Outra vez o OVNI

[Britan]

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Fernando Malheiros*

Quando, e já lá vão meses, trouxe a esta janela o aparecimento de um Ovni (objecto voador não identificado) que, como suspenso no ar, à altura de um terceiro andar, fez o espanto das pessoas que, entretanto, se juntaram para apreciar o fenómeno, prometi voltar ao assunto. Aqui estou a rever e a oferecer mais novas.
Recordo que o fenómeno aconteceu no dia 10 de Setembro de 1990, pelas 9.00 horas, no lugar de Vilar. Era um engenho metálico estranho, com forma de globo achatado, dotado de cinco apêndices e cerca de metro e meio de diâmetro. Esteve suspenso, e parado, durante meia hora, lapso de tempo em que foi visto por mais de 300 pessoas. Desapareceu para nordeste, como quem voa, sempre a subir até se perder nas nuvens.
Um membro da Comissão Nacional de Investigação do Fenómeno Ovni, Joaquim Fernandes, homem douto, investigador e docente na Universidade Fernando Pessoa, na cidade do Porto, afirma que este acontecimento é o mais importante de entre os que apareceram em Portugal e que a investigação continua em aberto, tanto ao nível dos cientistas portugueses, como em sedes científicas especializadas de outros países, nomeadamente da França, da Alemanha e dos Estados Unidos da América. Até a Agência Espacial Europeia, através de um laboratório de fotografia científica, estuda as fotografias, então tiradas, ao Ovni de Alfena.
Tamanho interesse a mostrar o valor científico do fenómeno, deve levar o povo da nossa Vila a orgulhar-se, ao esforço de o não esquecer mas, também a informar-se, ler, saber mais e transmitir.
Para além do cientista português já referido, diversos investigadores do Instituto Astrofísico de Paris e do Centro de Estudos Espaciais de Toulouse, após estudo aturado, confirmaram as análises das fotografias e o valor da documentação processada por agências portuguesas. O Dr. Pierre Guérin, cientista do Instituto Astrofísico Parisiense, um dos mais reputados investigadores de fenómenos aeroespaciais não identificados do mundo, referiu, ainda há poucos meses, a singularidade e a credibilidade do objecto voador invulgar nos céus de Alfena e das fotografias com que foi registado por um residente.
O caso Ovni da nossa terra de 10 de Setembro de 1990 desencadeou uma investigação exaustiva, a nível internacional, de tal envergadura que se pode dizer sem precedentes nesta área fenomenológica espacial ocorrida no nosso país. Foi um objecto grande, visível, inédito em terras lusas, acontecimento nunca antes assumido pela comunidade científica, com tamanha dignidade e profundidade. Por isso o caso mereceu, e merece ainda hoje, um trabalho continuado de análises técnicas fotográficas e de avaliações científicas do ponto de vista aeroespacial, meteorológico e até militar, envolvendo pedidos de informação de agências como CIA, o Pentágono, a Nato, entre outras e a recolhe de opiniões e pareceres de cientistas europeus e norte americanos de nome consagrado nessas áreas.
Permanecendo como algo ainda desconhecido, na ausência de uma resposta identificativa, o fenómeno passou a fazer parte do núcleo de anomalias aeroespaciais não identificadas, que há decénios se conhecem e se descrevem. O fenómeno Ovni de Alfena é mais um a reforçar o interesse científico.
O último parágrafo vai para afirmações do Dr. Joaquim Fernandes: a investigação do fenómeno de Alfena continua em aberto; que foi estabelecido, recentemente, um intercâmbio de cooperação com magistral grupo científico alemão, constituído por uma centena de investigadores de Física, Engenharia e Ciências Sociais e Humanas, alguns dos quais de Universidades Suíças e Austríacas para aprofundar todas as análises. Uma iniciativa pioneira para desvendar um tema merecedor de atenção e respeito, que honre a fenomologia Ovni e dê a conhecer as terras onde os céus os registaram.

[Latorre]

...interessante como em Portugal tambem se comete o erro gramatical do "a nivel de".

intercâmbio de cooperação com magistral grupo científico alemão, constituído por uma centena de investigadores de Física, Engenharia e Ciências Sociais e Humanas, alguns dos quais de Universidades Suíças e Austríacas para aprofundar todas as análises.

Isso sempre eh bom de ler.