Novo Fenômeno Natural Faz Luzes Dançarem no Céu

Área reservada exclusivamente a postagem e discussão de dados verificáveis. Debate dentro da metodologia científica. Sem choro.

Moderadores: Euzébio, Alexandre, Britan, Cavaleiro, hsette, eDDy, Moderadores

valter- De férias...
Mensagens: 144
Registrado em: 12 Jun 2010, 18:28

Novo Fenômeno Natural Faz Luzes Dançarem no Céu

Mensagem por valter- De férias... »

Primeiramente, eu realmente não sei se estou postando esse tópico na categoria certa, já aqui não existe uma categoria exclusiva para "Fenômenos Naturais"...

Mas acho que talvez tenha a ver com o que se propõe na categoria - "Área reservada exclusivamente a postagem e discussão de dados verificáveis. Debate dentro da metodologia científica. Sem choro.."


Eu fiquei entre Ufologia Científica e Vídeos mas achei melhor postar aqui, porque apesar de conter vídeos talvez pertença à ela
(Vídeos
Massiva quantidade de vídeos mostrando supostas aparições de naves e EBEIs circulam pela rede diariamente. Este setor é voltado a postagem e discussão destes).


Enfim... se eu estiver errado, por favor movam-no, sem me advertir ou repreender, pois eu estou aqui há mais de 1 ano e estou ciente de onde posto meus artigos...
Se postei errado é porque de fato eu errei ...
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------





Imagem

Um engenheiro da Universidade de Washington pode ter descoberto um fascinante fenômeno natural através de vídeos na Internet.

“Há alguns anos em apresentações em museus eu estava explicando a ótica dos arco-íris e explicando a dinâmica de tempestades”, conta William Beaty. “Tropecei então com uma estranha ideia: não deveriam os fortes campos eletrostáticos das tempestades terem um efeito visível em arco-íris? Campos elétricos deveriam distorcer levemente gotas d’água, fazendo com que a distribuição de luz de um arco-íris mudasse um pouco”, especulou.

Como esse fenômeno se pareceria? “Por vezes deveríamos notar um arco-íris tremeluzindo durante um relâmpago, e então retornando lentamente a seu padrão inicial enquanto os campos elétricos se acumulassem antes de outro raio”.

Apesar da possibilidade tantalizante, Beaty não encontrou evidências do fenômeno de arco-íris dançando em meio a tempestades – pelo menos ainda. Mas os usuários do site Youtube, “LordHermie” e “JimBob” lhe chamaram a atenção para algo não muito diferente: vídeos capturados em diferentes partes do globo, dos EUA à Malásia, registrando fachos de luz em rápido movimento sobre nuvens de tempestades.


[youtube][/youtube]


[youtube][/youtube]


[youtube][/youtube]


[youtube][/youtube]


Os vídeos acima, capturados por diferentes testemunhas pelo mundo, assistidos e compartilhados com perplexidade, demonstram algo muito similar ao sugerido por Beaty. “Ao invés da distorção de gotas de água”, nota Beaty, “estes devem ser padrões luminosos de parélios causados por cristais de gelo alinhados”.


Imagem

Parélios são relativamente comuns: basicamente, basta que haja cristais de gelo na atmosfera para que o fenômeno ocorra. Para que ele seja mais facilmente percebido, contudo, as condições propícias são que a fonte de luz, como o Sol, esteja próximo do horizonte e o céu limpo.

Quando os cristais estão desalinhados, forma-se um halo, um círculo de luz em torno do Sol. Quando estão alinhados, principalmente por forças aerodinâmicas, criam os parélios (ou “falsos sóis”) propriamente ditos, surgindo como um par de “sóis” aos lados do astro-rei. O fenômeno ótico não ocorre apenas com o Sol, e uma Lua cheia particularmente brilhante, com as condições atmosféricas apropriadas, também pode ser vista com halos ou paraselenes ao seu redor.

