Conto: Pães e Peixes

[Max Diniz Cruzeiro]

Morávamos em Amman 30 anos antes de Cristo. Tínhamos por hábito participar no primeiro solstício da primavera da tradicional reunião Judaica de Asaph onde coletávamos de todos um pouco de alimento para depois que um ilustre homem da palavra nos abrilhantava com seu conhecimento e dom profético.

A cada novo solstício éramos orientados a levar cada vez menos alimentos com o intuito de fazermos um jejum para purificar a carne. E ocorreu que neste ano havíamos conseguido reunir apenas 5 pães (1 kg cada pão) e dois peixes (tamanho grande para uma família cada um). A multidão era enorme. Ao todo se calculavam algo em torno de 4.000 pessoas. Foi aí que um grande mestre da palavra nos fez refletir desta vez sobre nossa própria saciedade em receber a palavra e não compartilhar com os demais.

Pode o homem se ausentar do seu dever? Pode o homem receber a palavra e não compartilhar o ensinamento? Pode o homem alimentar uma multidão apenas com estes pães e estes peixes que trouxeram? Ninguém sabia a resposta. Ninguém conseguia ver o que estava por trás de tanta sabedoria. Então o homem ordenou que dividissem entre todos e em comunhão a partilha das oferendas.

Os murmúrios de que o mestre da palavra estava insano prosperaram... Ninguém queria acreditar... até que ele ordenou que de Amman viesse um caldeirão cujo uso era para grandes celebrações de casamento.

E ao chegar, ordenou que ralassem os pães e desse cozimento ao peixe, para depois depositá-lo em 600 litros de água dentro do recipiente. Pediu para que as crianças entrassem na relva e colhessem ervas. E foram mais 10 kg de ervas. Ao final havia bastante alimento para todos. O caldo alimentou enquanto a palavra fora compreendida.

E todos se regozijaram... se fartaram em bonança, e permaneceram sem fome até que a hora da partida levaram todos de volta a Amman.

Max Diniz Cruzeiro
LenderBook Company

[Alexandre]

...


Olá Max! bem vindo.

Um conto interessante! Nos dá outra perspectiva do milagre dos pães e peixes.
Mas 600 litros de caldo realmente seriam suficientes para saciar algo em torno de 4.000 pessoas??

Façamos um breve cálculo...

Se um recipiente, (aliás no conto acabaram se esquecendo de citar onde foram conseguido tantos!!!), mas vá lá, se um recipiente comportasse em média 200ml, algo em torno de uma xícara de chá, seriam necessários pelo menos 800 litros de água! e não apenas 600 conforme o conto, e a história (assim como o conto) nos diz que TODOS ficaram saciados não é mesmo?

Pois bem, se considerarmos um cálculo aproximado e não exato poderemos supor que o conto tem lá seu valor, porém ainda resta nos entender o começo do referido conto, quer saber?

Te conto:

...Morávamos em Amman 30 anos antes de Cristo. Tínhamos por hábito participar no primeiro solstício da primavera da tradicional reunião Judaica de Asaph onde coletávamos de todos um pouco de alimento para depois que um ilustre homem da palavra nos abrilhantava com seu conhecimento e dom profético...

O ilustre homem das palavras viveu 30 antes de Cristo?

Mas tudo bem, é aquela velha estória..quem conta um conto...

[Max Diniz Cruzeiro]

Boa tarde amigo,

Eu fiz a conta no "conto de fadas" com base na culinária tradicional, segundo minha pesquisa uma xícara comporta 150g de líquido. Calculei que cada pessoa no local havia consumido em média apenas uma única xícara de caldo.

Utilizei o recurso literário de "conto" como um artifício didático para ilustrar a lógica disposta biblicamente como um paralelo à história oficial, como quem diz: é possível. Se você for comparar as dimensões de uma caixa d'água tradicional, ela possui em média 5.000 litros de capacidade. E não chega a ser um recipiente impossível de se carregar em carroças. Estimei apenas 600 litros como uma métrica básica para um suposto grupo que não queria matar a fome e sim nutrir o corpo que já devia se encontrar em um estado de jejum há um bom tempo.

Fraternalmente,

Max Diniz Cruzeiro

[Alexandre]

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Ok