Genoma dos neandertais mostra que

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Britan
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Genoma dos neandertais mostra que

Mensagem por Britan »

Para o Euzebio que vai adorar a noticia: :casper:


Debate dura há 150 anos
Genoma dos neandertais mostra que não são nossos avós
15.11.2006 - 20h32 Teresa Firmino


É um debate que dura há 150 anos: o homem de Neandertal é, ou não, nosso avô? Mais do que não haver consenso, o assunto tira do sério muita gente na comunidade científica. Amanhã, o debate promete voltar a animar-se, com a publicação da análise mais completa feita até agora de ADN de Neandertal.

E a história que conta é que eles não são nossos avós — ou, se neandertais e homens modernos, a nossa espécie, fizeram sexo, isso acabou por ter pouca influência no genoma humano.

Não é a primeira vez que se obtém e analisa ADN de neandertais. A estreia foi em 1997, quando a equipa de Svante Pääbo (do Instituto Max Planck para a Antropologia da Evolução, na Alemanha) reduziu a pó uma secção de 3,5 gramas do úmero de um Neandertal. Eram amostras do primeiro Neandertal descoberto em 1856, no vale (Tal, em alemão) de Neander, perto de Düsseldorf, na Alemanha.

Essas amostras eram apenas de ADN das mitocôndrias, estruturas responsáveis pela produção de energia celular, que se encontram fora do núcleo das células (é no núcleo que está o grosso da informação genética, mas é mais fácil recuperar ADN mitocondrial antigo).

Tantos os resultados das análises do “primeiro” Neandertal, como de outros 11 indivíduos (encontrados na Alemanha, Rússia, Croácia, Bélgica, França, Itália e Espanha), deram sempre muita discussão. “Não havia provas de contribuição genética para os humanos modernos”, recordou Pääbo, numa conferência de imprensa para apresentação das novas análises.

Havia que recuperar o precioso ADN do núcleo e analisá-lo. É o que a equipa de Pääbo anuncia agora na revista Nature.

Teste a ossos da Croácia

Testaram ossos e dentes de mais de 70 Neandertais encontrados na Europa e Ásia ocidental, à procura de amostras que não estivessem contaminadas por ADN de humanos modernos. Obtiveram-nas do fóssil com 38 mil anos, descoberto em 1980 na gruta de Vindija, na Croácia.

Seguros de que era um bom espécime para os testes, os cientistas extraíram uma amostra maior e partilharam-na com a equipa de Edward Rubin, do Instituto do Genoma do Departamento de Energia dos EUA, que assina o artigo da Science.

As equipas lançaram-se na recuperação de ADN da amostra, tarefa difícil por o material antigo estar muito fragmentado, e na determinação da sequência em que surgem as quatro letras do alfabeto genético (A de adenina, T de timina, C de citosina, e G de guanina).

Avanços nas técnicas de sequenciação permitiram ao grupo de Pääbo recuperar mais de um milhão de pares de bases, como se chamam às letras emparelhadas do ADN, já que o A anda sempre com o T e o C com o G. Tal como o genoma do homem moderno, o dos neandertais deverá ter 3000 milhões de pares de bases, por isso este trabalho é o início de uma tarefa ambiciosa, que é a sequenciação da molécula inteira. E o grupo de Rubin obteve mais de 65 mil pares de bases do núcleo, com um método diferente.

Fizeram comparações com os genomas do chimpanzé, que serviu de referência, e o dos humanos modernos, incluindo um catálogo de semelhanças e diferenças genéticas da nossa espécie. Uma das conclusões é que o genoma dos neandertais é muito idêntico ao do homem moderno. Assemelham-se em 99,5 por cento, senão mesmo em 99,9 por cento, referiu Rubin na conferência conjunta que deu com Pääbo nos Estados Unidos. Afinal, ambos pertencem ao género Homo.

Nalgumas coisas todos concordam: já não existem neandertais, os últimos desapareceram há 28 mil anos na Península Ibérica, depois de os dois tipos de homens terem coexistido milhares de anos na Europa. Os homens modernos vieram de África, e espalharam-se por todo o planeta.