Imagem


Se basta a existência de cristais de gelo, sabemos que eles podem popular o topo de nuvens de tempestades. E se a “estranha ideia” de Beaty é que os cristais poderiam se alinhar em resposta a campos elétricos de tempestades, o alinhamento foi tanto observado em laboratório a campos elétricos relativamente fracos (Foster, Hallet, 2002, 2008), como através de radares meteorológicos em resposta à atividade elétrica de tempestades (Caylor, Chandrasekar, 1996).

A novidade, e a espetacular novidade, seria que estes fenômenos já reconhecidos e sendo estudados se combinem para produzir espetáculos de luzes visíveis, algo que ainda não parece ter sido estudado academicamente.


Em Busca de Confirmação


O brilho particular de um halo ou de parélios está literalmente nos olhos do observador: os cristais de gelo não se distribuem apenas em um anel ou na região onde se observam os parélios. Como o fim dos arco-íris, você poderia perseguir os parélios, mas nunca os alcançaria. Os cristais se distribuem pelo céu, e apenas aqueles nos ângulos certos, determinados pela geometria dos cristais e o ângulo entre a fonte de luz e o observador responde pelos brilhos particulares.

O que vemos nos vídeos, na opinião deste autor, não é completamente similar a halos. Realmente parece haver algo direcionando a luz solar em fachos, e é relevante que todos os vídeos mostram os fachos próximos do topo iluminado das nuvens com o sol brilhando obliquamente. Cristais de gelo alinhando-se em resposta a campos elétricos em rápida mudança, a sugestão original de Beaty, parecem parte da resposta, mas o fenômeno não parece se enquadrar como uma classe de halo ou parélio.

Mais pesquisa é necessária, e explicações alternativas aos vídeos podem incluir desde fraudes digitais, artefatos das câmeras até fenômenos muito mais mundanos, como movimentos de partes das nuvens direcionando os raios de luz por entre vãos, ou algo talvez tão inusitado, sugerido pelo físico Martin Shough, como ondas de choque de trovôes provocando triboluminescência.

Todas estas explicações alternativas têm seus problemas. Os vídeos foram enviados por usuários diferentes e não foram associados, até o momento, a uma campanha viral. Os fenômenos não são compatíveis com as características de artefatos digitais ou óticos próprios de câmeras, e o movimento rápido dos fachos de luz não parece compatível com uma simples ação mecânica direta.

Uma das mais fortes evidências de que o fenômeno se relaciona com o campo elétrico é de fato a forma como as luzes se movimentam, primeiro bruscamente e então retornando lentamente a seu estado inicial, em um movimento que traçado lembra o de um dente de serra. É exatamente o comportamento esperado da acumulação de um campo elétrico que é então descarregado através de um relâmpago, para então acumular-se novamente. Que ele seja produzido pelo alinhamento simultâneo de um conjunto de cristais de gelo também é mais plausível que o movimento direto de uma nuvem.

Beaty divulgou sua ideia e os vídeos relacionados no ano de 2009, mas resta confirmar, ou refutar, se o fenômeno realmente faz o cruzamento entre cristais de gelo, a luz do Sol e o campo elétrico de tempestades. Restaria ainda compreendê-lo plenamente. Caso se confirme, é algo que deve ter sido observado incontáveis vezes ao longo da história em todo o mundo, e como os parélios tradicionais, pode ter sido registrado associado a um sem número de superstições e mistificações, até que seu mecanismo físico real seja compreendido.

Porém, tão curioso quanto o fato de que o fenômeno ainda não tenha sido explorado academicamente é que tampouco parece haver registro na literatura fortiana ou ufológica. Ou haveria? Temos relatos de fachos de luz dançando ao redor de nuvens de tempestades?

Seja como for, não é a toda hora que se descobre um novo fenômeno natural, e se há algo excitante no estudo do inusitado é assistir à descoberta de algo verdadeiramente novo.

