Ezequiel: Uma Análise Ufológica

Estaríamos sendo visitados por EBEIs desde os tempos mais primórdios? Este setor é dedicado à discussão de supostos vestígios ufológicos nos registros mais primitivos (desenhos, construções e escrituras).

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Ezequiel: Uma Análise Ufológica

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O Profeta Ezequiel e os EBEIs:

(clique aqui)

por Fernando de Aragão Ramalho (Geógrafo, secretário da EBE-ET e membro do Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV))
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Re: Ezequiel: Uma Análise Ufológica

Mensagem por Latorre »

LINK QUEBRADO
Euzébio escreveu:(clique aqui)
Tah, essa foi boa :lol: Tava com pregui? ;)
NÃO HÁ DEUS. NEM DESTINO. NEM LIMITE.Imagem SEM FÉ, SOU LIVRE.
Se um Homem começar em certezas / ele terminará em dúvidas.
Mas se ele se contentar em começar com dúvidas / ele deve terminar em acertos (Francis Bacon)
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É estranho mesmo: também não estou conseguindo acessar a página...
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Kevin Kazan
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Conspiracy rules...

Mensagem por Kevin Kazan »

Ó os hómi aí apagando todas as evidências
"The truth? You can't hold the truth, kid!"
Euzébio
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Mensagem por Euzébio »

Transcrevendo o texto (sem as imagens):


Fernando de Aragão Ramalho escreveu:

São vários os elementos que Ezequiel descreve, numa passagem específica do início de seu livro, que podem ser interpretados como a visão de um ufo. A primeira coisa que temos que ter em mente, quando vamos tentar interpretar o que o protagonista de um relato desses tentou dizer, é exatamente o contexto histórico de quem viveu tal experiência, a cultura e os costumes da época, e, especialmente, o tipo de linguagem do sujeito, que determina como ele se expressa e como vê o que o rodeia.

Nesse sentido, sacamos do trabalho do Dr. Michael S. Heiser, da Universidade de Wisconsin (EUA) - "Notes on Ezequiel' Vision" (Notas sobre as Visões de Ezequiel), algumas imagens que este retirou da obra do estudioso alemão em cultura hebréia, chamado Othmar Keel, em sua obra "Jahwe - Visionnen und Siegelkunst: Enine neue Deutung der Majestatsschilderungen in Jes, Ez 1 und 10 und Sach 4" (Visões de Yahweh e Arte de Selo: Uma interpretação dos Retratos Majestosos em Isaías 6, Ezequiel 1 e 10, e Zacaria 4) Stuttgart 1985-85. Entretanto, contrariamente às conclusões céticas do Dr. Heiser, que definiu como normais as descrições de Ezequiel, não se tratando, portanto, de uma visão ufológica; seguimos por outro caminho. Em nossa opinião, os termos usados por Ezequiel para exprimir sua visão só poderiam ser aqueles, exatamente devido a sua cultura, e, de forma alguma, tais termos tirariam dele o crédito de ter presenciado uma experiência que, em se tratando de um objeto voador, este seria, no mínimo, totalmente destoante da tecnologia vigente. Outra imagem que dispomos para efeito comparativo, é o desenho elaborado pelo cientista da NASA, Josef Blumrich, extraído da Revista UFO Especial, nº 15, cuja interpretação aproxima-se mais do que nós entendemos dos relatos do profeta bíblico.

Os dados históricos disponíveis sobre a existência ou não desse personagem bíblico, assim como de diversas outras personalidades constantes do livro guia dos cristãos, são muito escassos - em especial, Jesus é o maior foco dessas controvérsias existenciais. Esse é um dos motivos que levam boa parte da comunidade científica a rejeitar os relatos bíblicos como fonte confiável da história das antigas civilizações humanas. Isso sem contar na hipótese de estarmos lidando com o relato de pessoas esquizofrênicas, lunáticas, ou que possuam alguma patologia psíquica qualquer. Entretanto, existem arqueólogos, historiadores e teólogos determinados em ir a fundo para descobrir o que realmente aconteceu – eis-me aqui, um ignóbil batalhador dessa causa.

