Lâmpadas eternas

Um dos maiores desafios da ufologia é desvendar os mistérios tecnológicos que possivelmente viriam a permitir EBEIs visitarem a Terra. Quais as possibilidades? O que já sabemos? Quais as previsões?

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Munhoz
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Lâmpadas eternas

Mensagem por Munhoz »

Retirei esse pequeno trecho do livro "Isis sem Véu" de Helena Blavatsky
Ainda não tinha lido nada a respeito, achei no mínimo curioso, e resolvi compartilhar com vocês.

A LÂMPADA INEXTINGUÍVEL.
É fácil compreender que um fato ocorrido em 1731, que testificar um outro fato que aconteceu durante o papado de Paulo III, por exemplo, seja desacreditado em 1876. E quando os cientistas são informados de que os romanos mantinham luzes em seu sepulcro por anos incontáveis graças à oleosidade de ouro; e que uma dessas lâmpadas perpétuas foi descoberta queimando brilhantemente na tumba de Túlia, a filha de Cícero, não obstante a tumba ter estado fechada durante mil e quinhentos e cinqüenta anos - eles têm um certo direito de duvidar, e mesmo de descrer da afirmação, até se assegurarem, pela evidência de seus próprios sentidos, de que tal coisa é possível. Neste caso, eles podem rejeitar o testamento de todos os filósofos antigos e medievais. O enterro dos faquires vivos e a sua ressurreição subseqüente, após trinta dias de inumação, pode parecer-lhes suspeito. Assim também a auto-inflição de feridas mortais, e a exibição de suas próprias entranhas às pessoas presentes por vários lamas, que curam tais feridas quase instantaneamente.
Os faquires continuarão a ser enterrados e a ressuscitar, satisfazendo a curiosidade dos viajantes europeus; e os lamas e os ascetas hindus ferir-se-ão, mutilar-se-ão eviscerar-se-ão e achar-se-ão ainda melhores por isso; e as negações de todo o mundo não soprarão o suficiente para extinguir as lâmpadas perpétuas de algumas criptas subterrâneas da Índia, do Tibete e do Japão. Uma de tais lâmpadas é mencionada pelo Reverendo S. Mateer, da Missão Londrina. No tempo de Trivandrum, no reino de Travancore, sul da Índia, "há um profundo poço no interior do templo, no qual imensas riquezas são lançadas ano após ano, num outro lugar, uma cova coberta por uma pedra, uma grande lâmpada de ouro, que foi acesa há mais de 120 anos, ainda continua a queimar", diz este missionário em sua descrição do lugar. Missionários católicos atribuem essas lâmpadas, como costuma acontecer, aos serviços obsequiosos do demônio. O pastor protestante, mais prudente, menciona o fato, e não faz nenhum comentário. O abade Huc viu e examinou uma dessas lâmpadas, assim como outras pessoas que tiveram a boa sorte de conquistar a confiança e amizade dos lamas e sacerdotes orientais. Não se podem negar mais as maravilhas vistas pelo capitão Lane no Egito; as experiências de Jacolliot em Benares e as de Sir Charles Napier; as levitações de seres humanos em plena luz do dia.
Entre as reivindicações da Alquimia está a das lâmpadas perpétuas. Se dissermos ao leitor que vimos muitas delas, poderão perguntar-nos - no caso de a sinceridade de nossa crença pessoal não ser questionada - como podemos dizer que as lâmpadas que observamos eram perpétuas, já que o período de nossa observação foi muito limitado? Simplesmente porque, como sabemos quais os ingredientes empregados, e a maneira de fazê-las, e a lei natural aplicável ao caso, confiamos em que nossa afirmação pode ser corroborada por investigações no local adequado. Onde se localiza este lugar e onde se pode aprender este conhecimento, nossos críticos devem descobri-lo, esforçando-se como nós o fizemos. Entrementes, citaremos alguns dos 173 autores que escreveram sobre o assunto. Nenhum deles, como lembramos, afirmou que essas lâmpadas sepulcrais queimariam perpetuamente, mas apenas por um número indefinido de anos, e exemplos se registram de sua contínua iluminação por muitos séculos. Não se negará que, se existe uma lei natural pela
qual uma lâmpada pode queimar sem ser alimentada durante dez anos, não há razão por que a mesma lei não permita a combustão por cem ou mil anos.
Entre muitas personagens de renome que acreditavam firmemente e afirmaram energicamente que tais lâmpadas sepulcrais queimavam por vários centenas de anos, e que poderiam continuar a queimar talvez para sempre, se não tivessem sido extintas, ou os vasos quebrados por algum acidente, podemos incluir os seguintes nomes: Clemente de Alexandria, Hermolaus Barbarus, Apiano, Burattinus, Citésio, Célio, Foxius, Costaeus, Casalius, Cedrenus, Delrius, Ericius, Gesnerus, Jacobonus, Leander, Libavius, Lazius, Pico dela Mirandola, Eugênio Filaletes, Liceto, Maiolus, Maturantius, Batista Porta, Pancirollus, Scardeonius, Ludovicus Vives, Voltarranus, Paracelso, vários alquimistas árabes e, finalmente Plínio, Solinus, Kirches e Alberto Magno.
