O Protótipo

Para os amantes da Ficção Científica darem asas a imaginação.

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Euzébio
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O Protótipo

Mensagem por Euzébio »

Há tempos que venho querendo escrever um conto de ficção científica (ou será realidade fantástica?) baseada nos velhos contos do mestre Arthur C. Clark - um dos meus autores preferidos. Sei que não cheguei nem perto da genialidade do grande mestre dos contos de ficção científica, mas mesmo assim deixo-vos o meu protótipo de conto: uma mescla de alguns textos encontrados na Rede Mundial e de um sonho muito intrigante que tive muitos anos atrás. Espero que gostem!

:)

[align=center]O PROTÓTIPO[/align]



“Lembre-se de respirar usando os músculos abdominais!”
Esta foi a última recomendação do médico responsável, antes que o crononauta entrasse na cápsula do tempo. Dentro, o espaço era bem reduzido. Assumiu a posição no assento, e logo ajustou os cintos de segurança e a conexão dos sensores biomédicos. Em seu braço direito, o velho conhecido medidor de pressão sangüínea. No peito, os sensores de batimento cardíaco e respiração. O assento era bem confortável, em posição vertical, como num automóvel. Tudo conectado, tudo pronto, capacete colocado, microfone de contato corretamente posicionado, prosseguiu-se o teste das comunicações.
“Dimitri! Como está me ouvindo?”, perguntou o diretor de teste.
“Alto e claro”, respondeu.
Aquilo era uma Máquina do Tempo! Ou melhor, um protótipo em fase de testes. Ela constituía-se de uma cabine metálica pendurada por grosso cabo em uma armação gigantesca que se assemelhava a uma letra 'L' invertida.
Dimitri, o primeiro crononauta da História, sentou-se confortavelmente na cabine, vestido com roupa e capacete similares aos dos aviadores (anti-g), para evitar que o corpo se desfizesse devido à enorme força centrífuga gerada pelo brusco movimento rotatório a que seria submetido.
O funcionamento da Máquina do Tempo era o seguinte: o eixo central do 'L' invertido girava a velocidade estonteante impulsionando a cabine metálica, e este giro provocava uma espécie de alucinação no crononauta. O efeito seria a criação de um túnel, onde surgiriam as imagens do passado e do futuro, algo como um portal do tempo causado pelo movimento rotatório extremamente veloz sobre um mesmo eixo. A idéia era atingir os 15G – mesmo que por poucos segundos – o que, segundo os especialistas em fendas temporais, deveria ocorrer a visualização de um tempo diferente, ou para frente ou para trás.
Para se ter uma idéia da ousadia do projeto, a gravidade necessária para um foguete sair da Terra é de 3G, sendo que 1G (gravidade “média”) é igual a 9,8 m/s2. Pilotos de combate vivem todo dia curvas na faixa de 7G e 9G. Apesar disso com 2G o rosto já se contorce e os órgãos de deslocam. Com 3G os fluidos de astronautas tornam-se muito pesados e se acumulam em suas pernas e braços, o coração tem dificuldade em mandar sangue para o cérebro. Com meros 5G fica-se cego temporariamente pela falta do fluxo sangüíneo nos olhos. É claro que se faz necessário muito treino para superar todas estas dificuldades.
Enquanto aguardava a passagem dos segundos que antecediam o início dos testes no protótipo da máquina do tempo, a primeira da História da humanidade, nosso pioneiro não pôde deixar de lembrar das duas histórias mais fantásticas sobre resistência à gravidade:
Em setembro de 1986, os cosmonautas Vladimir Titov e Gennadi Strekalov da Soyuz 10a estavam indo em direção a estação Salyut 4, quando identificaram fumaça e chamas produzidas por um vazamento de combustível inflamado na base de seu foguete auxiliar. O sistema responsável para abortar o lançamento não funcionou, pois os cabos já haviam sido queimados. Durante 12 segundos os cosmonautas entraram em pânico, pois o controle de lançamento era feito apenas por 2 controladores na Terra separados por uma torre. Depois destes 12 segundos a cápsula se desprendeu do foguete auxiliar. O motor de emergência foi ligado por sinal de rádio dado por Titov e Strekalov. Estes dois foram impelidos a uma fantástica aceleração. 6 segundos depois o foguete auxiliar explodiu. O vôo deles durou 6 minutos e eles haviam passado dos 17G. ELES PASSARAM DOS 17G! – pensou, assombrado. Estes 17G duraram 5 segundos, mas eles ficaram bem.
Apesar disso o recorde de resistência à gravidade é dos cosmonautas Vasili Lazarev e Oleg Makarov. Lançado em abril de 1975, o primeiro estágio da sua Soyuz 18-1 deveria desprender-se a uma altitude de 115 quilômetros, mas ele não se separou. Impulsionado sobre si mesmo o foguete começou a girar de forma louca. Os astronautas convenceram a Torre de controle a soltar o módulo de fuga e eles caíram a uma altura de 19 quilômetros após 21 minutos de terror. Eles finalmente pousaram nas montanhas Altai a 1600 quilômetros de distância do local de lançamento. A cápsula de fuga escorregou encosta abaixo e estava prestes a cair em um penhasco quando o pára-quedas enganchou nas árvores. Os dois cosmonautas sobreviveram com poucos ferimentos, embora o medidor de aceleração da cápsula tenha se quebrado em 20,6G. ELES SOBREVIVERAM A 20,6G! Uma marca impressionante... mas que servia de alívio para alguém que estava prestes a atingir a estonteante velocidade de 15G!
(Estas são histórias reais e impressionantes quando pensamos que a partir dos 12G já perdemos a consciência e se ela subir pouco mais nossos órgãos podem explodir, literalmente.)