[Com agradecimentos a Bill Beaty, Martin Shough e Manuel Borraz]

- – -
Referências


- Beaty, W. J.; “Leaping Sundogs produced by storm electrostatic fields”, Nov 2009

- Caylor, I.J.; Chandrasekar, V.; “Time-varying ice crystal orientation in thunderstorms observed with multiparameter radar”, Geoscience and Remote Sensing, IEEE Transactions, Volume 34, Issue 4 , Jul 1996, pp 847-858

- Foster, TC; Hallett, J; “The alignment of ice crystals in changing electric fields”, Atmospheric Research, Volume 62, Issues 1-2, May 2002, pp 149-169

- Foster, TC; Hallett, J; “Enhanced alignment of plate ice crystals in a non-uniform electric field”, Atmospheric Research, Volume 90, Issue 1, October 2008, pp 41-53



FONTE : http://www.ceticismoaberto.com/ufologia ... o-ceacuteu
Euzébio
Gerente
Mensagens: 3982
Registrado em: 29 Nov 2003, 07:15
Localização: Guarulhos - SP

Mensagem por Euzébio »

Perfeito, Valter! tá tudo certinho, não se preocupe!

E parabéns pelo tópico, excelente!

;)
Ad Honorem Extraterrestris
Alexandre
Moderador
Mensagens: 1353
Registrado em: 07 Ago 2005, 18:10
Localização: Mogi das Cruzes SP

Mensagem por Alexandre »

...


Grande tópico valter, eu nunca presenciei fenômenos deste tipo, e olha que aprecio muito observar esse tipo de nuvem...há muito tempo as observo.
Faço minhas as palavras do Euzébio Parabéns!

E sem mágoas tá, e não encare como uma bronca, advertência ou repreensão, mas só um toque, nada de mais :wink:
A ausência da evidência não significa evidência da ausência.
Carl Sagan
Bem-aventurados os que não viram e creram.
Jesus Cristo
Imensidão
Mensagens: 277
Registrado em: 24 Mar 2008, 13:43
Localização: santa catarina

Mensagem por Imensidão »

teria algo a ver com fatima?
CENTENAS DE BILHÕES DE SÓIS...
Britan
Administrador
Mensagens: 2735
Registrado em: 12 Mai 2004, 19:14
Localização: Portugal

Mensagem por Britan »

Imensidão escreveu:teria algo a ver com fatima?
é uma óptima questão e dá que pensar, mas em Fátima o fenómeno ocorreu ao nível do solo.
http://www.anozero.blogspot.com
(actualizado, com nova imagem novas funcionalidades, inclui feeds)
Euzébio
Gerente
Mensagens: 3982
Registrado em: 29 Nov 2003, 07:15
Localização: Guarulhos - SP

Mensagem por Euzébio »

Tem certeza, Brit? Se não me engano, houve fenômenos luminosos no céu:

"No momento em que Ela se elevava da azinheira e rumava para o nascente, o Sol apareceu por entre as nuvens, como um grande disco prateado, brilhando com fulgor fora do comum, mas sem cegar a vista. E logo começou a girar rapidamente, de modo vertiginoso. Depois parou algum tempo e recomeçou a girar velozmente sobre si mesmo, à maneira de uma imensa bola de fogo. Seus bordos tornaram-se, a certa altura, avermelhados e o Astro-Rei espalhou pelo céu chamas de fogo num redemoinho espantoso. A luz dessas chamas se refletia nos rostos dos assistentes, nas árvores, nos objetos todos, os quais tomavam cores e tons muito diversos, esverdeados, azulados avermelhados, alaranjados etc."
Ad Honorem Extraterrestris
Britan
Administrador
Mensagens: 2735
Registrado em: 12 Mai 2004, 19:14
Localização: Portugal

Mensagem por Britan »

"Outras testemunhas afirmaram ter visto vultos de configuração humana dentro do Sol quando este desceu." Aqui difere.
http://www.anozero.blogspot.com
(actualizado, com nova imagem novas funcionalidades, inclui feeds)
Alexandre
Moderador
Mensagens: 1353
Registrado em: 07 Ago 2005, 18:10
Localização: Mogi das Cruzes SP

Mensagem por Alexandre »

...