São os egípcios, esses filhos do País da Química, que lhes reclamam a invenção. Pelo menos eles foram o povo que utilizou tais lâmpadas mais do que qualquer outra nação, por causa de suas doutrinas religiosas. Acreditava-se que a alma astral da múmia permanecia sobre o corpo pelo espaço de três mil anos do ciclo de necessidade. Presa a ele por um fio magnético, que só podia ser quebrado por seu próprio esforço, os egípcio esperavam que a lâmpada perpétua, símbolo de seu espírito incorruptível e imortal, convenceria por fim a alma mais material a abandonar o seu domicílio terrestre e unir-se para sempre com o seu EU divino. É por isso que as lâmpadas eram penduradas nos sepulcros dos ricos. Tais lâmpadas são, com freqüência, encontradas nas cavernas subterrâneas dos mortos, e Liceto escreveu um grande infólio para provar que em seu tempo, sempre que um sepulcro era aberto, uma lâmpada ardente era encontrada na tumba, mas extinguia-se instantaneamente devido à profanação. Tito Lívio, Burattinus e Michael Schatta, em suas cartas a Kirches, afirmam que encontraram muitas lâmpadas nas cavernas subterrâneas da velha Mênfis. Pausânias fala da lâmpada de ouro no templo de Minerva, em Atenas, que ele afirma ser obra de Calímaco, e que queimava durante um ano inteiro. Plutarco afirma que viu uma no templo de Júpiter Amon, e que os sacerdotes lhe asseguraram que ela queimava continuamente há anos, e que, mesmo quando colocada ao ar livre, nem o vento nem a água podiam extingui-la. Santo Agostinho, a autoridade católica, também descreve uma lâmpada do templo de Vênus, da mesma natureza que as outras, inextinguível pelo vento mais violento ou pela água. Encontrou-se uma lâmpada em Edessa, diz Cedrenus, "que, oculta no topo de uma certa porta, queimou durante quinhentos anos". Mas, de todas as lâmpadas, a mencionada por Maximus Olybius de Pádua é de longe a mais extraordinária. Ela foi encontrada nas proximidades de Ateste, e Scardeonius a descreve de maneira muito viva: "Numa ampla urna de argila havia uma outra menor, e nesta uma lâmpada ardente, que assim queimava há 1.500 anos, por meio de um licor puríssimo contido em duas vasilhas, uma de ouro e outra de prata. Estas estavam confiadas à guarda de Franciscus Maturantius, que as avaliava por um valor extraordinário".
A lâmpada de Antióquia, que queimou mil e quinhentos anos, num lugar público e aberto, sobre a porta de uma igreja, foi preservada pelo "poder de Deus", "que fez um número tão infinito de estrelas para queimar com luz perpétua". Quando às lâmpadas pagãs, Santo Agostinho assegura-nos que elas eram obra do demônio, "que nos engana de mil maneiras". Nada mais fácil para Satã do que representar um facho de luz, ou uma chama brilhante para aqueles que entraram em primeiro lugar numa tal caverna subterrânea. Isto foi sustentado por todos os bons cristãos durante o papado de Paulo III, quando, na abertura da tumba na via Ápia, em Roma, se encontrou o corpo inteiro de uma jovem nadando num licor brilhante que a preservou tão bem que a face era bela como se estivesse viva. A seus pés queimava uma lâmpada, cuja chama se apagou na abertura do sepulcro. Segundo alguns sinais gravados, descobriu-se que ela fora sepultada há mais de 1,500 anos e supôs-se que era o corpo de Tulliola, ou Tullia, filha de Cícero.
Químico e físicos negam que lâmpadas perpetuas são possíveis alegando que tudo que é transformado em vapor ou fumaça não pode ser permanente, mas deve consumir-se; e como a alimentação de óleo de uma lâmpada acesa é exalada como o vapor, o fogo, por esse motivo, não pode ser perpétuo, pois necessita de alimento. Os alquimistas, por outro lado, negam que toda a alimentação do fogo ateado deve necessariamente converter-se em vapor. Eles dizem que há coisas na Natureza que não só resistem à ação do fogo e permanecem inconsumíveis, mas também se mostram inextinguíveis pelo vento ou pela água. Numa antiga obra química do ano de 1.705, intitulada Nekpornoeia, o autor dá numerosas refutações às pretensões de vários alquimistas. Mas, embora negue que se possa fazer um fogo queimar perpetuamente, ele está propenso a acreditar na possibilidade de uma lâmpada queimar por vários séculos. Além disso, temos numerosos testemunhos de alquimistas que devotaram anos a essas experiências e chegaram à conclusão de que isso era possível.
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jeff
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Re: Lâmpadas eternas