O que divide tantos os cientistas? Uns consideram que os neandertais têm de ter transmitido os seus genes aos humanos modernos. Portanto, fazem parte dos nossos antepassados. Como são os hominídeos extintos mais parecidos connosco, é o mesmo que dizer que são nossos avós, e para isso neandertais e humanos modernos tiveram de fazer amor.

Para outros, os humanos modernos chegaram à Europa vindos de África, há cerca de 40 mil anos, e simplesmente dizimaram os neandertais. Para este cientistas, fizeram guerra e não amor.

“Embora não possamos concluir definitivamente que não ocorreu reprodução entre as duas espécies de humanos, a análise ao ADN nuclear neandertal sugere que é pouco provável ter sucedido com um nível apreciável”, afirmou Rubin, citado num comunicado. “Não excluímos a possibilidade de uma mistura genética modesta”, acrescentou Jonathan Pritchard, da Universidade de Chicago.

Mas, a haver mistura, nem foi como poderia pensar-se: “Há indicação de que o fluxo genético foi do homem moderno para o Neandertal, e não o contrário, em que toda a gente está interessada”, disse Pääbo na conferência.

Genoma completo daqui a dois anos

Também se estimou o tempo em que neandertais e modernos se separavam, do ponto de vista evolutivo, com as conclusões a encontrarem uma sobreposição. Para equipa de Rubin, separaram-se entre há 120 mil e 670 mil anos, com a melhor estimativa a apontar para os 400 mil anos. Para a equipa de Pääbo, a separação deu-se entre há 465 mil a 569 mil anos, apostando nos 500 mil anos. “Quando tivermos mais dados, isto clarificar-se-á”, disse Pääbo.

O que está em causa é quando é que neandertais e modernos deixaram de fazer sexo e seguiram caminhos evolutivos diferentes. “Deixaram de fazê-lo há 400 mil anos”, respondeu Rubin. Mas se as diferenças de menos de 0,5 por cento chegaram para que neandertais e os modernos não se reproduzissem entre si, é algo que Pääbo não pode responder. “Não há maneira de saber [só com estes dados].”

Nos próximos dois anos, os cientistas planeiam ter o primeiro rascunho de todo o genoma do Neandertal. “Estes artigos mostram que é possível ter o genoma completo”, sublinhou Pääbo.

“Nunca traremos de volta o Neandertal, mas poderemos comparar o seu genoma com o nosso”, completou Rubin. “Poderemos aprender sobre a sua biologia e outros aspectos que nunca aprenderíamos se olhássemos só para os ossos e os artefactos.” O desafio é ver as pequenas diferenças entre eles e nós.



Criança do Lapedo posta em causa?

O esqueleto da criança do Lapedo, com 25 mil anos, encontrado perto de Leiria, é apresentado como prova do cruzamento entre homens modernos e neandertais. Quando nasceu, os neandertais já tinham desaparecido há 3000 anos, mas o arqueólogo português João Zilhão (agora na Universidade de Bristol, em Inglaterra) e o antropólogo norte-americano Erik Trinkaus (Universidade Washington em Saint Louis) viram no esqueleto alguns traços de neandertais. O novo estudo de ADN põe em causa esta interpretação da criança do Lapedo?

“Muito pelo contrário”, diz Zilhão. Cita uma passagem do artigo da Nature que sugere que podem ter sido os modernos a transmitir genes aos neandertais. “Não pode haver fluxo genético que não seja bidireccional.” A criança do Lapedo não é um caso isolado: há mais nove indivíduos, quatro na Roménia e cinco na Morávia. “Todos têm traços neandertais. Só não vê quem não quer, e só não tira daí as conclusões que se impõem quem construiu carreiras científicas a dizer que era impossível haver cruzamento entre neandertais e modernos. A nossa interpretação é hoje aceite de forma generalizada.”

