Lua tem mais água interior do que se pensava até hoje

É fundamental o estudo da astronomia em paralelo com a ufologia: evita-se enganos, e entende-se melhor o substrato das teorias. Este setor do fórum é aberto a questões puramente astronômicas. Debate dentro da metodologia científica - e sem choro.

Moderadores: Euzébio, Alexandre, Britan, Cavaleiro, hsette, eDDy, Moderadores

Avatar do usuário
marcogrilo
Mensagens: 145
Registrado em: 28 Nov 2007, 07:21
Localização: Portugal-Alentejo

Lua tem mais água interior do que se pensava até hoje

Mensagem por marcogrilo »

Nova análise das rochas lunares trazidas pelos astronautas das missões 'Apollo' permitiu fazer a descoberta

Os 12 homens que caminharam sobre a sua superfície encontraram um mundo árido e durante mais de 40 anos pensou-se que a Lua não tinha pinga de água. Era isso que mostrava também o estudo das amostras de rochas trazidas pelos astronautas das missões Apollo. Mas, afinal, não é assim. Há mesmo água nas rochas lunares e talvez também no próprio interior do satélite natural da Terra. O estudo que o indica foi publicado ontem na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

Durante anos, diferentes grupos de cientistas estudaram as amostras trazidas da Lua pelos astronautas americanos de 1969 a 1972, mas as técnicas de análise de que dispunham não permitiram detectar indícios de água. O primeiro sinal positivo só chegou em 2008, quando um grupo de investigadores utilizou uma nova técnica de espectrometria de massa e detectou água em rochas vítreas que estavam entre as amostras.

Agora uma outra equipa, esta do laboratório do Carnegie Institution's Geophysical Laboratory, foi mais longe e vem dizer que há cem vezes mais água naquelas rochas lunares do que se pensava.

A água foi identificada em amostras de apatite e isso pode indicar que haverá também água no interior da Lua.

"É gratificante ver esta prova da existência de água", sublinhou o cientista lunar Bradley Jolliff, citado pela Science Daily. "As concentrações são muito baixas e portanto eram indetectáveis até há pouco, mas a partir de agora podemos começar a pensar nas implicações [desta descoberta] e na origem da água no interior da Lua", adiantou.

A equipa coordenada pelo investigador Francis McCubbin estudou um tipo de amostras lunares ricas em potássio, fósforo, urânio e elementos raros na Terra. Para o fazer, combinou a técnica de espectrometria de massa aplicada em 2008 com um modelo para simular o arrefecimento da Lua durante o qual aqueles materiais cristalizaram. A conclusão é que há ali mais água do que se supunha. Isso indica também que a água já estava presente no magma da Lua quando esta se formou há 4,5 mil milhões de anos e, portanto, deve permanecer alguma lá dentro.
link
quaisquer formas de vida inteligente extraterrestre que possam existir por aí muito provavelmente não chegarão a saber da existências de outras
lulu
Colaborador
Mensagens: 1157
Registrado em: 24 Abr 2005, 10:33
Localização: Estado de São Paulo

Mensagem por lulu »

A medida em que se estuda melhor a Lua, ficamos surpreendidos. A falta d'água já não é um empecilho para uma base lunar. Vejam esta:
21/10/2010 - 18h01
Nasa estipula em 4 bilhões de litros volume de água dentro de cratera lunar


http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/81 ... unar.shtml


DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Em 2009, a Nasa (agência espacial norte-americana) abriu uma cratera lunar em busca de água, mas não sabia exatamente o que encontraria. Agora, novas pesquisas apontam que cerca de 150 litros de gelo e vapor foram liberados durante a experiência.

Nasa fotografa momento em que supermancha solar lança labaredas no espaço
Observação do cometa Hartley 2 esbarra em condições não muito favoráveis no Brasil

À primeira vista, pode não parecer muito --150 litros é o que uma máquina de lavar comum comporta--, mas representa o dobro do volume que os pesquisadores esperavam encontrar.

A descoberta vai contra todo o argumento anterior de que a Lua é seca e um lugar desolado que não contem água. E pode haver mais.

Segundo o chefe da missão da Nasa, Anthony Colaprete, calcula-se que haja 4 bilhões de litros de água na cratera, o que seria suficiente para encher 1.500 piscinas olímpicas.

A estimativa representa apenas o que os cientistas puderam observar depois do impacto do Lcross (Satélite de Sensoriamento e Observação de Cratera Lunar) ao polo sul da Lua, em 9 de outubro do ano passado, para abrir a cratera.

A notícia chega no mesmo ano em que os EUA decidem não mais enviar uma missão tripulada à Lua em 2020 devido à falta de verbas, além de passar as viagens de ônibus espaciais para a iniciativa privada.
Nasa
É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.
Região da Lua atingida por impacto da Nasa, cerca de 20 segundos depois, com destaque para o material ejetado de sua superfície

MAIS ELEMENTOS

A missão envolveu o arremesso, a uma velocidade de 9.000 km/hora, de um foguete vazio contra a cratera Cabeus. Da colisão, surgiu uma enorme nuvem de material do fundo da cratera, que permaneceu intocado pela luz do sol durante bilhões de anos.

Uma segunda nave mergulhou na nuvem de destroços levantada pela colisão e usou instrumentos para analisar sua composição, antes de também atingir a Lua.

O solo lunar é mais rico do que se pensava até agora, com vestígios de prata em meio a uma mistura complexa de elementos e componentes encontrados dentro da cratera.

Além de água, a nuvem continha monóxido de carbono, dióxido de carbono, amônia, sódio, mercúrio e prata.

"Este lugar parece um baú de tesouros de elementos, de compostos que foram liberados por toda a lua, e pararam neste local, em permanente escuridão", afirmou o geólogo da Brown University, Peter Schultz, chefe das pesquisas que serão publicadas na revista "Science".

As primeiras descobertas do experimento da Nasa foram divulgadas em novembro de 2009, mesma época em que foi anunciada a descoberta de uma "quantidade significativa" de água congelada na Lua.
O futuro está no desenvolvimento da ciência!