FAB testa 14-X em túnel hipersônico

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Petrovski
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FAB testa 14-X em túnel hipersônico

Mensagem por Petrovski »

A última segunda-feira, dia 2 de junho, foi um dia especial para o Instituto de Estudos Avançados, em São José dos Campos (SP). Além de ser a data em que o IEAv completou 26 anos de existência, havia mais o que comemorar. No Laboratório Professor Henry Nagamatsu, militares e civis estavam empenhados na realização de um importante experimento científico: um dos testes com um modelo reduzido da aeronave 14-X no túnel de vento hipersônico T3.

O Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Juniti Saito, compareceu ao local para acompanhar o teste, que coloca o Brasil na corrida hipersônica, ao lado dos poucos países em condições de dominar essa tecnologia: Estados Unidos, Japão, Austrália e Rússia.

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O 14-X

É uma aeronave bem diferente das que voam atualmente. Ela é equipada com um motor sem partes móveis, que funciona integrado à fuselagem. Durante o vôo, o ar é comprimido pela própria geometria e velocidade do veículo e é direcionado para uma câmara na parte inferior do avião, onde também é injetado gás hidrogênio, que entra em combustão supersônica.

O 14-X, nome dado em homenagem ao 14-Bis de Santos Dumont, foi projetado pelo estudante de mestrado 1º Tenente Tiago Rolim, que se formou no ITA em 2005. A previsão é que o 14-X seja lançado de um foguete brasileiro em 2012. Isso porque o motor precisa de um impulso inicial até que atinja o ponto de combustão.

O túnel T3

É o maior túnel de vento pulsado hipersônico da América Latina, com 25 metros de comprimento, capaz de produzir escoamentos de ar com velocidade de até vinte e cinco vezes a velocidade do som (Mach 25) e com pulsos de até 10 milésimos de segundo.

Na seção de testes do túnel podem ser ensaiados modelos ou componentes de veículos com até um metro de comprimento, que são submetidos a ondas de choque, temperaturas e pressões encontradas por uma aeronave em vôo hipersônico.

Inteiramente projetado no IEAv e construído por empresas nacionais, o túnel T3 foi financiado com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e incorpora a experiência acumulada no projeto, construção e operação de seus predecessores de menor porte, os túneis hipersônicos T1 e T2.

Os testes do 14-X no túnel T3

Os testes em túnel de vento simulam as condições de vôo do modelo, sobre o qual são instalados sensores de pressão e temperatura para registro dos dados. Uma câmera filmadora de alta velocidade - dois milhões de quadros por segundo - permite a visualização do escoamento de ar sobre a fuselagem. O modelo do 14-X que está em testes é construído em aço inoxidável e tem cerca de 80 centímetros de comprimento. Menor do que o veículo projetado para voar, que terá 2 metros de comprimento.

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O objetivo do projeto é desenvolver um veículo não-tripulado capaz de colocar satélites em órbita. Os atuais veículos espaciais precisam transportar grande quantidade de oxigênio, que serve como oxidante para queima do combustível. O 14-X levará muito menos oxigênio, apenas a quantidade necessária para a queima do combustível no trajeto fora da atmosfera terrestre, o que resulta em maior capacidade para carga útil. “O 14-X é uma plataforma de testes para conceitos inovadores”, afirma o Cel Eng Marco Antonio Sala Minucci, Diretor-Adjunto do IEAv e um dos idealizadores dos túneis hipersônicos T1, T2 e T3.

Acompanharam também os testes o Ten Brig Ar Neimar Diegues Barreiro (SEFA), o Ten Brig Ar Carlos Alberto Pires Rolla (CTA), o Maj Brig Ar Aprígio Eduardo de Moura Azevedo (GABAER), o Maj Brig Ar Antônio Gomes Leite Filho (COMGAP), o Brig Ar Antônio Carlos Moretti Bermudez (CECOMSAER) e o Cel Av Darcton Policarpo Damião (IEAv).

Fonte: IEAv / FAB

Tirei isso daqui: http://defesabrasil.com/site/index.php/ ... onico.html