Um trecho extraído de um dos livros de Däniken (não me recordo agora, mas provavelmente de "Os Olhos da Esfinge"):
"Foi nos dito que o rei Djoser, da III dinastia, teria mandado iniciar, em cerca de 2700 a.C., as obras de construção da pirâmide de degraus, a de Sacara. Seria falha a datação da construção das pirâmides?
Seriam muito mais velhas do que admite a Arqueologia? Tais suposições não carecem de base, pois, além de Abu`l Hassan Ma'sudi, houve ainda outras fontes a afirmar que as pirâmides teriam sido construídas antes do grande dilúvio. Heródoto (484 a 425 a.C.) o mais antigo dos historiadores gregos, chamado o "Pai da Historiografia" por Cícero (106 a 43 a.C.) afirma no segundo livro de sua "Histories Apodexis" - Representação da Verificação, nos capítulos 141 e 142, os sacerdotes de Tebas ter-lhe-iam assegurado que, ao longo de 11.340 anos, o cargo de sumo-sacerdote está passando de pai para filho. Os sacerdotes confirmaram esta afirmação para Heródoto, mostrando-lhe 341 estátuas colossais, a cada uma das quais representando uma geração de sumos-sacerdotes e assim falaram os anfitriões tebanos de Heródoto - 341 gerações atrás, os deuses teriam vivido entre os homens, porém, desde então, nenhum deus tornou a surgir com formas humanas. De fato, até hoje, a data da construção das grandes pirâmides não foi provada, de maneira incontestável."
Fico a me perguntar: Quem teria mentido?
Däniken inventou tal passagem de Heródoto?
Heródoto inventou tal informação dos sacerdotes egípcios?
Teriam os sacerdotes inventado tal história?
Se o número de anos e de gerações estiver correto, então a civilização egípcia é muuuito mais antiga do que se supõe, e consequentemente também são as pirâmides...
Robert Bauval, autor de "The Orion Mystery: Unlocking the Secrets of the Pyramids" sustenta a teoria de que as três pirâmides de Gizé foram construídas de forma a reproduzir a posição relativa das três estrelas do chamado cinturão de Órion, uma constelação que teria importância religiosa para os egípcios. Além disso, a posição das pirâmides em relação ao rio Nilo seria uma reprodução da posição daquelas estrelas em relação à Via Láctea. Mas o próprio Bauval percebeu que, devido à mudança das posições das estrelas no céu com o passar dos séculos, esta coincidência com o cinturão de Orion não existia na época da construção das pirâmides, mas sim por volta de 10.500 a.C. (8.000 antes delas serem construídas).
Temos aí relatos isolados que se confirmam.
E quanto à Esfinge?
Em "As digitais dos deuses", Graham Hancock defende que o planalto de Gizé, com as pirâmides e a Esfinge, são uma representação monumental da Constelação de Órion, tão prezada pelos egípcios antigos. De fato, há alinhamentos muito semelhantes. A Esfinge, nessa representação, indicaria a época em que foi construída, em torno do ano 15.000 a.C., quando de frente para ela, no equinócio de primavera do hemisfério norte, nascia a constelação do Leão. A Esfinge seria a representação na Terra do Leão do céu, assim como as pirâmides seriam as três maiores estrelas de Órion (conhecidas no Brasil como “as três Marias”).
Talvez não tão antiga. Segundo uma contestação feita pelo eminente geólogo da Universidade de Boston, o PhD Robert Schoch, há sinais de erosão horizontal no corpo da Esfinge, que só poderiam ser causados pela passagem de água corrente. Ou seja, a Esfinge e todo o planalto de Gizé, em algum tempo passado, foram submersos por tempo suficiente para serem gastos pela passagem de água.
Para o Dr. Schoch, a Esfinge deve ser vários milhares de anos mais velha do que se pensa. Para ele, ela deve ter sido construída entre 7000 e 5000 a.C., ou seja, muito antes de o Egito se tornar um império. E certamente muito antes da alegada idade de Gizé.