Quanto à contribuição dos neandertais para o genoma dos modernos ser limitada, Zilhão diz que não há desacordo. As estimativas da contribuição variam entre 25 e 0,1 por cento nas populações actuais, frisa. “Outros estudos avaliam a contribuição para a pool genética das populações modernas de há 30 mil anos e concluíram que podia ter sido até 78 por cento. Mesmo que hoje não restasse nada.”

Para Trinkaus, o novo estudo tem aspectos positivos. “Mostra que os neandertais não são humanos modernos, como sabemos desde 1856. Mostra que os traços dos neandertais são raros nos humanos actuais.”

Mas o trabalho, acrescenta, é só um teste para ver o que são capazes de fazer: “É tecnicamente impressionante, mas é pouco provável que, no futuro próximo, contribua substancialmente para a compreensão da evolução humana.”

O projecto de sequenciação do genoma do Neandertal precisará de 20 gramas de osso, o que leva Trinkaus a dizer: “Nenhum conservador de museu dará uma amostra tão grande. Os dois mil milhões de euros a ser gastos neste projecto financiariam escavações em diferentes partes do mundo que melhorariam o registo fóssil e a compreensão da evolução.”

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Re: Genoma dos neandertais mostra que

Mensagem por Euzébio »

Britan escreveu:Para o Euzebio que vai adorar a noticia: :casper:
:) hehehe, obrigado Britan, mas...

:oops: Não entendi nada.
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Mensagem por Latorre »

Seguinte, Zé: Lembra da escala evolutiva (que você não gosta), do macaquinho até o Homem? Então. O bicho logo antes do Sapiens é o Neandertal. Ou seja, o sapiens seria descendente do neandertal, uma adaptação, evolução.

MAS, acontece que o DNA dos neandertais não tem nada a ver com o nosso. Não é DNA de antepassado, o que leva a conclusão de que neandertais e sapiens eram grupos paralelos (e não lineares, não sequenciais), que provavelmente até conviveram na mesma época. Foram discidentes de um outro grupo mais antigo (os australopitecos), ou então foram feitos por alienígenas e colocados aqui na Terra. Daí, cada um escolhe a sua hipótese.

Só para contar, a Revista National Geografic deste mes tras a reportagem de um achado fantastico de um bebe australopiteco de 3,3 milhões de anos quase que completo (crânio, meia coluna, costelas, pernas e braço, até dedos do pé!). De maneira bem tosca (para ser claro), da cintura prá cima do bebê temos um macaco, e da cintura prá baixo um humano. Isso mesmo: pés como os nossos, de bípedes que não agarram coisas com os pés (como os macacos modernos). Esse sim, parece ser o ancestral mais antigo tanto de sapiens como de neandertais. O genoma dos australopitecos afarenses (o bebê, um macho e uma fêmea, encontrados na mesma região da etiópia) seria esclarecedor. Vamos aguardar.
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Mensagem por Euzébio »

Também se estimou o tempo em que neandertais e modernos se separavam, do ponto de vista evolutivo, com as conclusões a encontrarem uma sobreposição. Para equipa de Rubin, separaram-se entre há 120 mil e 670 mil anos, com a melhor estimativa a apontar para os 400 mil anos. Para a equipa de Pääbo, a separação deu-se entre há 465 mil a 569 mil anos, apostando nos 500 mil anos. “Quando tivermos mais dados, isto clarificar-se-á”, disse Pääbo.
Mas afinal, quantos anos tem o Homo Sapiens???

:shock:

Imagem
Um Neandertal

[em tempo: este tópico deveria estar em uma área mais específica, e não no Bate-Papo...]
Editado pela última vez por Euzébio em 18 Nov 2006, 07:08, em um total de 1 vez.
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Mensagem por EDurval »

Otimo Topico!!!!

Pra apimentar a discursão.

