Faz parte do imaginário de todos nós, as viagens espaciais, o olhar para o outro lado do Universo com o Hubble, o espaço há-de ser sempre " a ultiima fronteira".
Talvez este processo tenha a ver com as nossas preocupações cá em baixo, agarrados pela gravidade ao solo, quando olhamos para cima pensamos provavelmente num lugar melhor. No entanto essa barreira pode começar a ser quebrada e a porcaria que fazemos cá em baixo começamos a fazer lá em cima como na noticia abaixo, se há pessoas no planeta com consciencia para quando um passo em frente dessas mesmas pessoas?
Semanário O Sol - Link Original
Teste decorreu na semana passada
China terá destruído satélite espacial com míssil balístico
Cresce a preocupação dos Estados Unidos, Japão e Austrália acerca de um teste possivelmente levado a cabo pela China na semana passada. Pequim terá disparado um míssil contra um satélite desactivado, mas as autoridades não confirmam
A ser confirmado, esta será a primeira intercepção espacial desde o fim da Guerra Fria. Terá sido durante a semana passada que a China disparou um míssil balístico de médio alcance contra um satélite meteorológico desactivado, destruindo-o.
A informação é avançada pela revista American Aviation Week and Space Technology, e é corroborada pelo Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos.
Apesar do feito não ser inédito, este teste prova que Pequim tem agora capacidade para eliminar satélites espiões que sobrevoem o seu território.
Segundo a revista, o teste foi realizado a 11 de Janeiro, a partir do centro espacial de Xichang, na província de Sichuan. O míssil subiu 865km até atingir o satélite Feng Yun 1C.
As autoridades chinesas não confirmam a informação, o que já levou o vizinho Japão a pedir explicações a Pequim. «Estamos preocupados com a violação do espaço como zona de uso pacífico, e também com a nossa segurança», declarou um alto membro do governo de Tóquio.
Em Washington, Gordon Johndroe, do Conselho de Segurança Nacional, afirma que o teste chinês é «inconsistente com o espírito de cooperação a que os dois países aspiram no âmbito da aeronáutica civil».
A condenação americana contrasta, no entanto, com a recusa do Pentágono em parar o desenvolvimento de armas espaciais.
Também o ministro australiano dos Negócios Estrangeiros condenou a experiência, dizendo que esta representa um novo tiro de partida para uma «corrida ao armamento espacial».
O teste da semana passada tem também outras consequências que não diplomáticas. A revista que denunciou o tiro lembra que os hipotéticos destroços deixados em órbita representam um perigo para naves e astronautas.
pedro.guerreiro@sol.pt
com agências