Mas tem havido progressos. A prova disso reside no fato de que vários doutores de universidades conceituadas, como é o caso do Dr. Heiser, voltarem suas pesquisas para os assuntos bíblicos. Outro exemplo, este de iniciativa religiosa, mostra que desde o início do século passado os teólogos, tanto ligados ao Vaticano como também os independentes, se desdobram em longas discussões sobre o conteúdo de vários textos antiqüíssimos, que foram descobertos às margens do Mar Morto, em Quram e em Nag Hamad, no Alto Egito. As discussões giram em torno dos relatos de novos fatos, que fatalmente levam a novas interpretações da História. Tudo isso significa que o que se faz nesse sentido é ciência, e não simples devaneios religiosos.

Na minha época de estudante - e ainda deve continuar a ocorrer - existiam matérias acadêmicas específicas para abordar historicamente as religiões, que incluíam um vasto conteúdo relativo aos livros canônicos e também aos apócrifos, como são chamados os excetos da Bíblia. Uma delas chamava-se História das Religiões. Hoje, esses estudos são fundamentais em certas faculdades teológicas católicas e em liceus. Nessas matérias, discute-se as possibilidades de realidade ou não dos relatos bíblicos, dos apócrifos, e de outros textos recém descobertos, buscando embasamento em descrições de antigos historiadores e nas novas descobertas arqueológicas.

Muitos dos relatos bíblicos serviram de fonte de inspiração entre doutores arqueólogos, historiadores, estudantes autônomos, colecionadores de relíquias, milionários excêntricos e até governos, que prontamente puseram-se a gastar milhões em expedições nas regiões da antiga palestina, e demais cercanias do Oriente Médio, batalhando em busca de provas que dessem vida àquelas fantásticas histórias. Vários tiveram sucesso, e também vários fracassos, mas as iniciativas continuam. De vez em quando, vemos nesses canais de TV a cabo impressionantes missões científicas em busca de dados que, quando logram sucesso, retornam em forma de lucro, compensando todo o esforço na empreitada.

E, dentro dessas tentativas científicas, em busca da verdade, encontram-se aqueles que, por não temerem o ridículo, ou a execração acadêmica, buscam embasamentos para explicar a íntima relação entre seres extraterrestres e os personagens bíblicos. Ezequiel é um dos principais focos de estudos neste caso.

Existem sérias desconfianças entre nós, que nos dedicamos a esse específico ramo da Ufo-Arqueologia, de que os exegetas clericais insistem numa certa forma de acobertamento sobre as escrituras, em especial, os livros apócrifos, que possivelmente foram banidos da Bíblia por conterem informações demasiadamente comprometedoras, quanto à chegada de seres extraterrestres ao nosso planeta em tempos distantes. Os quais, engendraram aqui diversos tipos de experiências genéticas, incluindo hibridismo alienígena-humano, bem como dando origem às principais religiões. O livro de Enoque é um claro exemplo do que falo, quando descreve com detalhes como eram os "céus" que ele visitara, os "anjos" que lá habitavam e onde desempenhavam suas funções. Duzentos desses anjos desceram a terra e se reproduziram, tomando mulheres terráqueas como amantes, dando origem a criaturas bem diferentes dos humanos. Os livros de Enoque são tidos como fonte primordial para o entendimento de várias passagens bíblicas, mostrando que eles são muito estudados pelos teólogos.

Mas isso também fica claro em alguns livros canônicos (que fazem parte da Bíblia), mostrando que essa "censura" perpetrada pelo Vaticano não conseguiu apagar todos os registros que levantam suspeitas sobre a presença alienígena na Terra. Tal presença fica clara, por exemplo, em várias passagens do Êxodo, quando Moisés é avisado por um ser chamado Yahweh (Eu Sou), ou Deus, o qual desceu numa "sarça ardente num fogo que não se consumia", dando-lhe conta sobre sua missão de libertação dos judeus do julgo egípcio. Quando são (o povo de Israel) então tutelados durante uma viagem pelo deserto, que durou 40 anos, sendo ajudados por verdadeiras naves, chamadas de "Glória de Yahweh", descritas como "nuvens luminosas" à noite e "colunas de fumaça" ao dia.