Seguiram-se as instruções finais do diretor: “Observe o painel à sua frente. Existem luzes vermelhas e verdes espalhadas ao longo de todo o seu campo de visão na barra central. Durante o teste, em momentos aleatórios, algumas das luzes vermelhas e verdes poderão se acender. Se acender alguma destas luzes vermelhas, aborte o movimento da máquina do tempo. Significa que algo está errado. O controle que você tem na mão direita tem dois botões. O botão inferior, no seu dedo indicador, com forma de gatilho, você deve manter comprimido durante toda a atividade. Se você soltar esse botão, a máquina será estacionada e o teste será interrompido. O botão superior, no seu polegar, deve ser pressionado apenas quando alguma luz vermelha acender, em qualquer posição do painel. O teste terá três fases. Ele iniciará com a aceleração gradual do 'L', durante alguns minutos, para 4G. Esse fator de carga será mantido por um minuto. Durante esse tempo, eu estarei falando contigo e você aplicará as técnicas para resistir e sobreviver nessas condições. Após isso, virá a segunda fase. Nessa fase a rotação será mais intensa e a aceleração inicial mais rápida até atingir 8G. Você precisa resistir a essa carga por mais um minuto. Use as técnicas aprendidas na primeira fase e a sua experiência como piloto de caça. E a terceira e última fase atingiremos um fator de carga próximo dos 15G, que deve durar apenas alguns segundos. Nesta fase o 'túnel' deverá se abrir e as imagens do Tempo se sucederão a grande velocidade. Se você estiver consciente – e esperamos que sim – deverá prestar muita atenção ao que estiver observando para nos contar depois. Só lembrando que este é apenas um protótipo, o qual pretendemos aperfeiçoar depois. Dúvidas?”
“Sem perguntas”, respondeu.
“Pronto para iniciar?”
“Pronto!”
“Uma última coisa.”, disse o diretor.
“Não fale nada durante alto fator de carga!”
Dimitri sabia daquilo. Falar durante alto fator de carga transversal, além de atrapalhar a respiração, poderia resultar em danos na sua caixa torácica.
Esse tipo de situação é antes testada em centrífuga e este teste é necessário para se determinar as reações individuais e se melhorar a resistência quando submetidos às extremas condições dinâmicas que podem ser encontradas durante o "vôo". Mas na centrífuga não se passa dos 8G – e agora iriam simplesmente dobrar esta marca.
Nesse ponto, é importante entender o que é fator de carga e como ele afeta o funcionamento do organismo. Fator de carga é o nome técnico dado às acelerações as quais o corpo é submetido durante a trajetória de um vôo. Em situação normal, em pé na superfície do planeta, está-se submetido à aceleração da gravidade, com valor de 1G, no sentido vertical, apontado da cabeça para os pés. Isso gera o peso, a força que se pode medir na balança! Essa direção de fator de carga, ao longo do eixo entre a cabeça e os pés, é chamada “longitudinal”. Essa é a direção normal de carga a qual fica-se exposto, sentado na cabine dos aviões, durante vôos acrobáticos, por exemplo. Devido ao posicionamento da cadeira da cápsula do tempo em relação ao seu perfil de movimento, esse é o tipo de fator de carga primário ao qual se estará sujeito durante o 'vôo temporal'. Por outro lado, se ao invés de ficar em pé, deitar-se no solo, olhando para cima, se estará submetido a 1G na direção “transversal”. Os efeitos de fatores de carga longitudinais e transversais são diferentes. Contudo, de forma geral esses efeitos são relacionados com a multiplicação do esforço estrutural e a redistribuição de líquidos no corpo, segundo a direção de aplicação do fator de carga. Por exemplo, no caso longitudinal, imagine que se está em pé sobre uma balança. Submetido a 1G, como normalmente se está, alguém leria o seu peso usual, digamos 70 kg. Caso se estivesse em condições de 5G, como se fica quando executa-se um “looping” durante uma demonstração aérea, alguém leria seu peso, na mesma balança, como 350 kg! Imagine os esforços extras, devido a esse aumento repentino de peso, sobre a estrutura óssea e muscular, assim como a compressão nos órgãos! Além disso, o coração teria de bombear sangue para o cérebro contra uma gravidade 5 vezes maior que a usual. A pulsação aceleraria rapidamente. Apesar dos esforços de compensação do organismo, essa condição resultaria na diminuição da irrigação sangüínea na cabeça, isto é, menos oxigênio para os órgãos ali instalados. Resultado? Depois de algum tempo, que depende da intensidade do fator de carga, mas geralmente entre 5 a 15 segundos para 5G, a visão teria os primeiros sintomas da falta de oxigênio, parando de funcionar. A perda de consciência viria logo na seqüência. No caso da direção transversal, não ocorre o problema de circulação sangüínea na cabeça. Mas a força resultante, entre outras coisas, afeta os olhos, deforma órgãos internos, comprime a garganta e impede a respiração normal com a caixa torácica.
Certamente, existem técnicas operacionais que são utilizadas para resistir a esses esforços usando-se os músculos para reduzir seus efeitos. Esse treinamento é um dos objetivos da centrífuga, onde o aumento de fator de carga é obtido através da aceleração centrípeta gerada pelo movimento circular da cápsula do tempo.
Após o eixo central em forma de 'L' invertido atingir a altitude ideal, subindo como uma antena telescópica, levando consigo a cápsula pendurada, a voz do diretor voltou a soar no recinto.
“A rotação está iniciando”, falou o diretor.
Dentro da cápsula, Dimitri pôde sentir a aceleração aumentando. Procurou parar os braços e a cabeça em posição confortável. Quatro G. A sensação de pressão sobre o tórax é desagradável, mas tolerável. Respirar com o abdômen não é natural. O movimento sai forçado. Exige treino. Mas não é difícil. Luzes acenderam. Pressionou o botão. “Cuidado para não confundir os botões”, pensou. O diretor perguntou sobre as luzes. A rotação aumentou.
De modo estranho, achou essa fase mais fácil, apesar de ter o dobro do fator de carga. Provavelmente devido ao aprendizado durante a primeira fase, foi capaz de adaptar-se rapidamente à situação de 8G.
