Enigma de Jericó e Outros

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Euzébio
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Enigma de Jericó e Outros

Mensagem por Euzébio »

Enigma de Jericó

A idade de Jericó é um enigma que vem intrigando os estudiosos. Eles dividem o avanço do homem (que se espalhou a partir do Oriente Médio) em: período Mesolítico, que viu a introdução da agricultura e a domesticação de animais por volta de 11.000 a.C. – e o Neolítico, que começa 3.600 anos depois, com o aparecimento das primeiras comunidades humanas e da cerâmica; e uma terceira fase, a da civilização urbana suméria, novamente 3.600 anos depois. O grande enigma é que, segundo os achados arqueológicos, Jericó já era um lugar urbano, habitado por volta de 8.500 a.C. por um povo não conhecido pelos historiadores, quando o homem ainda nem aprendera a viver em povoados...

A charada que Jericó representa não se dá apenas em relação a sua idade, mas também em relação ao que os arqueólogos descobriram por lá: casas construídas sobre alicerces de pedras, com porta e batentes de madeira; paredes cuidadosamente rebocadas e pintadas de vermelho, rosa e outras cores, às vezes ostentando até murais. Fogões e bacias embutidos nos pisos de gesso caiado, vários decorados com desenhos. Os mortos eram enterrados sob esses pisos; eram sepultados, e não apenas depositados, pois foram encontrados pelo menos dez crânios preenchidos com gesso, de modo a se recriar as feições do falecido. Os traços que esses crânios revelam são, segundo todos os peritos, muito mais avançados e delicados que os dos habitantes da área do Mediterrâneo na época. De acordo com James Mellaart, em Earliest Civilizations of the Near East, a cidade era cercada por uma forte muralha (milênios antes de Josué!) e por um fosso com quase 10 metros de largura e 2 metros de profundidade, cavado na rocha "sem o auxílio de pás e picaretas". E é o mesmo autor que afirma: "um desenvolvimento explosivo... um espetacular desenvolvimento cujas causas ainda nos são desconhecidas".

O enigma de Jericó torna-se ainda maior devido à existência de silos de grãos na cidade, dos quais um foi encontrado ainda parcialmente em pé. É muito intrigante descobrir, perto do mar Morto, numa depressão que fica 250 metros abaixo do nível do mar, numa região muito quente, imprópria ao cultivo de grãos, prova da presença de grandes suprimentos de trigo e cevada e da armazenagem contínua desses cereais. Quem teria construído essa cidade em épocas tão remotas, quem a habitava, para quem ela servia como uma cidade-armazém fortificada?

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Ruínas de Jericó

Em nossa opinião, as respostas para essas perguntas estão na cronologia dos "deuses" e não na dos homens, e afirmamos isso com base no incrível fato de que o primeiro período de civilização urbana em Jericó (de aproximadamente 8.500 a.C.) combina exatamente com a época, segundo Maneton*, do reinado de Tot** no Egito (de cerca de 8.670 a.C. até 7.100 a.C.. Como sabemos pelos textos mesopotâmicos, Thot assumiu o governo logo depois da Conferência de Paz. Os textos egípcios afirmam que sua ascensão ao trono foi sacramentada "na presença dos Determinadores de Anu, após a noite da batalha", depois de ele ter ajudado a "derrotar o vento de Tempestade (Adad) e o Turbilhão (Ninurta)" e em seguida ter contribuído para "fazer os dois combatentes entrarem em paz".

O período que os egípcios associavam ao reino de Thot foi uma época de paz entre os deuses.

*Maneton foi um sacerdote e historiador egípcio de Sebenitos que viveu durante a era ptolomeica, no século III a.C.. Foi autor de Aegyptiaca, uma história do Antigo Egipto, que se perdeu em grande parte, mas que é contudo uma referência para os egiptólogos que procuram estabelecer a cronologia dos reis do Antigo Egipto.

**Toth, Tot, Tôt ou Thoth é o nome em grego de Djehuty, um deus pertencente ao panteão egípcio, deus da sabedoria. Um deus cordato, sábio, assistente e secretário-arquivista dos deuses. Era frequentemente representado como um escriba com cabeça de íbis (a ave que lhe estava consagrada). Também era representado por um babuíno. É, por vezes, identificado com Hermes Trismegisto.



Enigma de Tell Ghassul

Enquanto o homem não fez de Jericó seu lar, ela era um posto avançado dos deuses.

