalmar os ânimos a um país adversário.
Acredito nessa evolução, que segundo alguns (os tais comandantes e grupos que referi) ia acontecer de um momento para o outro em Dezembro de 2012 mas que ficou para a próxima. Mas acho que essa evolução ainda não vai acontecer na nossa geração.
Talvez só os nossos bisnetos estejam já prontos para começar essa aprendizagem definitiva.
Os nossos filhos e netos serão as gerações que terão por missão mostrar as os maléficos do que os nossos avós e bisavós fizeram e mostrar as vantagens de pensar positivo, do respeito pela Natureza e do amor entre todas as raças e credos religiosos (se entretanto as religiões ainda tiverem a importância que têm hoje em dia).
Tratado do Espaço Exterior:
http://www.gddc.pt/siii/docs/dl286-1971.pdf
Sobre o Tratado do Espaço Exterior:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_do ... o_Exterior
"Não podemos confundir os factos com aquilo que gostaríamos que eles fossem, sob pena de uma investigação séria sobre ovnilogia se transformar numa espécie de devaneio religioso."
de José Manuel Chorão
de José Manuel Chorão