Perigos Ets para a terra

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flasht
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Perigos Ets para a terra

Mensagem por flasht »

E specialistas partem do princípio de que aproximadamente a cada cem anos um corpo celeste do tamanho Gigantãozasso colide com a terra e só faz m.....

Entre as órbitas de Marte e Júpiter situa-se o chamado Cinturão de Asteróides, formado por fragmentos de rocha irregulares com dimensões de poucos metros até 1000 km. Presume-se que são restos de um planeta anteriormente existente, chamado de Phaeton, que foi destruído através da colisão com outro corpo celeste. O número total de asteróides é estimado como sendo de mais de 100.000, todos circundando o sol em suas trajetórias. Uma parte destes objetos (amoridas, apollonidas, etc.) aproxima-se do sol até uma Unidade Astronômica (UA) [33] e assim se aproximam da terra. Por isso são designados de Near Earth Objects (NEOs). Alguns destes asteróides representam um perigo real para a terra, porque as trajetórias de alguns deles cruzam a eclíptica. Especialmente quando estes pontos de interseção são de menos de UA, são registrados em um catálogo de perigo e chamados de Potentially Hazardous Asteroids (PHAs). Até agora puderam ser registrados 120 PHAs..

O diretor de astronomia Dr. Lutz D. Schmadel do Instituto de Cálculos Astronômicos de Heidelberg publicou, em seu trabalho "Bombas do Universo, Matéria no Sistema Solar - uma Determinação de Conceitos", uma listagem dos riscos e das possibilidades de uma colisão de objetos com a terra.

1. ) A possibilidade estatística de colisões da terra com objetos de 10 a 30 metros de diâmetro é de 100 anos .
De acordo com esta estimativa temos aproximadamente a cada 100 anos uma colisão de corpos muito pequenos com entre 10 e 30 metros. Dependendo do material e da velocidade são liberadas energias de 3 a 100 MT. Estes acontecimentos resultam em crateras de 1 a 10 km de diâmetro semelhantes à cratera de Barrington no Arizona. Se impactos destes ocorrem em oceanos, são originadas ondas perigosas.

2. ) A possibilidade estatística de colisões da terra com objetos de 30 a 200 metros de diâmetro é de 10.000 anos .
Pelo menos uma vez a cada 10.000 anos ocorre uma colisão com pequenos corpos de até 200 metros, que podem liberar energias entre 1.000 e 100.000 MT. Com isso surgem formações de crateras e destruições de vários milhares de quilômetros quadrados., semelhantes à cratera do Nördlinger Ries e da Bacia de Steinheim. Quando os impactos ocorrem em oceanos, os cálculos em modelos evidenciam que as massas de água subiriam até uma altura de 3,5 km.

3. ) A possibilidade estatística de colisões da terra com objetos de 200 a 2000 metros de diâmetro é de 10.000 anos .
Catástrofes que podem destruir continentes inteiros e que representam um perigo para a nossa civilização são tornadas possíveis através de objetos médios com tamanhos entre 0,2 e 2 km. Schmadel alerta que estatísticamente todos 10.000 anos um objeto com 0,5 km pode atingir a terra e que a nossa chance de sermos vítimas de uma catástrofe destas já no 21º século é de 1:1000. Aproximadamente um quarto da humanidade seria destruído e nossa ordem econômica e distribuição de poder globais sofreriam um colapso.

4.) A possibilidade estatística de colisões da terra com objetos de 2 km a 10 km de diâmetro é de 1 a 500 milhões de anos .
Colisões deste tipo encerram eras geológicas inteiras. São comparáveis com os acontecimentos entre Permiana e Triássico, quando mais de 90% de todas as formas de vida repentinamente se extinguiram, ou o limite entre Cretáceo e Terciário, quando iniciou o fim dos dinossauros, amonitas e outras formas de vida. Massas continentais inteiras seriam lançadas no espaço, para depois chover de volta, parcialmente. Mares iriam vaporizar. A liberação de energia seria de até 100 milhões de MT. Depois das destruições imediatas surgiria uma época tectônica com vulcanismo e terremotos em maior número.

O escurecimento da atmosfera que se seguiria introduziria um inverno global. Nuvens de poeiras venenosas e nuvens ácidas iriam se descarregar. A camada de ozônia estaria destruída, de tal maneira que a radiação cósmica atingiria a terra diretamente, causando mutações genéticas profundas nas formas de vida restantes. A evolução das espécies sofreria um novo revés forte. Para a civilização humana isto seria o apocalipse.