Outra passagem canônica que revela possíveis contatos com uma civilização extremamente desenvolvida para a época do relato, encontra-se no livro dos Reis, quando o profeta Elias foi levado aos céus por um carro de fogo, provocando uma espécie de redemoinho ao decolar. Toda a passagem foi testemunhada por outro profeta, Eliseu, que, diante do sumiço de Elias, assumiu a direção do povo de Israel. Tal relato é considerado no mundo ufológico como uma autêntica abdução, a exemplo do que também teria ocorrido com Enoque.

E assim se dá em diversas passagens, demonstrando que "anjos", juntamente com seus apetrechos voadores, sempre estavam presentes em momentos cruciais, num verdadeiro processo de colonização e condução nos rumos daquele povo. E, ao que tudo indica, não ocorreu apenas com os judeus, mas com a humanidade planetária como um todo. Foi o que ocorreu também na Ásia Oriental, relatado no Mahabarata hindu, onde guerras foram vencidas com o auxílio de exércitos voadores, transportados em "vimanas", naves que possuíam armas terríveis. Se formos considerar esses relatos como reflexos de fenômenos naturais, ou frutos de simples alucinações ou floreios religiosos, teríamos que jogar boa parte da história da antiguidade no lixo, pois vários fatos e relatos bíblicos já foram amplamente estudados e considerados como reais. Assim sendo, somos forçados a discordar em diversos pontos do que dizem os céticos contrários a essas análises.

Seguindo por esses caminhos, temos a forte suposição de que, assim como os demais personagens citados em escrituras sagradas, Ezequiel também existiu e vivenciou a sua experiência junto àquilo que só podemos chamar de um aparelho tecnológico totalmente fora dos padrões existentes naquela época. Situando-nos no contexto espaço-temporal, vamos ver que o profeta Ezequiel começa a aparecer nos relatos bíblicos a partir de 598 AC, em Judá, Palestina, durante o reinado de Ioiakin (Joaquim), quando começa o assédio de Jerusalém por Nabucodonosor. Posteriormente à rendição dessa cidade, Ezequiel começa suas atividades no exílio, às margens do rio Cobar, um dos afluentes do rio Jordão, no ano de 593 AC.

Primeiramente, colocaremos todo o relato da aparição do "carro de Yahweh", sem interrupções, e depois, do ponto de vista ufológico, analisaremos versículo por versículo. Tentando dar alguma variação à forma proposta pelo engenheiro da NASA Josef Blumrich, estamos anexando as fotos de alguns modelos de helicópteros que possuem algumas das características do relato de Ezequiel. Conforme nossas análises, veremos que semelhanças são impressionantes, mas ainda assim ficam algumas dúvidas.

Existem várias versões da Bíblia, com algumas variações nas traduções dos textos originais. A que aqui tomamos com guia, é a edição revisada da Bíblia de Jerusalém, Edições Paulinas (católica), de 1985. Resolvemos adotar essa versão por ser ela considerada a mais completa, em relação às versões protestantes, é também fartamente comentada, além de ser a mais utilizada pelas faculdades de filosofia e teologia brasileiras que formam os padres em atividade.

EZEQUIEL

(1,1) No trigésimo ano, no quinto dia do quarto mês, quando me encontrava entre os exilados, junto ao rio Cobar, eis que os céus se abriram e tive visões de Deus. (1,2) No quinto dia do mês – isto é, no quinto ano do exílio do rei Joaquim – (1,3) veio a palavra de Yahweh ao sacerdote Ezequiel, filho de Buzi, na terra dos caldeus, junto ao rio Cobar. Ali pousou sobre ele a mão de Yahweh.