Segundo o texto a separação aconteceu entre 500 e 400 mil anos atras, pra quem leu Genesi Revisado vai reparar que esse tempo bate com o que esta escrito no livro sobre a motificação genetica que originou os Lulus.
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Mensagem por Latorre »

EDurval escreveu:bate com o que esta escrito no livro sobre a motificação genetica que originou os Lulus.
Bem, vamos esperar o que o Lulu tem a dizer.
:D
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Mensagem por Euzébio »

EDurval escreveu:Segundo o texto a separação aconteceu entre 500 e 400 mil anos atras, pra quem leu Genesi Revisado vai reparar que esse tempo bate com o que esta escrito no livro sobre a motificação genetica que originou os Lulus.
500 mil anos... isto é muito tempo!

:shock:

(se imaginarmos que a cada dez mil anos floresce uma civilização, quantas civilizações não nasceram, cresceram e por fim desapareceram neste período? Pelo menos 50 civilizações iguais à nossa...)
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hsette
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Mensagem por hsette »

Euzébio, acho que sua conta aí de cima não tem muita sustentação.

A evolução tecnológica tem um ritmo próprio, independente do alvorecer e fim de civilizações passadas.
Novas civilizações herdam os avanços de civilizações anteriores e prosseguem daquele ponto.

Não há a menor evidência de civilizações passadas que tenham atingido um desenvolvimento tecnológico avançado, comparável à atual.


E mais: as evidências apontam no sentido de que a espécie humana só se tornou sedentária, organizando-se espacial e socialmente, no que se convencionou se chamar civilização, por volta de ~13.000 anos atrás.
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Mensagem por Euzébio »

hsette escreveu:Euzébio, acho que sua conta aí de cima não tem muita sustentação.

A evolução tecnológica tem um ritmo próprio, independente do alvorecer e fim de civilizações passadas.
Novas civilizações herdam os avanços de civilizações anteriores e prosseguem daquele ponto.

Não há a menor evidência de civilizações passadas que tenham atingido um desenvolvimento tecnológico avançado, comparável à atual.


E mais: as evidências apontam no sentido de que a espécie humana só se tornou sedentária, organizando-se espacial e socialmente, no que se convencionou se chamar civilização, por volta de ~13.000 anos atrás.
H, quando a ciência diz que o Homo sapiens surgiu há cem, duzentos - e agora 500! - mil anos atrás, ela quer dizer que o cérebro humano já era igualzinho ao que conhecemos hoje, juntamente com todo o restante de nosso corpo físico (ou seja, não houve uma evolução maior do que a cor da pele, ou dos cabelos, dos olhos, etc.), o que significa que desde então já estávamos aptos para desenvolver a ciência e a tecnologia.

Pode ser que não haja indícios de outras civilizações anteriores a nossa, mas será que não há mesmo?

Escrituras sagradas indianas - de mais de cinco mil anos passados - já falam de máquinas voadoras (os vimanas) e de combates aéreos. Isto sem falar nos "deuses" vindos das estrelas constantes de todas as tribos espalhadas pelo mundo.

Com um cérebro potencialmente criativo como o nosso, dizer que o homem levou 500 mil anos (ou pouco menos) para desenvolver uma civilização tecnológica chega a soar pueril. O que pode ter havido é o desaparecimento de brilhantes civilizações sem deixar vestígios...

Um bom exemplo de uma tecnologia que se perdeu subitamente foi o da contrução das pirâmides. De repente as civilizações egípcia e maia simplesmente deixaram de construí-las, e as gerações posteriores passaram a ignorar a tecnologia empregada para tal.
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Mensagem por hsette »

Euzébio, o desenvolvimento tecnológico é um processo tortuoso e complexo.

Geralmente, são necessários séculos e séculos para que se descubra algo que permita um salto qualitativo significante.

Podemos citar por exemplo como eventos marcantes, porém muito distantes no tempo:

- o domínio do uso do fogo;
- a domesticação de animais;
- a roda;
- a seleção de sementes de vegetais propícias ao cultivo controlado, permitindo, ao lado do item anterior, a fixação do homem no espaço geográfico;
- a escrita;
- a metalurgia;
- a imprensa;
- a eletricidade;
- o domínio da tecnologia nuclear;

E por aí afora....

