As inscrições de Gizé

Estaríamos sendo visitados por EBEIs desde os tempos mais primórdios? Este setor é dedicado à discussão de supostos vestígios ufológicos nos registros mais primitivos (desenhos, construções e escrituras).

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Euzébio
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As inscrições de Gizé

Mensagem por Euzébio »

É sabido que foi o coronel Howard Vyse quem primeiro encontrou nas câmaras da Grande Pirâmide de Gizé as inscrições que atribuíam a Quéops (Khufu) a construção da mesma. Assim é aceito no meio acadêmico há pelo menos 170 anos, e pelo visto vai continuar assim pelos séculos vindouros. Mas, será que a história está realmente correta ou esta é a "verdade" mais cômoda?

A opinião do Museu Britânico (dada pelo especialista em hieróglifos Samuel Birch), confirmava, àquela época, que os nomes nos cartuchos podiam ser lidos como Khufu ou variações dele. Todavia, na empolgação que se seguiu, pouca atenção foi dada aos muitos "se" e "mas" do relatório do museu. Para começar, o sr. Birch não se entusiasmou muito com a ortografia e o texto de muitas marcas. "Os símbolos e hieróglifos pintados em vermelho pelo escultor ou pedreiro nos blocos das câmaras da Grande Pirâmide são aparentemente marcas feitas em pedreira", escreveu ele no parágrafo de abertura, e prosseguiu: "Embora não muito legível, por terem sido escritas em caracteres semi-hieráticos ou linear-hieroglíficos, elas possuem pontos de considerável interesse...”

O que intrigou o sr. Birch foi que as marcas de pedreira do início da 4ª. Dinastia estavam claramente feitas numa escrita que só começara a aparecer séculos depois! Tendo se originado da pictografia - escrita com figuras -, a escrita hieroglífica exigia grande habilidade e muito tempo de treinamento. Assim, com o passar do tempo, começou a entrar em uso, especialmente em transações comerciais, uma escrita mais simples e rápida, mais linear, que é chamada de Hierática pelos especialistas. Então, os símbolos encontrados pelo coronel Howard Vyse em 1837 eram de um outro período. O sr. Birch também encontrou grande dificuldade em lê-los. Vários deles lhe pareceram "escritos em caracteres quase hieráticos", portanto de um período muito posterior ao surgimento dos semi-hieráticos. Alguns símbolos eram incomuns, nunca tendo sido vistos antes em qualquer outra inscrição do Egito: "O cartucho de Sufis (Quéops) é seguido por um hieróglifo para o qual seria difícil encontrar um paralelo". Outros símbolos eram "igualmente de difícil solução".

O perito também ficou muito intrigado com "uma curiosa seqüência de símbolos" da câmara mais superior, com teto em V invertido, que Vyse batizara como "câmara de Campbell". Nela, o sinal para o "bom, bondoso" estava usado como um numeral algo jamais visto antes. Esses numerais escritos de maneira incomum supostamente significariam "18º ano" (do reino de Khufu).

Os sinais que vinham depois do cartucho real (escritos "na mesma caligrafia linear") também causaram espécie ao perito. Birch partiu da hipótese de que eles deviam expressar um título qualquer, algo como "Poderoso no Alto e Baixo Egito", mas a única similaridade que pôde encontrar com essa fileira de símbolos foi uma que soletrava "um título que existe no ataúde da rainha de Amasis", do período saítico. Birch não viu necessidade de acrescentar que o faraó Amasis reinou no século VI a.C. - portanto, mais de 2 mil anos depois de Khufu!

Seja quem for o autor das marcas supostamente descobertas por Vyse, ele empregou um método de caligrafia (linear), escritas (semi-hierático e hierático) e títulos de períodos variados - e nenhum da época de Khufu ou antes dele. O autor também não era muito letrado, pois grande parte dos hieróglifos estavam incompletos, fora de lugar, pouco claros ou então eram completamente desconhecidos.

(Analisando essas inscrições um ano depois, o mais famoso egiptólogo alemão da época, Karl Richard Lepsius, também mostrou-se intrigado com o fato de elas "terem sido feitas com pincel e tinta vermelha numa escrita cursiva, de tal forma que se parecem com os sinais hieráticos". Ele afirmou também que alguns dos hieróglifos que vinham depois do cartucho lhe eram completamente desconhecidos e "sou incapaz de explicá-los".)

Voltando à principal questão sobre a qual fora solicitado a dar uma opinião - a identidade do faraó nomeado nas inscrições -, Birch lançou uma bomba: havia dois nomes reais dentro da pirâmide!

Seria possível dois faraós terem construído a mesma pirâmide? Se fora isso o que acontecera, quem eram eles?

Segundo Birch, os dois nomes não eram desconhecidos, pois "já foram encontrados em tumbas de funcionários empregados pelos monarcas dessa dinastia" referindo-se à 4ª. Dinastia, a cujos faraós eram atribuídas as pirâmides de Gizé. Um dos cartuchos foi lido como Saufou ou Shoufou; o outro, por incluir o carneiro, símbolo do deus Khnum, como Senekhuf ou Seneshoufou.