Visão do "carro de Yahweh": (1,4) – Eu olhei: havia um vento tempestuoso que soprava do norte, uma grande nuvem e um fogo chamejante; em torno de uma grande claridade e no centro algo que parecia electro, no meio do fogo. (1,5) No centro, algo com a forma semelhante a quatro animais, mas cuja aparência fazia lembrar uma forma humana. (1,6) Cada qual tinha quatro faces e quatro asas. (1,7) As suas pernas eram retas e os seus cascos como cascos de novilho, mas luzentes, lembrando o brilho do latão polido. (1,8 ) Sob suas asas havia mãos humanas voltadas para quatro direções, como as faces e as asas dos quatro. (1,9) As asas se tocavam entre si; eles não se voltavam ao caminharem; antes, todos caminhavam para frente; (1,10) quanto às suas faces, tinham formas semelhantes à de um homem, mas os quatro apresentavam face de leão do lado direito e todos os quatro apresentavam face de touro do lado esquerdo. Ademais, todos os quatro tinham face de águia. (1,11) As suas asas abriam-se para cima. Cada qual tinha duas asas que se tocavam e duas que cobriam o corpo; (1,12) todos moviam-se diretamente para frente, segundo a direção em que o espírito os conduzia; enquanto se moviam, nunca se voltavam para o lado.

(1,13) No meio dos animais havia algo como brasas ardentes, com a aparência de tochas, que se movia por entre os animais. O fogo era brilhante e do fogo saíam relâmpagos. (1,14) Os animais iam e vinham à semelhança de um relâmpago.

(1,15) Olhei para os animais e eis que junto aos animais de quatro faces havia, no chão, uma roda. (1,16) O aspecto das rodas e a sua estrutura tinham o brilho do crisólito. Todas as quatro eram semelhantes entre si. Quanto ao seu aspecto e à sua estrutura, davam a impressão de que uma roda estava no meio da outra. (1,17) Moviam-se nas quatro direções e ao se moverem, nunca se voltavam para os lados. (1,18 ) A sua circunferência era alta e formidável, e sua circunferência estava cheia de reflexos em torno, isso em todas as quatro rodas. (1,19) Quando os animais se moviam, as rodas se moviam junto com eles; quando os animais se levantavam do chão, as rodas se levantavam com eles. (1,20) As rodas se moviam na direção em que o espírito as conduzia e se levantavam com ele, porque o espírito do animal estava nas rodas. (1,21) Ao se moverem eles, elas se moviam; ao pararem, elas paravam; ao se levantarem do chão, também as rodas se levantavam com eles, pois o espírito do animal estava nas rodas. (1,22) Sobre as cabeças do animal havia algo que parecia uma abóbada, brilhante como o cristal, estendido sobre suas cabeças, por cima delas. (1,23) Sob a abóbada, as suas asas ficavam voltadas em direção à outra e cada um tinha duas que lhe cobriam o corpo. (1,24) Eu ouvia o ruído de suas asas, semelhante ao ruído de grandes águas, semelhante à voz de Shaddai; quando se moviam, havia um ruído como de uma tempestade, como de um acampamento; quando paravam, abaixavam as asas. (1,25) Houve um ruído. (1,26) Por cima da abóbada que ficava sobre suas cabeças havia algo que tinha a aparência de uma pedra de safira em forma de trono, e sobre esta forma de trono, bem no alto, havia um ser com aparência humana.

(1,27) Vi um brilho como de electro, uma aparência como de fogo junto dele, e em redor dele, a partir do que pareciam ser os quadris e daí para cima; a aparência do fogo e um brilho em torno dele; (1,28 ) a aparência desse brilho, ao redor, era como a aparência do arco que, em dia de chuva, se vê nas nuvens. Era algo semelhante à Glória de Yahweh. Ao vê-la, caí com o rosto em terra e ouvi a voz de alguém que falava comigo.

Visão do livro: (2,1) Ele me disse: "Filho do homem, põe-te de pé que vou falar contigo". (2,2) Enquanto falava, entrou em mim o espírito e me pôs de pé. Então ouvi aquele que falava comigo. (...) (2,8 ) "Tu, filho do homem, ouve o que te digo, não sejas rebelde como essa casa de rebeldes. Abre a boca e come o que estou te dando".

