O Caçador de planetas

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lulu
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O Caçador de planetas

Mensagem por lulu »

09/02/2011 - 10h40
Planetas fora do Sistema Solar viram coisa banal

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GIULIANA MIRANDA
DE SÃO PAULO

Hoje na Folha Encontrar planetas fora do nosso Sistema Solar, o que não passava de especulação há pouco mais de 20 anos, agora virou rotina para a Nasa. Este mês, a agência espacial anunciou indícios de outros 1.235, que podem se juntar aos mais de 500 já confirmados. Os dados são do telescópio espacial Kepler, lançado em 2009 para encontrar planetas longínquos.

Dos planetas candidatos, 54 ficam na chamada zona habitável, distância da estrela que permite haver água líquida e, portanto, condições favoráveis ao desenvolvimento da vida como a conhecemos. Cinco deles animaram muito os cientistas. Eles têm possivelmente tamanho parecido com o da Terra.

"Já se esperava que o Kepler fosse descobrir muitos exoplanetas [fora do nosso Sistema Solar]. Mas esses da zona habitável são realmente muito interessantes", diz Duilia de Mello, brasileira que é pesquisadora da Nasa e professora da Universidade Católica de Washington.

A "banalização" da descoberta de planetas longínquos é explicada pela melhora e refinamento de instrumentos e técnicas de avaliação da última década. "É uma nova fase para a Nasa", diz Duilia. "É como quando a gente compra uma câmera fotográfica nova. Mesmo que a antiga funcionasse bem, os resultados da nova mostram como se pode ganhar em qualidade", diz ela.

Antes, apenas planetas gigantes, tão grandes ou maiores do que Júpiter (o maior do nosso Sistema Solar), eram detectados, por causa da atração gravitacional que exerciam. E, mesmo assim, quando tinham órbitas muito próximas a suas estrelas. Gigantes gasosos e quentes como esses têm baixíssima probabilidade de vida, dizem os cientistas.

No ano 2000, astrônomos descobriram que era possível detectar a presença de planetas a partir de variações no brilho das estrelas que eles orbitam. Ao passar na frente de sua estrela, eles alteram momentaneamente parte de seu brilho. Uma espécie de minieclipse.

Com dados sobre duração, intensidade e outros traços desse fenômeno, detectam-se várias características do planeta. O Kepler usa a técnica. Embora ela seja muito eficiente, não está livre de erros. Outros corpos celestes podem provocar as alterações no brilho detectadas.
Como a maior parte do "tira-teima" é feita à mão pelos astrônomos, a confirmação definitiva deve levar anos.

VIDA

"Não custa sonhar, mas, por enquanto, não passa de especulação", avalia Duilia. Segundo ela, o ponto mais interessante das descobertas é de entender melhor a formação dos planetas.

De fato, algumas das descobertas do telescópio deram um nó até nas teorias planetárias mais respeitadas.

A mais recente foi divulgada na semana passada na revista "Nature". Batizado de Kepler-11, é um sistema solar a 2.000 anos-luz da Terra incrivelmente compacto.

Ao contrário do nosso, seus seis planetas têm órbitas extremamente próximas à estrela. Todos eles com a órbita menor que a de Vênus.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/87 ... anal.shtml
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Cavaleiro
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Mensagem por Cavaleiro »

Cada vez mais se vai tornando banal a descoberta desses planetas.
O buuummm das descobertas de planetas num tão curto espaço de tempo, numa imensidão que é o Universo um navio sair para mar alto, descer um detector de metais e descobrir um galeão com um tesouro nas várias tentativas que fizesse.
Ou se sabia que os tesouros ali estavam e estava na altura de os dar a conhecer ou então… era muita, muita sorte.

Não quero afirmar peremptoriamente que eles já sabem onde procurar e que agora estão a oficializar esse facto mas confesso que esta ideia me anda na cabeça de um lado para o outro…
"Não podemos confundir os factos com aquilo que gostaríamos que eles fossem, sob pena de uma investigação séria sobre ovnilogia se transformar numa espécie de devaneio religioso."
de José Manuel Chorão