Não parece lógico que os deuses tenham construído um posto avançado apenas num lado do Jordão, deixando desguarnecida a margem oriental, onde passava a importantíssima Estrada do Rei. Uma descoberta arqueológica promovida pelo Vaticano prova que existiu um forte similar a Jericó na região a leste do rio. O local começou a ser escavado em 1.929. Os peritos se surpreenderam com o elevado nível de civilização revelado pelas ruínas. Até mesmo as camadas mais inferiores com indícios de habitação (cerca de 7.500 a.C.) mostravam pisos de tijolos. Uma outra característica incomum era que, apesar de o período de ocupação da área ter sido muito longo – da Idade da Pedra até a Idade do Bronze – os arqueólogos descobriram vestígios de uma mesma civilização em todos os níveis de escavação.

Esse sítio é conhecido por Tell* Ghassul, nome do morro sob o qual foram descobertas as ruínas. Não se tem idéia de como era chamada essa cidade na Antiguidade. Junto com vários povoados adjacentes, ela controlava o importante ponto de travessia do rio Jordão que atualmente é conhecido como ponte Allenby e a estrada que levava a ele.

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Os principais restos descobertos cobrem um período que vai desde 4.000 a.C. até 2.000 a.C. quando o lugar foi subitamente abandonado. O sistema de irrigação e artefatos, de padrão muito superior ao prevalecente na área, convenceram os arqueólogos de que os habitantes desse lugar vieram da Mesopotâmia.

O grande morro é formado por três colunas: duas delas parecem ter sido usadas como moradia, e uma como área de trabalho. Esta última dividida em segmentos retangulares, dentro dos quais foram cavadas "fossas" circulares, em geral em pares. O fato de que elas aparecem sempre em pares e de haver de seis a oito em cada compartimento afastou a hipótese de que serviriam de fogões ou braseiros para a preparação de alimentos. Associadas a esses buracos foram encontradas enigmáticas "faixas de cinzas", restos de algum tipo de material combustível, em camadas sucessivas, mostrando que elas foram cobertas com areia fina, depois com o solo comum, de modo a formar a base para uma outra dessas camadas de cinzas. O solo da superfície dessa área de trabalho estava coberto de cascalho calcinado, restos de rochas quebradas e queimadas por uma força qualquer. Entre os artefatos encontrados estava um objeto pequeno, circular, moldado com extrema precisão, sem dúvida para algum propósito tecnológico desconhecido para nós.

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Artefato de uso desconhecido

As descobertas feitas nas áreas residenciais só serviram para aumentar o mistério. Lá as paredes das casas retangulares ruíram como se atingidas por uma súbita força que atuou ao nível do solo, fazendo as partes superiores das paredes tombarem todas para dentro. Devido a esse tipo de queda, que preservou bastante as paredes, foi possível reconstituir alguns dos impressionantes murais que as ornamentavam. Num deles a pintura criava uma ilusão tridimensional. Uma casa possuía todas as paredes com afrescos. Numa outra havia um divã embutido num nicho, de modo que permitisse que o morador nele reclinado pudesse ter uma visão da parede oposta, que ostentava um grande mural. Este retratava uma fileira de pessoas, das quais duas estavam sentadas em tronos, voltadas (talvez dando as boas-vindas) para uma pessoa que aparentemente acabara de descer de um objeto que emitia raios.

Os arqueólogos que descobriram esses murais durante as escavações realizadas em 1.931/33 formularam a hipótese que o objeto devia ser um "corpo celeste", similar a uma "estrela" incomum anteriormente encontrada numa pintura de outro prédio. Esse desenho mostrava duas estrelas de oito pontas, concêntricas, uma bem pequena e uma grande, culminando numa explosão de oito raios. O desenho preciso, e com uma variedade de formas geométricas, foi artisticamente executado em preto, vermelho, branco, cinza e combinações dessas cores. Uma análise química das tintas empregadas mostrou que não eram pigmentos naturais, mas sofisticados compostos químicos constituídos de dez a dezoito tipos de mineral.

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Corpo celeste?

Os descobridores dos murais logo imaginaram que a "estrela" de oito pontas tinha algum significado religioso, salientando que o corpo celeste de oito pontas, representando o planeta Vênus, era o símbolo da deusa suméria Ishtar. Todavia, em toda Tell Ghassul não foi encontrado nenhum indício da presença de "objetos de culto", como estatuetas de deuses etc., o que também é considerado uma anomalia do lugar. Em nosso entender, isso mostra que a cidade não era habitada por adoradores, mas por aqueles que eram o objeto da adoração: os "deuses" da Antiguidade.

