Aeronaves dos Deuses

Estaríamos sendo visitados por EBEIs desde os tempos mais primórdios? Este setor é dedicado à discussão de supostos vestígios ufológicos nos registros mais primitivos (desenhos, construções e escrituras).

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Aeronaves dos Deuses

Mensagem por Euzébio »

Apesar das inúmeras conexões encontradas pelos gregos entre seus deuses e os egípcios, foi num local muito distante desses dois países – a Índia – que os eruditos europeus descobriram paralelos ainda mais impressionantes entre as duas teogonias.

No final do século 18, quando o sânscrito – a língua da antiga Índia – começou a ser compreendido pelos estudiosos, a Europa passou a se encantar com traduções de textos que até então lhe eram desconhecidos. De início, o estudo da literatura, da filosofia e da mitologia sânscritas foi um campo dominado pelos britânicos. No entanto, por volta de meados do século 19, ele se tornou um dos grandes preferidos dos intelectuais alemães, pois descobriu-se que o sânscrito era a língua-mãe dos idiomas indo-europeus (aos quais pertence o alemão) e que fora levado à Índia por migrantes saídos das margens do mar Cáspio – os arianos, que seriam também os ancestrais dos alemães.

A peça central da literatura sânscrita são os Vedas, escrituras sagradas que, segundo a tradição, foram redigidas pelos deuses em épocas muito remotas. Os Vedas foram levados para o subcontinente asiático por migrantes arianos em algum ponto do segundo milênio antes de Cristo, através da tradição oral. Com o passar dos séculos, grande parte das centenas de milhares de versos se perdeu. Mas, por volta de 200 a.C. um sábio reuniu os que restaram, dividindo-os em quatro partes: o Rigveda ("Veda de Versos"), composto por dez livros; o Sammaveda ("Vedas Cantados"); o Yajurveda (basicamente preces sacrificiais); e o Atharvaveda (mágicas e encantamentos).

Com o tempo, os vários componentes dos Vedas e a literatura auxiliar deles originada – Mantras, Bramanas, Aranyakes, Upanishads - ampliaram-se com os Puranas (manuscritos antigos) não-védicos. Junto com os grandes épicos hindus do Mahabharata e do Ramayana, eles constituem as fontes das lendas sobre o Céu e a Terra, sobre deuses e heróis.

Devido ao amplo período em que foram transmitidos oralmente e à enorme quantidade de textos escritos, copiados e recopiados ao longo dos séculos, os nomes, atributos e epítetos das deidades – aspectos agravados pelo fato de os nomes e termos originais não serem na verdade arianos, não se pode confiar na consistência e na precisão da literatura védica, como bem reconhecem os estudiosos. No entanto, alguns fatos e eventos emergem como princípios básicos do legado hindu-ariano.

Tvashtri ("O Fabricante"), em seu papel de "Faz-Tudo", o artífice dos deuses, forneceu armas mágicas e carros voadores a todos os deuses. Usando um fulgurante metal celestial, ele construiu um disco para Vishnu, um tridente para Rudra, uma "arma de fogo" para Agni, um "trovejante arremessador" para Indra e uma "clava voadora" para Surya. Nas antigas figuras hindus, todas essas armas se parecem com mísseis portáteis, tendo as mais variadas formas. Além dessas armas, os deuses obtiveram outras com os assistentes de Tvashtri. Indra, por exemplo, recebeu uma "rede aérea", com a qual podia capturar os inimigos durante combates no céu.

Os veículos celestes, ou "carros aéreos", eram invariavelmente descritos como luminosos e radiantes feitos ou folheados a ouro. O Vimana (carro aéreo) de Indra tinha luzes brilhantes nas laterais e movia-se "mais rápido que o pensamento", atravessando grandes distâncias com muita facilidade. Os cavalos invisíveis que o puxavam possuíam "olhos de sol", que emitiam raios de um tom avermelhado, às vezes mudando de cor. Em algumas lendas os carros aéreos dos deuses são descritos como tendo vários andares, e outras afirmam que além de voar eles podiam viajar sob a água. No conto épico Mahabharata, a chegada dos deuses a uma festa de casamento numa frota de veículos aéreos é descrita da seguinte forma (com base na tradução de R. Dutt em Mahabharata, The Epic of Ancient India):

Os deuses, em carros transportados por nuvens, vieram assistir a cena tão bela;
Luminosos Adityas em seu esplendor, Maruts no ar corrente;
Suparnas alados, Nagas escamosos,
Rishis Devas puros e elevados; os Gandharvas, famosos por sua música, e os belos Apsaras do céu...
Brilhantes naves celestes em comitiva, deslizavam pelo céu sem nuvens.


Os textos também falam nos Ashvins ("Condutores"), deuses especializados em dirigir os carros aéreos. "Rápidos como jovens falcões", eles eram "os melhores condutores que já atingiram os céus", e sempre guiavam seus artefatos em duplas, acompanhados de um navegador. Seus veículos, que às vezes surgiam em grupos, eram feitos de ouro, sendo "luminosos e radiantes... confortáveis de sentar e com um macio ondular". Esses carros aéreos eram construídos com base num princípio triplo, pois tinham três andares, três poltronas, três varas de apoio e três rodas giratórias. O Hino 22 do Livro VIII do Rigveda diz, ao louvar os Ashvins: "Sua carruagem possuía bancos triplos e rédeas de ouro - o famoso carro que atravessa Céus e Terra". Parece que as rodas giratórias tinham várias funções. Uma erguia a nave, outra a direcionava, e a terceira a impulsionava. "Uma das rodas de seu veículo está girando rapidamente; a outra acelera para colocá-lo em seu curso para a frente”.

Como acontece com os deuses das lendas gregas, os dos Vedas também mostram pouca moralidade e restrição em assuntos sexuais. Às vezes eles eram malsucedidos, como aconteceu com Dyaus, que por ter violado sua neta Ushas, irmã dos Adityas, tomou-se alvo da vingança destes, que encarregavam Rudra ("O Três-Olhos") de matá-lo. Dyaus salvou-se fugindo para um distante corpo celeste. Tal como aconteceu com os deuses gregos, posteriormente os hindus começaram a se envolver nas guerras e nos amores dos reis e heróis mortais. Nesses combates, os veículos aéreos dos deuses desempenhavam um papel mais importante que suas armas. Assim, quando um herói afogou-se, os Ashvins apareceram numa esquadrilha de três carros aéreos, "navios auto-impulsionados, hermeticamente fechados, que cruzavam o ar", e com eles mergulharam no mar, tiraram o herói das profundezas e "o levaram para a terra, além do oceano líquido". Há também a lenda de Yayati, um rei que se casou com a filha de um deus. Quando o casal gerou filhos, o feliz avô presenteou o genro com uma "fulgurante nave celestial feita de ouro que podia ir a qualquer lugar sem interrupção". Sem perder tempo, o rei "subiu no carro e, com ele, sendo imbatível em batalha, conquistou a Terra inteira em seis noites".


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Rama deixa Lanka no Pushpaka Vimana, folio do Ramayana, coleção de Binney





Bibliografia: As Guerras de Deuses e Homens - Zecharia Sitchin
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Euzébio
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Mensagem por Euzébio »

Euzébio escreveu:Bibliografia: As Guerras de Deuses e Homens - Zecharia Sitchin
Errei, a bibliografia é "A Escada para o Céu" - Zecharia Sitchin.

É que eu estive pesquisando em ambos os livros, confundi os títulos...

:oops:
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