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Alexandre
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Centro Maria Antonia reinicia ciclo de exposições


Uma das obras mais instigantes é Esquerdo, de Eduardo Climachauska
Maria Hirszman





SÃO PAULO - O Centro Universitário Maria Antonia reinicia nesta sexta-feira, 23, seu ciclo de exposições com uma seleção bastante diversificada de trabalhos, contemplando diferentes gerações e linguagens. As duas maiores salas do prédio são ocupadas por Antonio Dias e Lenora de Barros; nos outros espaços estão Eduardo Climachauska, Wallace V. Masuko e a dupla Daisy Xavier e Célia Freitas.

Antonio Dias, que há tempos não expõe em São Paulo, está presente com uma seleção de múltiplos, que incluem trabalhos nas mais diferentes técnicas e materiais, que vão desde as pequenas esculturas em metal e argila (Hands, Cohab e Carrinho Crítico) até o misterioso The Night Walker. Reproduzidas em duas telas, as imagens de dois estranhos Ovnis (literalmente objetos voadores não-identificados) flutuam sobre um estranho céu que tem uma paisagem ao fundo. Propositalmente, ficamos sem saber se estamos diante de uma montagem ou de uma curiosa encenação. Nada nessa imagem é preciso. Nem a hora do dia, nem a identidade objeto retratado nos é revelada, ampliando ao máximo o mistério.

Já a mostra de Lenora de Barros tem um significado bastante simbólico, tanto para a artista como para a instituição, e fecha um círculo iniciado há seis anos, quando a artista exibiu Procuro-me, uma série de imagens dela mesma retrabalhadas com um software para cabeleireiros e que foi alvo de ataques quando exposta na fachada do Centro. Entre Procuro-me e Retalhação - título da mostra atual, que faz referência ao processo de fragmentação e recolagem desses painéis iniciais -, vários trabalhos foram elaborados, como que multiplicando no tempo e no espaço os ecos dessa reflexão sobre imagem e identidade.

A idéia de processo também permeia a videoinstalação de Daisy Xavier e Célia Freitas. Intitulada Mesuras, a obra parte de um desafio - medir um trecho de mar -, que acaba gerando uma série de representações poéticas sobre o movimento, o gesto e o espaço.

Uma das obras mais instigantes da mostra é Esquerdo, de Eduardo Climachauska. São nove cristaleiras pintadas de preto, com muito vidro e espelho, que se acumulam acima da porta de pequena sala expositiva. Antes de entrar, o visitante vê apenas uma série de hastes compondo um desenho no espaço. Mas logo fica evidente que esses vértices não têm uma função meramente compositiva: são as colunas que sustentam, de uma maneira aparentemente precária, a massa de móveis que se encontra concentrada acima da porta.

À situação de risco iminente e o caráter um tanto surreal desses móveis que se interpenetram num estranho corpo no alto de nossas cabeças, se agrega seu apelo sedutor. Operando por oposições, Climachauska contrapõe brilho e transparência à densidade e peso dos móveis pintados de preto. Ao mesmo tempo bela e assustadora (porque ameaça cair sobre nós a qualquer instante), a instalação gera mais do que um estranhamento passageiro, congelando num breve e intenso momento o desconforto diante da ameaça da destruição.

Ciclo de Exposições. Centro Universitário Maria Antonia. Rua Maria Antonia, 283, telefone 3211-0069. De 2.ª a 6.ª, 12 h às 21 h; sáb. e dom., 10 h às 18 h. Grátis. Até 27/5
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