(2,9) Olhei e eis que uma mão que se estendia para mim e nela um volume enrolado. (2,10) Ele abriu-o na minha presença. Estava escrito no verso e no reverso. Nele estava escrito: "Lamentações, gemidos e prantos". (...)

(3,10) Em seguida disse-me: "Filho do homem, tudo quanto eu te disser recolhe-o no teu coração, ouve-o com toda atenção, (3,11) e dirige-te aos exilados, aos filhos do teu povo e lhes dirás: ‘Assim diz o Senhor Yahweh’, quer ouçam, quer deixem de ouvir".

(3,12) O espírito ergueu-me, e quando eu ouvia um ruído, um ribombar tremendo atrás de mim, o qual dizia: "Bendita seja a glória de Yahweh desde a sua morada!" (3,13) Era o ruído das asas dos animais que se tocavam umas nas outras e o ruído das rodas que ficavam ao lado deles, o ruído de um ribombar tremendo. (3,14) O espírito ergueu-me e me levou; e eu fui, mas amargurado, com o espírito em fogo, enquanto a mão de Iahweh pesava sobre mim. (3,15) Cheguei aos exilados em Tel Abib, que habitavam junto ao rio Cobar – era aí que eles estavam – e demorei ali por sete dias, consternado, no meio deles.

Imagem

INTERPRETAÇÃO UFOLÓGICA:

Para Ezequiel, a visão da "Glória de Yahweh"; para nós, um autêntico OVNI, ou UFO, com características semelhantes às aeronaves atuais:

"Eu olhei: havia um vento tempestuoso que soprava do norte, uma grande nuvem e um fogo chamejante; em torno de uma grande claridade e no centro algo que parecia electro, no meio do fogo".

- Essa introdução nos lembra a descrição de óvnis em diversos relatos atuais, quando o protagonista descreve os momentos iniciais de um contato imediato de terceiro grau. Em alguns casos, os óvnis provocam ventania e muita luz ao se aproximarem do solo. "Electro", neste caso, vem do latim, significando uma liga de ouro e prata, de cor âmbar (amarelo metálico e translúcido), já que na época não havia nenhuma noção do que viria a ser a eletricidade.

"No centro, algo com a forma semelhante a quatro animais, mas cuja aparência fazia lembrar uma forma humana. Cada qual tinha quatro faces e quatro asas. As suas pernas eram retas e os seus cascos como cascos de novilho, mas luzentes, lembrando o brilho do latão polido. Sob suas asas havia mãos humanas voltadas para quatro direções, como as faces e as asas dos quatro".

- Ezequiel refere-se a seres ou objetos com aparência humana, mas claramente nota-se que não era exatamente isso que ele queria dizer. Parece que o profeta tentava descrever algum tipo de pilar móvel, meio cilíndrico, meio facetado, com quatro lados identificáveis que lembram formas animais ou humanas. Esses pilares eram em número de quatro , talvez para desempenhar a função de sustentação de toda a estrutura (descrita mais adiante) em terra, ou estabilização, quando no ar, pois possuíam "asas". Seriam as "mãos", acima de cada uma das "asas", algum tipo de propulsão auxiliar estabilizadora? Os pilares eram retos, e supostamente feitos de algum metal, já que apresentavam o "brilho de latão polido".

"As asas se tocavam entre si; eles não se voltavam ao caminharem; antes, todos caminhavam para frente; quanto às suas faces, tinham formas semelhantes à de um homem, mas os quatro apresentavam face de leão do lado direito e todos os quatro apresentavam face de touro do lado esquerdo. Ademais, todos os quatro tinham face de águia. As suas asas abriam-se para cima. Cada qual tinha duas asas que se tocavam e duas que cobriam o corpo; todos moviam-se diretamente para frente, segundo a direção em que o espírito os conduzia; enquanto se moviam, nunca se voltavam para o lado".

