
O experimento estava baseado na lei física que assegura que a energia não se cria nem se destrói, só se transforma. Assim, atuando com o convencimento de que tanto o som como a imagem são formas de energia, bastava somente voltar a captar os restos de qualquer acontecimento passado e reconstruí-lo.
As entrevistas que fizeram ao padre beneditino jamais explicaram o funcionamento do Cronovisor, nome que se deu ao aparato. Somente se assegurou que se compunha de três partes: uma antena para captar as ondas energéticas, um seletor para escolher os diversos momentos e personagens, e aparatos para gravar as imagens e os sons. Uma espécie de projetor tridimensional.

O descobrimento científico tinha que manter-se em segredo pelas funestas conseqüências que podia trazer para a sociedade pois um mal uso do invento acarretaria a matança da humanidade ou o nascimento de una nova moral.
Os experimentos confirmaram que se podia até saber o que pensava o vizinho ou o inimigo. Um uso mais concreto permitiu captar cenas da vida do papa Pio XII, de Mussolini, os gestos de Napoleão em Waterloo, Hitler ao suicidar-se, Colombo ao chegar à América ou, como experto em música antiga, a reconstrução da tragédia romana “Tiestes”, representada em 169 a. C.
A autêntica expectativa se levantou quando o padre Ernetti afirmou que com seu invento havia logrado fotografar Jesus na cruz e como mostra proporcionou o rosto compungido de um homem barbado com o olhar para cima. A fotografia aportada terminaria por desprestigiar as declarações do padre Pellegrino ao descobrir-se que se tratava de um crucificado existente na igreja do Amor Misericordioso de Collevalenza, em Perugia.

Depois de anos de silencio finalmente o romperia para afirmar que a hierarquia eclesiástica lhe obrigava a manter o segredo de suas investigações. Pouco antes de morrer em abril de 1994 se rumoreja que mandou uma carta onde dizia que a existência de uma máquina capaz de mostrar as imagens do passado era certa, que também era verdade que se havia conseguido a imagem de Jesus, apesar da fraude de Collevalenza, e que certamente a igreja lhe obrigava a guardar silêncio.
Fonte: http://miralooculto.iespana.es/otroscas ... ovisor.htm