Tentando analisar o significado do nome com o símbolo do carneiro, Birch salientou que "um cartucho similar ao primeiro encontrado na câmara de Wellington foi publicado pelo sr. Wilkinson e o sr. Rosellini, que lêem nos elementos fonéticos que o compõem 'Seneshufo', que o sr. Wilkinson supõe significar 'o irmão de Sufis'''.
O cartucho de Quéops/Khufu foi encontrado somente no compartimento superior, o com o teto em V invertido, que Vyse batizou de câmara de Campbell. Os vários cartuchos com o segundo nome (atualmente tido como Khnem-Khuf) estavam na câmara de Wellington e na de lady Arbuthnot (na de Nelson não havia cartuchos). Em outras palavras, os compartimentos inferiores tinham o nome de um faraó que viveu e reinou depois de Quéops/Khufu. Como não existe um outro meio de se construir uma pirâmide que não seja de baixo para cima, a localização dos cartuchos significava que Quéops terminara a pirâmide iniciada por um faraó que viveu e reinou depois dele. O que, claro, é impossível.

As pirâmides de Gizé são singulares, entre outras coisas, devido à ausência de qualquer tipo de ornamento ou inscrição - com exceção das encontradas por Vyse. Se os pedreiros não tiveram o menor remorso em pincelar com tinta vermelha os blocos escondidos nos compartimentos acima da câmara do Rei, por que nenhuma inscrição foi feita no primeiro deles, o compartimento descoberto por Davison em 1765?

Salvo algumas marcas no canto da parede leste da câmara de Wellington e algumas linhas sem sentido e o contorno parcial de um pássaro na parede leste da câmara de Campbell, Vyse não encontrou nenhuma inscrição nas paredes leste dos compartimentos.

Isso é bastante estranho, em especial quando se considera que foi escavando uma passagem no lado leste que Vyse conseguiu penetrar nos compartimentos. Será que os pedreiros da Antiguidade anteciparam que um dia um inglês iria entrar por esse lado e fizeram a gentileza de não escreverem nelas para que as inscrições não fossem danificadas? Ou será que a pessoa que as desenhou preferiu usar as paredes intactas, esquecendo as destruídas?

Em outras palavras: não é fato que todos os enigmas se mostram de fácil solução quando partimos da hipótese de que as inscrições não foram feitas na Antiguidade, quando a pirâmide estava sendo construída, mas somente depois que Vyse explodiu uma passagem para atingir os compartimentos?

A História precisa ser revista...


(Bibliografia: A Escada para o Céu – Zacharia Sitchin)
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Scherer
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Mensagem por Scherer »

Um Viva para Zacharia Sitchin!

Esse sabe ou pelo menos tenta saber das coisas enigmáticas, pelo menos esta é minha simples opinião sem desmerecer aos demais,estou tentando entender quem afinal está certo neste mundo doido!. Bye
Britan
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Mensagem por Britan »

Euzébio escreveu:O que intrigou o sr. Birch foi que as marcas de pedreira do início da 4ª. Dinastia estavam claramente feitas numa escrita que só começara a aparecer séculos depois!
Provavelmente essa escrita só começou a ser utilizada em grande escala séculos mais tarde, aliás devem existir semelhanças, algo como que pequenas evoluções na mesma, ou seja ela ja existia em pequena escala, provavelmente utilizada por alguma etnia que mais tarde proliferou na evolução da própria espécia e/ou etnia.
Euzébio escreveu:O perito também ficou muito intrigado com "uma curiosa seqüência de símbolos" da câmara mais superior, com teto em V invertido, que Vyse baptizara como "câmara de Campbell". Nela, o sinal para o "bom, bondoso" estava usado como um numeral algo jamais visto antes. Esses numerais escritos de maneira incomum supostamente significariam "18º ano" (do reino de Khufu).
Pois isso chama-se arqueologia! Muitas vezes encontram-se coisas que ninguém antes conhecia. A sério, tou a ler isto com atenção mas aborrece às vezes a semântica sensacionalista que se dá as ciências.
Euzébio escreveu:Ele afirmou também que alguns dos hieróglifos que vinham depois do cartucho lhe eram completamente desconhecidos e "sou incapaz de explicá-los".)
Corraborativo do que disse acima.


Bem, qual é o grande mistério de 2 faraos poderem ter feito ou usado a piramide? O 2º deles, sim porque primeiro foi um depois outro (lol) , ia usar o que o primeiro fez, mania da grandeza? maybe.

Eu ja tinha lido sobre isto, ha explicações naturais e lógicas,para isto ser assim, mas não tem de vir o :
Euzebio escreveu: os pedreiros da Antiguidade anteciparam que um dia um inglês iria entrar por esse lado e fizeram a gentileza de não escreverem nelas para que as inscrições não fossem danificadas? Ou será que a pessoa que as desenhou preferiu usar as paredes intactas, esquecendo as destruídas?
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Mensagem por Euzébio »

Acontece que nem isso a Arqueologia admite, ou seja, ela diz que foi Quéops quem construiu a GP - e não dois faraós em conjunto ou um após o outro.

Segundo o que Sitchin levantou, Birch admitiu que dois faraós a construíram, porém, com séculos separando ambos. Só que o que viveu depois teria construído a parte inferior da Pirâmide e o que viveu antes teria construído a parte superior - o que em engenharia isto é impraticável...
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Scherer
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Mensagem por Scherer »

Apenas uma cogitação:

E se ,eu disse e se a construção das pirâmides for em época anterior aos Egipcios?. Alguma prova de que os Egipcios a construíram, leia-se Faraós?. E porque todas estão acima do Equador?.
Euzébio
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Mensagem por Euzébio »

Mas é exatamente isto o que escritores com Sitchin estão querendo dizer: que as pirâmides e esfinge do complexo de Gizé são anteriores aos próprios egípcios - que as demais pirâmides (cerca de 80) são tentativas grotescas de as imitar).
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