Nota-se um processo em degraus, com um intervalo elevado de tempo entre um evento e outro, que se sobrepõem e permitem o avanço.

O relato de máquinas num passado longíquo é intrigante, mas enquanto relatos não podem ser tomados como evidências.
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Mensagem por Euzébio »

Ô, H, a maioria destas coisas que você citou, são meras SUPOSIÇÕES científicas!

Estes ítens:

- o domínio do uso do fogo;
- a domesticação de animais;
- a roda;
- a seleção de sementes de vegetais propícias ao cultivo controlado, permitindo, ao lado do item anterior, a fixação do homem no espaço geográfico;

não passam de "chutes" da ciência para tentar sustentar a sua Teoria da Evolução das Espécies, pois não passam de elucubrações. Ainda hoje temos tribos que estão vivendo na idade da pedra, enquanto a nata da civilização está explorando outros mundos através de sondas robotizadas. Ou seja, o velho e o novo podem conviver numa mesma Era!
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Mensagem por hsette »

Não entendi seu post, Euzébio.

Como assim, “chutes” da ciência. São todas conquistas bem humanas. E seguem um padrão cronológico bastante razoável.

E o fato de o desenvolvimento tecnológico não estar distribuído homogeneamente, tanto espacial quanto temporalmente, não invalida em nada o que eu disse. Ao contrário, o corrobora, deixando claro a complexidade e os caminhos tortuosos por que passa, como disse anteriormente.

E me apego ao seguinte: se num passado remoto de, por exemplo, 50.000 anos atrás, algum grupo de humanos atingiu um desenvolvimento tecnológico igual ou superior ao de nossa época atual, era de se esperar que houvesse evidências físicas disso, não acha?

Havendo alguma evidência plausível, estou pronto a admitir isso, e inclusive ficarei muito feliz.
Petrovski
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Mensagem por Petrovski »

Talvez tenha havido alguma guerra nuclear na época. Alguém sabe quanto tempo leva pra fauna e a flora se recomporem depois de uma possível guerra nuclear?
Britan
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Mensagem por Britan »

Petrovski escreveu:Talvez tenha havido alguma guerra nuclear na época. Alguém sabe quanto tempo leva pra fauna e a flora se recomporem depois de uma possível guerra nuclear?
Nao sei mas por exemplo em Hiroshima e Nagasaki ainda hoje se sentem efeitos.

Mas também pode ter sido uma batalha entre duas civilizações cósmica

Também pode ter sido uma experiência genética de uma outra raça

Podem ser milhares de sugestões hipotéticas, mas a verdade é que de um lado temos estas sugestões todas e do outro temos uma teoria construtiva que bem se desenvolvendo com a espécie e que nesta altura da história os tropeções misteriosos da história são cada vez menos. Lembro um episódio dos descobrimentos em Portugal, quando começamos a Navegar ninguém queria ir muito longe porque pensava-se que depois do Horizonte havia um abismo cheio de monstros que despedaçavam os barcos, passamos esse ponto e fomos mais longe, e no cabo Bojador diziam que havia la um montro ou um deus enfurecido, ai passamos o cabo bojador e deixou-se de falar nos monstros. Ou seja nós estamos em desenvolvimento genético e evolutivo como sempre tivemos, e a determinadas alguras da história criamos mitos, crenças e superstições para justificar o desconhecido e evoluimos com base num comportamento cientifico racional e lógico e é isso que nos tem permitido evoluir, vamos é sempre acabando com os mitos para ficar com o conhecimento. Depois claro há-que tentar compreender a fenomologia do nosso intelecto de criar mitos, duendes, fadas, deuses, et's ... 8)
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Mensagem por Latorre »

O que diz o estudo original:
Cérebro humano herdou gene neandertal, diz estudo

Seqüência de DNA pode ter vindo de cruzamento entre espécies há 37 mil anos. Análise feita por chinês radicado nos EUA é a melhor evidência até agora de mistura entre hominídeos, afirma especialista sueco

Marcelo Leite escreve para “Folha de SP”:

Bruce Lahn continua subversivo. O geneticista da Universidade de Chicago, que deixou a China por razões políticas em 1989, subverte agora a noção de que os seres humanos modernos, Homo sapiens, se distanciam de hominídeos arcaicos pelo desenvolvimento cerebral.