Poucos segundos depois, entraram na arriscada fase 3, e o veículo atingiu rapidamente a inusitada aceleração de 15G. Coisa estranha, sentiu-se dividir-se em dois – parecia que sua mente deslocou-se no tempo e no espaço! Já não sentia mais o peso do corpo, parecia que flutuava. Não via nada ao seu redor, o maquinário sumiu. Um zumbido estranho, como se fosse uma poderosa corrente de energia elétrica, preenchia o vazio ao seu redor; não sabia se o zumbido vinha de fora ou de dentro de si mesmo. De repente o 'túnel' se abriu à sua frente e sentiu-se forçado a percorrê-lo. Instintivamente o fez, não sem um enorme receio do desconhecido. As imagens começaram a desfilar à sua frente, com grande rapidez!
E já, no outro segundo, se viu entre a multidão que corria desesperada pelas ruas de uma grande cidade. Carros entupiam as avenidas, filas enormes nos postos de gasolina – percebeu que todos queriam fugir, tomar as estradas o mais rapidamente. Ninguém o via – era para eles um fantasma invisível – apenas a sua mente podia estar ali presente. Logo raciocinou que seu corpo ficara inerte na cápsula rotatória do tempo e que sua mente projetara-se para o futuro. Não havia outro jeito, não poderia estar ali em carne e osso, pois isto era fisicamente impossível. As viagens no tempo só podem se tornar realidade ao nível mental apenas.
Mas do que todos fugiam? Para onde pretendiam ir? O pânico instaurou-se naquela grande centro urbano...
Percebeu então que chovia copiosamente. O tempo estava escuro, as ruas e avenidas começavam a alagar-se. Enormes crateras se abriam no asfalto, devido à erosão das fortes tempestades. Muitos morriam afogados, outros tragados pelas fortes correntezas – tudo em volta se deteriorava, tudo se estragava com as águas podres que subiam dos esgotos – parecia que era o fim de todas as coisas! Há quanto tempo chovia assim? certamente havia dias! Pelo que as pessoas gritavam enfurecidas ou em pânico, pôde perceber que aquelas chuvas estavam sendo provocadas pela passagem muito próxima de um cometa – os gases contidos em sua cauda, no momento em que a Terra a atravessara, provocaram uma drástica ocorrência climática, o que gerou estas infindáveis chuvas. Estariam vivendo um novo dilúvio? E pelo que pôde notar, a chuva vinha mesclada com elementos venenosos destes gases... Não era religioso, mas naquele momento teve vontade de ajoelhar e rezar, pois indubitavelmente aquele era o fim da raça humana...
O seu instinto científico prevaleceu e, juntando forças para não se deixar dominar pela fúria e pelo medo coletivos, buscou saber que ano era aquele. Não pôde descobrir, mas notou que as diferenças eram muito poucas em relação ao seu próprio tempo – talvez dez ou quinze anos adiante.
Neste momento, um pequeno caminhão-baú parou diante de si, e viu que algumas dezenas de pessoas nele entraram. Aproveitou e subiu também, afinal, ninguém podia vê-lo e Dimitri Tret'yakov não fazia idéia de como retornar para casa – ou melhor, para o seu momento presente. Segundo os diretores da operação, o retorno seria imediato, assim que o experimento terminasse, ou seja, assim que o reanimassem numa sala de emergência.
O pequeno veículo abarrotado de fugitivos logo tomou a estrada, em alta e desesperadora velocidade. O que todos queriam era atingir os lugares mais altos, pois as águas envenenadas avançavam celeremente. Mas a tentativa foi em vão, pois a estrada mergulhava já em grande quantidade de água, desaparecendo sob um grande lago recém constituído. O motorista não vacilou e prosseguiu assim mesmo, ia guiando-se pelo instinto, mas em poucos segundos o veículo fora engolido por enorme cratera. Todos morreram afogados, exceto uns poucos afoitos que conseguiram nadar de volta à superfície.
Foi difícil de se acostumar, mas as águas não surtiam efeito algum sobre o crononauta, ou melhor, sobre a sua mente aventureira. Podia até caminhar sobre as águas, isto foi muito interessante...
A nado, logo atingiram uma escarpa e, com muita dificuldade, o grupo iniciou a escalada. Encontraram outras pessoas no local, todas aflitas e sem muita idéia do que fazer. Todos tinham em mente que o fim estava próximo, questão de poucas horas talvez. Foram até o topo, os mais fortes estendendo a mão amiga para ajudar os mais fracos – crianças, idosos e algumas mulheres.
No alto da montanha havia uma residência agora abandonada. Seus moradores presumivelmente fugiram para outros lugares considerados mais seguros. Após algum tempo em que lá chegaram, as chuvas finalmente cessaram, e o dia tornou-se mais claro. Aventuraram-se a observar pela janela e a cena que assistiram era estarrecedora: algumas pessoas se arrastavam pelo lamaçal deixado pelas águas que agora se esvaíam e – oh, forças intangíveis da Natureza! O que era aquilo? Pessoas se deixavam arrastar pelo mais infeliz dos instintos e ... se devoravam umas às outras!... Devido à falta de alimentos – como vimos, todos estragados pela ação das chuvas envenenadas – o ser humano se voltou rapidamente ao canibalismo!
Ao explorarem o ambiente – ele sempre invisível – um estrondo e um tremor os fez parar assustados. O que teria acontecido? Não sabiam, mas puderam notar assombrados que eles começavam a flutuar! Parecia que a gravidade havia sido anulada! O que estaria acontecendo? Teria a Terra parado de girar?
Até mesmo ele, o crononauta, coisa que ainda não havia tentado, passou a volitar – sensação agradabilíssima!
Uns se agarravam onde podiam, com medo de cair, outros curtiam a sensação única da falta de peso.
Neste momento, uma forte luz invadiu a residência abandonada, o que seria desta vez?
Ao olharem novamente pela janela, desta vez para cima, notaram a presença de dois sóis! Isto mesmo, dois sóis no céu, isto era incrível! Por este motivo flutuavam, o segundo sol anulava parcialmente o efeito da gravidade! Neste momento uma estranha sensação, como se tivesse sofrido um forte puxão, o trouxe de volta ao seu tempo.