- Neste caso, o que provavelmente o profeta pretendia descrever eram hélices, se possuísse termos para tal. Como não havia essa palavra em seu vocabulário, "asas" era a melhor opção. Senão vejamos: em sua cultura, a única coisa que fazia algo voar eram asas. No objeto, estas pareciam estar ligadas entre si, lembrando, por exemplo, hélices de quatro pás. Em movimento, as pás dão a impressão que se tocam, numa ilusão ótica, mas isso ocorre realmente apenas na parte central de cada hélice. As diversas faces que trazem o relato demonstram a grande dificuldade que o profeta teria ao relatar esses pilares de sustentação do corpo principal e seus componentes, certamente, cabeças de homens e animais eram sua única fonte de informação, baseada na iconografia e arte hebréia de sua época. Há também a possibilidade de tratar-se de adornos ou símbolos adotados por Yahweh e seus colaboradores. O "espírito" nesse caso nos parece ser o corpo central do objeto, cujos seus pilares, ou sapatas de aterrissagem e de estabilização, estivessem firmemente ligados, contudo, quadripartido. Obviamente, para onde o corpo central se dirigia, suas partes de sustentação também o seguiam.

"No meio dos animais havia algo como brasas ardentes, com a aparência de tochas, que se movia por entre os animais. O fogo era brilhante e do fogo saíam relâmpagos. Os animais iam e vinham à semelhança de um relâmpago".

- Impressiona aqui a descrição que o profeta dá às luzes que observava. Faróis guias, luzes estroboscópicas de sinalização e aviso, tanto em aviões e helicópteros, assim como também outras luzes que surgem durante as aparições de discos voadores, se fossem observadas por uma pessoa que viveu há mais de dois mil e quinhentos anos atrás, poderiam muito bem serem descritas nesses termos que se refere Ezequiel. Uma vez que tochas eram as únicas fontes de luz artificial, que serviam de guia durante à noite; e o relâmpago, as únicas fontes que descreviam luzes fortes e pulsantes. Lamentamos, aqui, não possuir o horário exato da visão. Se essa foi durante a noite, nossas suspeitas tornam-se mais evidentes ainda.

"Olhei para os animais e eis que junto aos animais de quatro faces havia, no chão, uma roda. O aspecto das rodas e a sua estrutura tinham o brilho do crisólito. Todas as quatro eram semelhantes entre si. Quanto ao seu aspecto e à sua estrutura, davam a impressão de que uma roda estava no meio da outra. Moviam-se nas quatro direções e ao se moverem, nunca se voltavam para os lados. A sua circunferência era alta e formidável, e sua circunferência estava cheia de reflexos em torno, isso em todas as quatro rodas. Quando os animais se moviam, as rodas se moviam junto com eles; quando os animais se levantavam do chão, as rodas se levantavam com eles. As rodas se moviam na direção em que o espírito as conduzia e se levantavam com ele, porque o espírito do animal estava nas rodas. Ao se moverem eles, elas se moviam; ao pararem, elas paravam; ao se levantarem do chão, também as rodas se levantavam com eles, pois o espírito do animal estava nas rodas".

- Formidáveis e minuciosas descrições do comportamento mecânico do óvni encontramos nesses versículos. Aqui, Ezequiel deixa claro que o objeto, com suas sapatas de aterrissagem em contato com o chão - as quais poderiam ser divididas em dois ou mais estágios, a exemplo de guindastes e escadas magiro - utilizava-se de rodas para se movimentar. E essas rodas, localizadas nas partes inferiores dos seus pilares de sustentação, obviamente acompanhavam todo o movimento do objeto, em qualquer direção que fosse. A parte central do objeto provavelmente era redonda e composta de duas partes diferentes, bem como as rodas localizadas nas extremidades das sapatas, a exemplo do que ocorre com os automóveis atuais. Ou seja, roda e pneu, uma metálica e outra de outro material, talvez borracha (?): "uma roda estava no meio da outra". A parte central, ou talvez externa de cada roda, deveria ser uma espécie de aro metálico, pois "sua circunferência estava cheia de reflexos", Além de que possuíam "o brilho do crisólito" (semelhante ao amarelo ouro), o mesmo ocorria com o corpo principal desse óvni. Se o objeto levantasse vôo, ou se se movimentasse, é claro que nenhuma das partes do conjunto ficaria no chão, ou estática, dando a impressão a Ezequiel de que o comando dos movimentos pertencia às rodas: "o espírito do animal estava nas rodas" (aqui, devemos entender a palavra espírito como força motriz). Não deveria ele supor que o movimento era causado por algum tipo de motor.

