Ingredientes da vida do Sist Solar podem ser mais antigos

A exobiologia é a ciência que estuda a vida extraterrestre, desde o tipo mais simples. Quais seriam os locais mais propícios para esta ocorrência? Quais os pré-requisitos?

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hsette
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Ingredientes da vida do Sist Solar podem ser mais antigos

Mensagem por hsette »

Fonte: http://www.astrobio.net/news/article1953.html

Assim como uma nave espacial interplanetária pode transportar passageiros, durante muito tempo tem-se suspeitado que os meteoritos transportaram ingredientes da vida até nosso planeta. Usando novas técnicas, cientistas do Departamento de Magnetismo Terrestre do Carnegie Institute descobriram que os meteoritos podem transportar também outros passageiros muito mais velhos e de locais bem mais distantes – partículas primitivas e orgânicas que se originaram há milhares de milhões de anos tanto do espaço interestelar como de mais além, de antes mesmo da formação do sistema solar. O estudo mostra que os corpos principais dos meteoritos – os grandes objetos do Cinturão de Asteróides – contêm matéria orgânica primitiva similar à encontrada em partículas de pó que poderiam vir dos cometas. O trabalho foi publicado na edição de Maio da revista Science.

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Estas diminutas partículas, provenientes de um meteorito de condrita gasosa têm apenas uma milionésima parte de um metro de comprimento e têm diferentes proporções de nitrogênio (N) e isótopos de hidrogênio (H e D - deutério). Estes isótopos estão quimicamente vinculados a meteoritos de matéria orgânica e podem revelar muito sobre o que sucedeu ao meteorito ao mudar sua trajetória através do sistema solar há milhares de milhões de anos. As duas imagens mostram as regiões com altos níveis de Nitrogênio e Hidrogênio pesado (deutério), o que indica que o Carbono associado é muito antigo e originário de matéria interestelar ou de regiões de fora do sistema solar.
(Imagem por cortesia de Henner Busemann) - Crédito: Carnegie Institute


“Os átomos de diferentes elementos em diferentes formas, ou isótopos, e as proporções relativas destes, dependem das condições ambientais nas quais eles se formaram, tais como o calor absorvido, reações químicas com outros elementos e assim sucessivamente”, explicou o autor Henner Buseman. “Neste estudo observamos as quantidades relativas de isótopos de Hidrogênio (H) e Nitrogênio (N) associado a diminutas partículas de matéria orgânica insolúvel para determinar os processos que produziram o tipo de meteorito mais antigo. O material insolúvel é multo duro para se romper quimicamente e resiste inclusive a tratamentos ácidos multo severos”.
Os investigadores usaram uma técnica de imagem microscópica para analisar a composição dos isótopos da matéria orgânica insolúvel de seis meteoritos de condrita gasosa – o tipo mais antigo conhecido. A proporção relativa de isótopos de Nitrogênio e Hidrogênio associado com a matéria orgânica insolúvel atua como uma espécie de registro temporal e pode revelar como e quando se formaram as substâncias. O isótopo de Nitrogênio que com maior freqüência se encontra na natureza é N14; seu irmão mais pesado é N15. A diferencia das quantidades de N15, além de uma forma mais pesada de Hidrogênio chamado deutério (D), permite aos investigadores dizer se uma partícula permanece relativamente inalterada desde que o sistema solar se formou pela primeira vez.

“Muitos dos sinais são de deutério e de N15 quimicamente unidos ao Carbono”, comentou o co-autor Larry Nitter. “Já sabemos há algum tempo que as partículas de pó interplanetário (IDP), recolhidas por aviões de vôo em grande altitude na atmosfera superior, contêm um grande excesso de isótopos, o que provavelmente indica material orgânico que se formou no meio interestelar. As IDPs apresentam outras características que indicam que se originaram em corpos – talvez cometas—que sofreram processos menos severos que os asteróides dos quais se originaram os meteoritos”.

Os cientistas descobriram que algumas amostras de meteoritos, quando se examinaram nas mesmas escalas diminutas que as partículas de pó interplanetário, realmente têm quantidades similares ou inclusive maiores de N15 e D que os revelados pelas IDPs. “É assombroso que moléculas orgânicas primitivas associadas a estes isótopos foram capazes de sobreviver às severas e tumultuosas condições presentes nos primórdios do sistema solar”, diz o co-autor Conel Alexander. “Além disso, significa que os corpos - os cometas e asteróides - nos quais se encontram estes tipos aparentemente diferentes de material extraterrestre são mais similares em sua origem do que antes se pensava'.
EDurval
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Mensagem por EDurval »

Zecharia Sitchin deve estar achando muito interessante essas descobertas cientificas.