Respirou, literalmente, aliviado. Com extrema dificuldade abriu os olhos e olhou para a câmera, instalada no painel diretamente apontada para o seu rosto. Fez um sinal de positivo com a cabeça, num esforço hercúleo. O diretor comentou alguma coisa que não entendeu, pois estava atordoado, sua cabeça girava e o zumbido ainda se desvanecia lentamente. O grande 'L' invertido se recolhia até a base, em poucos segundos a equipe médica viria ao seu resgate. A operação foi um sucesso, o Protótipo está pronto para ser usado.
O teste terminou rápido. Sem problemas. Olhou para o relógio da cápsula, e notou que haviam se passado apenas alguns poucos minutos do início ao fim da aventura temporal. Na sua memória ainda latejavam as lembranças do futuro. Interessante como tantos acontecimentos se passaram em tão pouco tempo. O tempo passa de forma diferente para uma mente liberta. Um último pensamento correu o seu cérebro antes de perder os sentidos: "Então é isto que nos aguarda no futuro? Seriam os dois sóis um indício de recomeço – uma segunda chance para a humanidade?"
Editado pela última vez por Euzébio em 22 Fev 2008, 08:10, em um total de 1 vez.
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Snowmeow
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Mensagem por Snowmeow »

*Estarrecido* :shock:
Putz, esse conto foi animal!
Digno do Mestre Clarke! :twisted:
O que é preciso para ir à Lua? Potência, Controle dessa potência, e Pontaria. Isso tudo já foi desenvolvido pelo exército na arma da artilharia há centenas de anos. Ir à Lua é literalmente dar um tiro com gente dentro do projétil. (Tirado de "A farsa da Farsa do Século")
Britan
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Mensagem por Britan »