"Sobre as cabeças do animal havia algo que parecia uma abóbada, brilhante como o cristal, estendido sobre suas cabeças, por cima delas. Sob a abóbada, as suas asas ficavam voltadas em direção à outra e cada um tinha duas que lhe cobriam o corpo. Eu ouvia o ruído de suas asas, semelhante ao ruído de grandes águas, semelhante à voz de Shaddai; quando se moviam, havia um ruído como de uma tempestade, como de um acampamento; quando paravam, abaixavam as asas. Houve um ruído. Por cima da abóbada que ficava sobre suas cabeças havia algo que tinha a aparência de uma pedra de safira em forma de trono, e sobre esta forma de trono, bem no alto, havia um ser com aparência humana.

- Nesse ponto, vem a prova que o que Ezequiel realmente referia-se a um objeto redondo, feito de metal, com algum tipo de cúpula transparente em sua parte superior, e com um ser dentro dessa "abóbada". Algo parecido com uma cabine de comando e seu piloto. Sustentado esse objeto, haveria, como dito antes, um tipo de trem de aterrissagem dotado hélices e rodas. As asas (hélices), certamente deveriam fazer um grande barulho, quando em rotação. Que, para que nunca vira coisa semelhante, parecia-lhe o som da tempestade (trovões) ou o burburinho de grandes acampamentos. As hélices deveriam ser retráteis em estado de repouso, pois "quando paravam, abaixavam as asas". Ainda nesse trecho do relato, note-se que Ezequiel novamente descreve a parte do ufo que assemelha-se à cabine de comando, onde localiza-se uma espécie de cadeira (trono), onde possivelmente estava sentado o piloto do objeto, "um ser com aparência humana".

“Vi um brilho como de electro, uma aparência como de fogo junto dele, e em redor dele, a partir do que pareciam ser os quadris e daí para cima; a aparência do fogo e um brilho em torno dele; (1,28 ) a aparência desse brilho, ao redor, era como a aparência do arco que, em dia de chuva, se vê nas nuvens. Era algo semelhante à Glória de Yahweh. Ao vê-la, caí com o rosto em terra e ouvi a voz de alguém que falava comigo. Ele me disse: "Filho do homem, põe-te de pé que vou falar contigo". Enquanto falava, entrou em mim o espírito e me pôs de pé. Então ouvi aquele que falava comigo. (...) "Tu, filho do homem, ouve o que te digo, não sejas rebelde como essa casa de rebeldes. Abre a boca e come o que estou te dando". Olhei e eis que uma mão que se estendia para mim e nela um volume enrolado. Ele abriu-o na minha presença. Estava escrito no verso e no reverso. Nele estava escrito: "Lamentações, gemidos e prantos". (...) Em seguida disse-me: "Filho do homem, tudo quanto eu te disser recolhe-o no teu coração, ouve-o com toda atenção, e dirige-te aos exilados, aos filhos do teu povo e lhes dirás: ‘Assim diz o Senhor Yahweh’, quer ouçam, quer deixem de ouvir".

