Crédito: Rayos X: NASA/CXC/CfA/M.Markevitch et al.; Óptico: NASA/STScI; Magellan/U.Arizona/D.Clowe et al.
Esta imagem composta mostra o grupo de galáxias 1E 0657-56. Este grupo se formou depois da colisão de dois grandes grupos de galáxias, o evento mais energético conhecido no universo desde o Big Bang.
O gás quente detectado pelo Chandra em raios X é visto como duas manchas em rosa na imagem e contém a maior parte da matéria "ordinária", ou bariônica, dos dois grupos. A mancha da direita é gás quente de um dos grupos, que passou através do gás quente do outro grupo, maior, durante a colisão. Uma imagem óptica obtida pelo telescópio Magallanes e pelo Telescópio Espacial Hubble mostra as galáxias em laranja e branco. As áreas azuis desta imagem mostram a zona onde os astrônomos encontram a maior parte da massa dos grupos. A concentração de massa se determina usando o chamado efeito de lente gravitacional, pelo qual a luz dos objetos distantes é distorcida pela concentração de matéria entre nós e eles. A maior parte da matéria dos grupos (azul) está claramente separada da matéria “ordinária (rosa), proporcionando evidência direta de que quase toda a matéria dos grupos é escura.
O gás quente de cada grupo foi freado por uma força de arrasto, similar à resistência aerodinâmica, durante a colisão. Em contraste, a matéria escura não foi freada pelo impacto devido a que não interatua diretamente consigo mesma ou com o gás salvo mediante a gravidade. Portanto, durante a colisão as nuvens de matéria escura dos dois grupos se adiantarão ao gás quente, produzindo a separação da matéria “ordinária” e escura que pode ver-se na imagem. Se o gás quente fosse o componente mais massivo dos grupos, tal como se propõe com teorias alternativas da gravidade, não se veria tal efeito.
Fonte: http://chandra.harvard.edu/photo/2006/1e0657/