Imagem

Reparem na parte inferior da ilustração...Existem figuras de pessoas que parecem estar empinando pipas, sim falando no campo das hipóteses, sem qualquer pretenção ufológica, mística ou religiosa, posso pensar em um grande campeonato de papagaios. :D

Alguns pontos do texto abaixo, me fazem refletir:




Um pouco de história

A origem das pipas está cercada de muitos mistérios e lendas. Conta-se que elas surgiram na China, há 200 anos a.C., quando o homem primitivo se deu conta de que não poderia voar como os pássaros e tentou inventar uma maneira de saciar sua vontade de levantar vôo. Mas o conhecimento não ficou restrito aos chineses, e se espalhou por outros povos do Oriente e Ocidente: egípcios, fenícios, africanos, hindus e polinésios também conheciam os segredos de objetos que voavam segurados por um fio. No Brasil, as pipas chegaram com os colonizadores portugueses por volta de 1596.

Durante os séculos, as pipas foram utilizadas como brinquedos, instrumentos de defesa, armas, objetos artísticos e de ornamentação. Principalmente entre os orientais, as pipas foram e continuam sendo utilizadas para atrair felicidade, sorte, nascimento, fertilidade e vitória. Exemplos são aquelas pintadas com dragões (para atrair prosperidade), tartarugas (longa vida) e corujas (sabedoria). Há ainda símbolos para afastar maus espíritos, para ajudar na pesca e para servir como oferendas aos deuses. Até mesmo o grande navegador Marco Pólo (1234-1324) precisou de uma delas para se defender. Ao se encontrar encurralado na China, fez uma pipa carregada de fogos de artifício, que explodiram, provocaram um bombardeio e afastaram seus oponentes.

Além dos aspectos místicos e de sua utilização como arma de defesa, as pipas também tiveram uma importância fundamental nas pesquisas e descobertas científicas. Mas foi em 1752 que Benjamin Franklin realizou a mais expressiva experiência científica com uma pipa. Prendendo uma chave ao fio da pipa, ele a empinou durante uma tempestade. Com isso, a eletricidade das nuvens foi captada pela chave e pelo fio molhado, o que o levou a descobrir o pára-raio. Além disso, foi pelas pipas que o Santos Dumont conseguiu voar no 14 Bis, que poderia ser comparado a uma sofisticada pipa com motor.

Fonte: www.pipas.com.br


É isso aí :wink:
A ausência da evidência não significa evidência da ausência.
Carl Sagan
Bem-aventurados os que não viram e creram.
Jesus Cristo
Avatar do usuário
italianspiderman
Mensagens: 183
Registrado em: 23 Jun 2008, 12:15
Localização: São Paulo/Capital

Mensagem por italianspiderman »

Ouvi algumas histórias diferentes a respeito dessa pintura, que dizia se tratar de uma série de avistamentos de ovnis, outra que nada mais seria que uma tentativa tosca de criar um mapa estelar astronômico daqueles que a Super Interessante colocava nas revistas, essa a rspeito das pipas é so mais uma!

A gente quer explicar coisas que aconteceram a milhões de anos e não conseguimos explicar nem mesmo o significado de certas pinturas que foram feitas a alguns poucos séculos!
Avatar do usuário
Cavaleiro
Moderador
Mensagens: 895
Registrado em: 04 Ago 2009, 11:10
Localização: Portugal

Mensagem por Cavaleiro »

É, concordo com o italianspiderman.
Nem sempre o que nos é estranho e está no céu tem relação com OVNIs.

Li pouco (ou nada) sobre esta imagem, no entanto conheço-a à anos. Nunca lhe dei muita importância talvez por achar que ela não é assim tão óbvia relativamente a fenómenos OVNI como outros casos pintados na nossa antiguidade.

Seria necessário ouvir o que dizem os especialistas em arte para depois tirar conclusões.

Se alguém souber onde se pode ler sobre isto, agradecia a indicação.
"Não podemos confundir os factos com aquilo que gostaríamos que eles fossem, sob pena de uma investigação séria sobre ovnilogia se transformar numa espécie de devaneio religioso."
de José Manuel Chorão