Hidroxila em Vênus
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Hidroxila em Vênus
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19/05/2008
Agência FAPESP – A sonda Venus Express acaba de ajudar cientistas que participam do projeto a detectar a presença de uma importante radical químico na atmosfera venusiana.
A hidroxila, formada por um átomo de hidrogênio e um de oxigênio, foi identificada a cerca de 100 quilômetros da superfície de Vênus por meio do Virtis, espectrômetro instalado na sonda. Segundo os responsáveis pelo estudo, a descoberta será importante para compreender o funcionamento da densa atmosfera do planeta.
Elusivo, o radical foi detectado após os integrantes da missão terem apontado o instrumento não para Vênus, mas para uma pouco visível camada da atmosfera em volta do planeta. A hidroxila foi identificada por meio da medição da luz infravermelha dispersa pela camada.
A faixa da atmosfera na qual o composto está presente é muito fina, com apenas 10 quilômetros de largura. A descoberta será descrita na edição de 1º de junho da revista Astronomy & Astrophysics Letters.
De acordo com os pesquisadores, a hidroxila é muito importante para a atmosfera de um planeta por ser altamente reativa. Na Terra, ela tem um papel fundamental na eliminação de poluentes na atmosfera. Em Marte, suspeita-se que a hidroxila ajude a estabilizar o dióxido de carbono na atmosfera, evitando que se transforme em monóxido.
Na Terra, estima-se que o brilho promovido pela hidroxila na atmosfera esteja intimamente relacionado com a abundância de ozônio. Segundo os pesquisadores da Venus Express, o mesmo deve ocorrer na atmosfera venusiana.
“A Venus Express tem nos mostrado que Vênus é muito mais parecido com a Terra do que imaginávamos. E a detecção de hidroxila é mais uma mostra dessa similaridade”, disse Giuseppe Piccioni, do Instituto de Astrofísica Espacial e Física Cósmica, na Itália, e principal investigador do Virtis.
O radical já foi identificado ao redor de cometas, mas com um método de produção completamente diferente do que ocorre nos planetas.
“Como a atmosfera venusiana não foi estudada extensivamente até a chegada da Venus Express, não tínhamos como confirmar a maior parte do que nossos modelos diziam. A observação do que realmente está ocorrendo nos ajudará a refinar nossos modelos e a aprender muito mais sobre o planeta”, disse Piccioni.
O artigo First detection of hydroxyl in the atmosphere of Venus, de Giuseppe Piccioni e outros, poderá ser lido por assinantes da Astronomy & Astrophysics Letters em www.aanda.org.
19/05/2008
Agência FAPESP – A sonda Venus Express acaba de ajudar cientistas que participam do projeto a detectar a presença de uma importante radical químico na atmosfera venusiana.
A hidroxila, formada por um átomo de hidrogênio e um de oxigênio, foi identificada a cerca de 100 quilômetros da superfície de Vênus por meio do Virtis, espectrômetro instalado na sonda. Segundo os responsáveis pelo estudo, a descoberta será importante para compreender o funcionamento da densa atmosfera do planeta.
Elusivo, o radical foi detectado após os integrantes da missão terem apontado o instrumento não para Vênus, mas para uma pouco visível camada da atmosfera em volta do planeta. A hidroxila foi identificada por meio da medição da luz infravermelha dispersa pela camada.
A faixa da atmosfera na qual o composto está presente é muito fina, com apenas 10 quilômetros de largura. A descoberta será descrita na edição de 1º de junho da revista Astronomy & Astrophysics Letters.
De acordo com os pesquisadores, a hidroxila é muito importante para a atmosfera de um planeta por ser altamente reativa. Na Terra, ela tem um papel fundamental na eliminação de poluentes na atmosfera. Em Marte, suspeita-se que a hidroxila ajude a estabilizar o dióxido de carbono na atmosfera, evitando que se transforme em monóxido.
Na Terra, estima-se que o brilho promovido pela hidroxila na atmosfera esteja intimamente relacionado com a abundância de ozônio. Segundo os pesquisadores da Venus Express, o mesmo deve ocorrer na atmosfera venusiana.
“A Venus Express tem nos mostrado que Vênus é muito mais parecido com a Terra do que imaginávamos. E a detecção de hidroxila é mais uma mostra dessa similaridade”, disse Giuseppe Piccioni, do Instituto de Astrofísica Espacial e Física Cósmica, na Itália, e principal investigador do Virtis.
O radical já foi identificado ao redor de cometas, mas com um método de produção completamente diferente do que ocorre nos planetas.
“Como a atmosfera venusiana não foi estudada extensivamente até a chegada da Venus Express, não tínhamos como confirmar a maior parte do que nossos modelos diziam. A observação do que realmente está ocorrendo nos ajudará a refinar nossos modelos e a aprender muito mais sobre o planeta”, disse Piccioni.
O artigo First detection of hydroxyl in the atmosphere of Venus, de Giuseppe Piccioni e outros, poderá ser lido por assinantes da Astronomy & Astrophysics Letters em www.aanda.org.
A ausência da evidência não significa evidência da ausência.
Carl Sagan
Bem-aventurados os que não viram e creram.
Jesus Cristo
Carl Sagan
Bem-aventurados os que não viram e creram.
Jesus Cristo
O problema de Vênus é a alta temperatura, mais de 400oC em média!
Editado pela última vez por Euzébio em 23 Out 2008, 09:40, em um total de 1 vez.
Ad Honorem Extraterrestris
Mas se encontrarmos um jeito de alterar a composição atmosférica através de reações químicas por catalizadores ou microorganismos, os gases estufa poderiam ser retirados e a temperatura baixaria para algo próximo do da Terra. Aí teríamos uma segunda Terra com diâmetro e gravidade em torno de 80% da nossa o que permitiria a vida humana, de animais e plantas.
O futuro está no desenvolvimento da ciência!