5. ) Catástrofes endógenas e antropogênicas também fazem parte da realidade.
Só porque não se fala sobre experiências militares não significa que estas não acontecem. Só porque aparições endógenas como geometeoros, luzes de terremotos e raios esfera não são pesquisados, não significa que não existem. Na Conferência Internacional relativa ao 90º aniversário do episódio de Tunguska, realizado em Krasjonarsk em 1998 foram apresentados por diversos pesquisadores como Olchowatow, Zherebchenko, Kazankova, Kochemasov, Koleman, diversas abordagens interessantes para as causas de explosões endógenas, seja na forma de explosões de metano ou descargas eletromagnéticas. Mesmo que só exista a suspeita de que explosões destas podem gerar catástrofes do grau do episódio de Tunguska, as causas destas devem ser pesquisadas para que se esteja preparado para eventuais catástrofes deste tipo e para saber onde isso pode ocorrer. Fenômenos como as lendas sobre o triângulo das Bermudas poderiam então ser vistas de outro ângulo.
Fonte:http://www.museumin.ufrgs.br/EspTunguska.htm
Britan
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Mensagem por Britan »

Boa!
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hsette
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Mensagem por hsette »

Esse é um tema e tanto, Flasht.

E vejam só isso. O “Thunguska” brasileiro:

Na manhã do dia 13 de agosto de 1930, habitantes ao longo do Rio Curuçá, no Brasil Ocidental, próximo à fronteira com o Peru, viram o céu ficar avermelhado e uma chuva de poeira seguida por um som assobiado de um bólido (fireball) vindo do céu.
Segundo os pesquisadores, provavelmente era um meteorito que se fragmentou, ou mesmo um grupo deles, que teria explodido antes de alcançar o solo. Isso por que a poeira do primeiro impacto foi vista antes dos outro dois aterrissarem.

Estimativas falem em um impacto atingiu equivalente 5 megatons que abriu uma cratera com um cerca de 1,0 quilômetro de diâmetro.
Alguns pesquisadores especulam que os meteoritos provavelmente eram pedaços caídos na passagem do cometa P/Swift Tuttle, que anualmente produz o fenômeno astronômico conhecido por "Chuva das Persêidas".

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O curioso da história é que foi um italiano, o missionário Jesuítico Capuchinho Fedele D´ Alviano, quem fez as primeiras investigações. Ele chegou ao local cinco dias depois, entrevistando os habitantes locais que, segundo ele, estavam bastante horrorizados com o ocorrido. O jesuíta produziu uma matéria jornalística sobre o assunto, a qual foi publicada sete meses depois no jornal do Vaticano "L´Observatore Romano" em 1931, tendo sido reproduzida por outros veículos de comunicação europeus.

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Alertado por pesquisadores russos, o astrônomo inglês E. Bailey teve, em 1995, sua atenção chamada pela matéria jornalística do missionário, dando novo fôlego à história.
Ainda com base nela, o pesquisador Ramiro de La Reza do Observatório Nacional no Rio de Janeiro iniciou sua investigação, que envolveu satélites, radares, aviões, registros sísmicos e entrevistas com testemunhas da explosão. Segundo ele:
“Temos evidências sísmicas e outras, como uma cratera de 1 km. Tudo indica que os objetos provocaram uma explosão de 6 a 7 megatons, sendo o segundo evento mais importante do século, atrás apenas de Tunguska. Aliás, na Europa, chamaram Curuçá de o Tunguska brasileiro".

Com auxílio de localizador GPS, mapeamento em infravermelho por satélite e fotografias aéreas, conseguiram localizar a cratera (latitude 5° S, longitude 71.5° W , Região do Alto Solimões) e, em 1997, foi realizada a expedição ao local. Uma curiosidade foi a descoberta das únicas "pedras" do Amazonas, que na verdade eram pedaços de argila compactada pela força da explosão (nota: considera-se que no Amazonas não existem pedras, só argila e arenitos).
Mais uma outra evidência: a cratera, de forma quase elíptica, tem seu eixo maior na direção norte, direção das Percebidas, que na latitude do Curuçá corresponde a uma queda de um ângulo baixo, de 20 graus acima do horizonte. Somente ângulos dessa ordem ou menores são capazes de produzir uma cratera não circular. Ângulos maiores que 20 graus produzem sempre crateras circulares.