Ao menos no caso de um gene, isso pode ser exatamente o que os aproxima, relíquia de um provável episódio de miscigenação com neandertais.

O trabalho foi publicado on-line nesta semana pelo periódico "PNAS".

Seu foco recai sobre o gene microcephalin (ou MCPH1). Em 2005, ele havia indicado uma origem muito recente, 37 mil anos, para a variante mais comum dessa seqüência de DNA (apelidada de "haplogrupo D"). Quando ocorrem mutações sérias no MCPH1, o cérebro cresce só até alcançar um quarto de seu tamanho normal.

Esse tipo de gene faz sucesso em qualquer população, pois a maioria dos indivíduos com versões deficientes dele acaba morrendo antes de se reproduzir. Como mutações neles raramente compensam, a maioria das pessoas tem seqüências muito similares. O haplogrupo D está presente em cerca de 70% dos humanos, hoje.

Nos outros 30% está presente o haplogrupo que Lahn chama de "não-D", muito diferente do primeiro. A análise estatística de sua estrutura indica uma origem bem mais antiga: 1,1 milhão de anos.

Como a espécie humana tem cerca de 200 mil anos, uma versão do gene é muito mais recente e outra, muito mais antiga do que ela. Isso sugere que duas populações ficaram sem cruzar por mais de 1 milhão de anos.

Neandertais conviveram com humanos modernos até uns 35 mil anos atrás -data próxima do haplogrupo D. Lahn convenceu-se de que a estirpe atual recebeu pronta dos primos neandertais a versão vantajosa do gene MCPH1. "Nós não fomos capazes de chegar a outros modelos que pudessem explicar de modo razoável nossos dados", afirma.

As coisas teriam corrido assim: a linhagem que deu origem ao H. sapiens manteve por centenas de milhares de anos a variante não-D, enquanto D surgia no H. neanderthalensis; após a migração do H. sapiens da África para Europa e Ásia e seu encontro com H. neanderthalensis, um raro acasalamento teria introduzido D no genoma de homens modernos, onde fez enorme sucesso.

Para Sergio Danilo Pena, geneticista da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o trabalho é "demasiadamente especulativo". "Como [Lahn] não pode explicar a discrepância das coalescentes [variantes], ele usa isso para argumentar que ocorreu a introgressão de um gene neandertal em humanos", afirma Pena, que alerta não ter analisado em detalhe o trabalho.

Lahn ressalva que outro ancestral hominídeo pode também ter sido pai e mãe do gene humano MCPH1 encorpado: "Embora favoreçamos neandertais como a fonte potencial do alelo [variante] D, deixamos aberta a possibilidade de outra população Homo arcaica menos conhecida”.

Svante Pääbo, renomado pesquisador da área na Alemanha, disse à newsletter "ScienceNow" que Lahn apresentou a evidência mais convincente até agora dessa mistura. E avisou que vai procurar a variante D no DNA que já obteve de neandertais.

Lahn torce por isso à maneira oriental: "Tenho mais do que uma esperança tênue de que o alelo D apareça no DNA neandertal, mas meu sentimento sobre essa perspectiva está longe da certeza".

(Folha de SP, 10/11)
...e vejam só quem voltou das trevas a todo o vapor! O Humberto! :D

Zé, esses passos que o Humberto citou são verificáveis até hoje nas culturas mais primitivas. Você como telespectador do canal National Geografic sabe disso, não? :D

Na verdade esse post dele foi exatamente o que eu pensava em responder logo que lí a sua indagação. Vale lembrar que lascar uma pedra para cortar animais é um processo tecnológico complexo. Tal qual o ovo de Colombo: depois de ver como é, fica fácil.
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