F A N T Á S T I C O
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Euzébio
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Mensagem por Euzébio »

Obrigado, pessoal! Sei que está bom, mas dá para melhorar um pouco mais, rsrs...
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Britan
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Mensagem por Britan »

pá os teus contos são sempre bons, foram uma das principais coisas q no inicio me atrairam no vigilia e continuas, sinceramente é quase uma espécie de assinatura tua e eu adoro, parabéns amigo.
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Euzébio
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Mensagem por Euzébio »

Valeu, amigo Brit! Isto é para mim um grande incentivo para continuar escrevendo! :wink:
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Petrovski
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Mensagem por Petrovski »

Euzébio, já disseram isso antes pra você, mas repitirei:
Por que não junta todos os teus contos e faz um livro? Afinal, não deve ser tão difícil contando a quantidade que você tem, e o tempo que você vem escrevendo...
Seria o 4º livro que leria na minha vida, hehe.
Snowmeow
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Mensagem por Snowmeow »

Petrovski escreveu:Euzébio, já disseram isso antes pra você, mas repitirei:
Por que não junta todos os teus contos e faz um livro? Afinal, não deve ser tão difícil contando a quantidade que você tem, e o tempo que você vem escrevendo...
É a forma mais fácil de se escrever um livro : A prestações, conto por conto.
Isaac Asimov fez grande parte de seus livros com coletâneas de seus contos.
O que é preciso para ir à Lua? Potência, Controle dessa potência, e Pontaria. Isso tudo já foi desenvolvido pelo exército na arma da artilharia há centenas de anos. Ir à Lua é literalmente dar um tiro com gente dentro do projétil. (Tirado de "A farsa da Farsa do Século")
Petrovski
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Mensagem por Petrovski »

É isso aí Snow. O livro fica com muito mais qualidade porque, esses contos foram feitos em momentos de inspiração, e não a base de prazos.
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flasht
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Mensagem por flasht »

CLAP!CLAP!CLAP!CLAP!

Muito bom
Euzébio
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Mensagem por Euzébio »

Obrigado, gente!

É uma boa idéia esta de reunir alguns textos e escrever um livro, eu realmente tenho pensado muito nisto. Mas ainda tem pouco material, vou esperar mais um pouco para juntar mais alguns à lista.

Valeu mesmo, pessoal!
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