- Entra-se agora na fase de contato definitivo, onde há a comunicação unilateral a Exequiel do ser que pilotava o aparelho, sem, no entanto, deixar de mostrar ao protagonista terrestre suas características físicas. Usava algum tipo de roupa brilhante, luminosa do quadris para cima. Em algumas passagens bíblicas, há a alusão a essas "Glórias de Yahweh", como sendo objetos que sempre surgem voando, são compostos de cúpulas transparentes e várias espécies de propulção. Em todo esse relato de Ezequiel, vemos isso quando ele se refere ao objeto que trouxe o ser. Mas quando Ezequiel descreve que na parte superior do ser, possivelmente na cabeça, ele se assemelhava à Glória de Yahweh, é inevitável a comparação de sua interpretação aos capacetes de astronautas, feitos de material espelhado, como vidro, ou plásticos resistentes, às vezes, refletindo o céu azul durante o dia, ou usando lanternas ou faróis imbutidos, durante a noite. O ser entrega um "volume enrolado" a Exequiel, contendo as escrituras. "Abre a boca e come o que estou te dando", nos parece mais um sentido figurativo, querendo dizer: "Escuta e guarda essas informações".

"Em seguida disse-me: "Filho do homem, tudo quanto eu te disser recolhe-o no teu coração, ouve-o com toda atenção, e dirige-te aos exilados, aos filhos do teu povo e lhes dirás: ‘Assim diz o Senhor Yahweh’, quer ouçam, quer deixem de ouvir". O espírito ergueu-me, e quando eu ouvia um ruído, um ribombar tremendo atrás de mim, o qual dizia: "Bendita seja a glória de Yahweh desde a sua morada!" Era o ruído das asas dos animais que se tocavam umas nas outras e o ruído das rodas que ficavam ao lado deles, o ruído de um ribombar tremendo. O espírito ergueu-me e me levou; e eu fui, mas amargurado, com o espírito em fogo, enquanto a mão de Iahweh pesava sobre mim. Cheguei aos exilados em Tel Abib, que habitavam junto ao rio Cobar – era aí que eles estavam – e demorei ali por sete dias, consternado, no meio deles.

- Aqui, Ezequiel complementa o relato descrevendo as últimas palavras do ser e a sua partida, com detalhes que não deixam dúvidas sobre o que ele avistara. Surge aqui também a informação de que Ezequiel dera um passeio, pois, ao que parece, o "espírito ergueu-o e levou-o até o rico Cobar". Mas, a partir desse ponto, não há mais relatos sobre como tería sido essa sua viagem, nem se alguém testemunhara sua descida perto do rio, onde encontravam-se os outros exilados.

CONCLUSÃO

Sem dúvida, só podemos crer que, caso se prove definitivamente que seja real, essa visão de Ezequiel tem todas as características de um encontro com um objeto voador não identificado e seu tripulante. Em nossa opinião, um aparelho voador de alta tecnologia, impossível de existir a partir do conhecimento humano daquela época neste planeta. Ou seja, Ezequiel só pode ter mantido contato com um ser de origem extraterrestre. A não ser que tenha existido alguma sociedade ultra secreta, que se desenvolveu ainda mais que a nossa, há milênios antes dessa ocorrência bíblica. Essa segunda hipótese é também muito aceita por alguns ufólogos que acreditam na existência no passado do continente perdido de Atlântida, por exemplo.

As descrições mais aproximadas que temos de aparelhos voadores da atualidade, que podem ser relacionadas com a visão do profeta, são os helicópteros, fartamente mostrados acima. Entretanto, a visão descreve as hélices na parte central de cada base de sustentação, conforme descrição: “animais ou formas humanas”, e não no topo, como ocorrem com nossos aparelhos. Fica então a pergunta: O que Ezequiel realmente teria visto?

Fernando de Aragão Ramalho é Geógrafo, secretário da EBE-ET e membro do Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV).

E-mail: fernando.ramalho@ufo.com.br
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Interessante...

Mensagem por Kevin Kazan »

Mas como já disse, Euzébio, vc devia fuçar + sebos, bibliotecas e a web por outros autores, inclusive os q precederam o Däniken e até descobriram antes dele muitas das mesmas coisas q ele divulgou
Visite as comunidade de Sitchin e Annunaki no Orkut
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Euzébio
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Mensagem por Euzébio »

Valeu pela dica!...
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Tem tb...

Mensagem por Kevin Kazan »

Nibiru, Planet X, etc. lá no Orkut
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