Entre esses grafitos existem dois de particular interesse: duas formas arredondadas, com grandes "olhos", que também foram encontradas pintadas em tamanho muito maior e com mais detalhes nas paredes de outras casas. Os objetos são esféricos ou ovais e têm a parte superior listrada, ou em camadas, pintada de branco e preto. O centro é dominado por dois grandes "olhos", formados por discos pretos perfeitos dentro de círculos brancos. A parte inferior mostra dois (ou quatro) suportes estendidos pintados de vermelho. Entre essas pernas mecânicas e saindo do corpo do objeto vê-se um dispositivo que lembra um bulbo. O que eram esses objetos? Seriam os ”turbilhões" ou “rodamoinhos" dos quais tanto se fala nos antigos textos do Oriente Médio, inclusive no Antigo Testamento, e que tudo indica seriam os “discos voadores" ou outro tipo de aeronave dos deuses?

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Objetos voadores? Máscaras rituais? Representação dos deuses?

O fato é que tudo o que foi descoberto em Tell Ghassul – os murais, covas circulares, as pedrinhas calcinadas, as camadas de cinzas, mais a própria localização do sítio arqueológico – nos conta que ali era uma fortaleza e um depósito de suprimentos para os deuses.

*Em arqueologia se denomina Tell, a um montículo que apresenta sucessivos estratos ou níveis de ocupação humana.


Tell Ghassul, Jericó e a Bíblia

O ponto de travessia Tell Ghassul-Jericó desempenhou um papel importante, até milagroso, em vários eventos bíblicos, fato que pode ter despertado o interesse do Vaticano em escavações nessa área. Foi ali que o profeta Elias atravessou o Jordão com a intenção de ter um encontro na margem oriental (em Tell Ghassul), o que culminou com ele sendo levado num “carro de fogo... um turbilhão". Foi também nessa região que, no final do Êxodo, Moisés, ao qual o Senhor negara o direito de entrar em Canaã propriamente dita, “subiu então das estepes de Moab (área do Tell Ghassul) para o monte Nebo, ao seu pico mais alto, o Fasga, que fica diante de Jericó. E Iahweh mostrou-lhe toda a terra: de Galaad até Dan, todo o Neftali, a terra de Efraim e Manassés, toda a terra de Judá até o Mediterrâneo; e o Neguev e o vale de Jericó, a cidade das tamareiras". Esse foi o mesmo panorama avistado pelos arqueólogos antes de iniciarem seu trabalho em Tell Ghassul.

A travessia do Jordão pelos israelitas sob a liderança de Josué incluiu o milagroso afastamento das águas do rio sob a influência da Arca Sagrada e de seu conteúdo. Depois de feita a passagem, "encontrando-se Josué perto de Jericó, levantou os olhos e viu um homem que se achava diante dele com uma espada desembainhada na mão. Josué aproximou-se dele e disse-lhe: 'Estás conosco ou com nossos inimigos’? O homem respondeu: 'Com nenhum dos dois. Sou um capitão do exército de Iahweh'. Josué então prostrou-se com o rosto em terra, adorou-o e disse-lhe: 'Que tem a dizer, meu senhor, a este teu servo?'. O capitão do exército de Iahweh respondeu: 'Descalça as sandálias dos teus pés, porque o lugar em que pisas é restrito.'" Então o capitão das tropas de Iahweh contou a Josué o plano do Senhor para a conquista de Jericó. Instruiu os israelitas a não tentarem derrubar as muralhas pela força, mas a fazerem carregar a Arca sete vezes em torno delas. Atendendo às ordens, no sétimo dia os sacerdotes fizeram soar as trombetas, e o povo soltou um grande grito, "e a muralha de Jericó ruiu por terra".

Jacó, também, ao atravessar o Jordão naquele ponto quando voltava de Harã, encontrou-se com um "homem", com o qual lutou até a madrugada, quando então deu-se conta de que seu oponente era uma deidade. "E Jacó chamou o lugar de Peni-El ('O Rosto de El (Deus)'), pois viu um deus cara a cara e sobreviveu".


Bibliografia: As Guerras de Deuses e Homens – Zecharia Sitchin
Ad Honorem Extraterrestris
eDDy
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Mensagem por eDDy »

Muito bom o texto Euzébio... vou procurar na net mais sobre Jericó e os deuses Egípcios.
Latorre
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Mensagem por Latorre »

Ow Zé... vamos publicar esses textos no portal?
NÃO HÁ DEUS. NEM DESTINO. NEM LIMITE.Imagem SEM FÉ, SOU LIVRE.
Se um Homem começar em certezas / ele terminará em dúvidas.
Mas se ele se contentar em começar com dúvidas / ele deve terminar em acertos (Francis Bacon)
Euzébio
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Mensagem por Euzébio »

O texto é uma coletânia de alguns capítulos do Sitchin, com um mínimo de comentários meus. Não é muito arriscado?
Ad Honorem Extraterrestris