Mensagem por jeff »

Lamento que não hajam muitos alquimistas hoje em dia fazendo descobertas fantáticas no campo da transmutação. Mas comemoro o fato de que a física o esteja :-) Na verdade, acho que é preciso ler com muita cautela e boa dose de reinterpretação quase tudo que foi escrito na antiguidade. As medidas de tempo, oa conceitos técnicos (e os conhecimentos), as ilações místicas apartadas de métodos empíricos e, o que ainda temos hoje, os achismos, eram muito mais presentes. Se ainda hoje uma turba insandecida consegue se basear num vídeo de resolução sofrível (contra todas as demais evidências em contrário) para alegar que uma Copa anteriormente "comprada", agora seja "vendida", imagina numa época em que não tínhamos vídeo, nem foto, nem mesmo uma escrita mais fidedígna...

Se há uma teoria física suficientemente testada e até agora provada é a da conservação da energia, ou, de forma mais técnica, a Primeira Lei da Termodinâmica. Ninguém até hoje conseguiu um mótuo-perpétuo pelo simples fato de que ele viola flagrantemente esse princípio. (Não, ninguém conseguiu! rsrsrs). Essa Lei estabelece que a quantidade total de energia em um sistema isolado permanece constante. Ou seja: energia não pode ser criada nem destruída: a energia pode apenas transformar-se. E cabe lembrar que energia compreende várias divisões com seus conceitos específicos, como energia potencial, energia cinética, energia térmica, energia nuclear. Bom, e os físicos já demonstraram que massa é energia, e vice versa. Assim, uma lâmpada "infinita" poderia até existir, mas seguramente ainda estaria "evaporando" lentamente até extinguir-se eventualmente um dia. Mas, sinceramente, penso que um achado desses provavelmente estaria em algum escrito arqueológico bem consolidado, largamente aceito e referenciado na comunidade científica, descrito e estudado, por tantos quantos arqueólogos escavaram tumbas, sarcófagos e túmulos e deixaram documentados, com verificação e comprovação, seus fatos. Não seria, meramente, uma teoria para a qual ainda se precisaria de provas e mais estudos. Afinal, haveria o tal objeto.

Mas não vou descartar que, graças a algumas centenas de anos e gerações de testes, algum professor pardal da antiguidade tenha descoberto uma fórmula para gerar luz por combustão cuja evaporação/queima fosse bastante demorada. Seria só uma queima muito eficiente. Nós, e isto já está bem documentado, temos mesmo uma lâmpada elétrica (!) que está acesa há mais de 112 anos. Sim! E não foi necessário nenhum feito alquímico ou magia obscura. Provavelmente por tentativa de erro e acerto, um bocado de engenharia e outro bocado de sorte, um sujeito chamado Adolphe Chaillet, convidado pelo governo do Estado de Ohio para fundar uma fábrica de lâmpadas no século dezenove, fez esta lâmpada (único exemplar do tipo) que fica no quartel general do corpo de bombeiros de Forth Meyers, na Flórida. Tem várias análises sobre o fato, mas achei que a melhor delas pode ser lida neste link. Enquanto escrevo, inclusive, ela continua acesa, como mostra sua webcam... E essa conclusão (de que não foi fruto de tecnologia alienígena) se baseia no fato de que, inclusive, não é a única. Há também outras centenárias (ou quase) lâmpadas espelhadas por meia dúzia de locais, obras de diferenres pesquisadores.

E só não vingaram (produção em escala), aliás, por causa de também uma prosaica explicação: pouco tempo depois (1920-1930) dessas experiências, a indúscria (em geral, não só de lâmpadas) criou o conceito da obsolescência programada: as coisas precisam quebrar para continuar havendo mercado... Se bem que isso era usado de forma muito mais comedida no passado em comparação com a frágil durabilidade dos produtos hoje em dia, penso eu...
[]'s
Jeferson Martinho (Jeff)
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