HyperDriver - Motor de Dobra - Sera possivel ?

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EDurval
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HyperDriver - Motor de Dobra - Sera possivel ?

Mensagem por EDurval »

Não vi essa informação no Forum do Vigilia por isso estou postando a mesma aqui:

Link Original:
http://www.trekbrasilis.net/forum/viewtopic.php?t=6416

Deu no site Scotsman.com

Aqui faço a tradução que é no mínimo interessante e se for verdadeira será a revolução que tanto os fãs de Jornada quanto os amantes das viagens espaciais esperam.
Interessante que é um alemão que poderá ser o pai do motor de dobra (vamos batizá-lo assim), assim como foi no início das viagens espaciais tanto da URSS quanto dos EUA.
O Zefram poderá estar na Alemanha e não em Montana.
Será que veremos a ficção se tornar realidade em menos tempo do que imaginamos?
Será que a idéia de Gene sobre motor de dobra não era descabida?
Leia.

Bem Vindo ao Expresso Marte: uma viagem de três horas.

Uma extratordinária máquina de "hiperespaço" que poderia fazer das viagens interestelares uma realidade por voar dentro de outras dimensões está sendo investigada pelo Governo dos EUA.
O hipotético dispositivo, o qual tem estado em esboço, a princípio, é baseado numa teoria controversa sobre a origem do universo que poderia potencialmente permitir uma nave viajar para Marte em três horas e uma jornada para uma estrela a 11 anos-luz de distância em apenas 80 dias, de acordo com uma reportagem da revista New Scientist magazine.

A máquina hipotética trabalha criando intensos campos magnéticos que, de acordo com as idéias primeiramente desenvolvidas pelo cientista Burkhard Heim nos anos 50, produziria um campo gravitacional e resultando em um empuxo para a espaçonave.

Também, se um grande campo magnético fosse criado, a nave escorregaria para dentro de diferentes dimensões, onde a velocidade da luz é mais “rápida”, permitindo velocidades incríveis a serem alcançadas. Desligando o campo magnético resultaria no reaparecimento da máquina na nossa atual dimensão.

A Força Aérea americana expressou um interesse na idéia. Também cientistas que estão trabalhando para o Departamento de Energia americano, que tem um dispositivo conhecido como maquina Z (seria de Zefran?) que poderia gerar a quantidade de campo magnético requerido pela máquina hipotética, dizem que eles podem conduzir um teste se a teoria for bem sucedida a um estudo detalhado.

O professor Jochem Hauser, um dos cientistas que puseram a idéia à frente, disse ao site que se tudo for adiante, uma máquina poderia ser testada em cerca de 05 anos.

Contudo, o professor Hauser, um físico de Ciências Aplicadas da Universidade de Salzgitter, Alemanha, e chefe de aerodinâmica da ESA (Agência Espacial Européia), avisou que a máquina foi baseada numa teoria altamente controversa que requereria uma significante mudança do corrente pensamento das Leis da Física.

“Seria surpreendente. Eu tenho estado trabalhando em sistemas de propulsão por muito tempo e seria coisa mais surpreendente. Os benefícios seriam quase ilimitados. Mas isto não está acessível, nós primeiro temos de provar que a ciência básica (da teoria) está correta e há um grande número de físicos que têm opiniões diferentes. Este é o nosso trabalho, provar que nós estamos certos e estamos trabalhando para isso”, finalizou confiante o cientista alemão.

Ele disse que a máquina seria capaz de fazer espaçonaves viajarem a diferentes sistemas solares, “Se a teoria estiver correta, então isso não será mais ficção científica, será ciência de fato”.

Acrescentando o professor, “A NASA contatou-me e na próxima semana estarei indo ver alguém da Força Aérea conversar sobre o assunto, mas isso está apenas no estágio inicial. Acho que o cenário mais plausível seria dentro dos próximos 05 anos (para construir um dispositivo de teste), se a tecnologia trabalhar para isso”.

A atenção das autoridades americanas para o Professor Hauser e seu colega australiano Droscher foi devido a um artigo chamado “Guia para um dispositivo de propulsão espacial baseado na teoria de quantum de Heim”.

Confesso que não li o artigo todo da revista, mas para quem quer dar uma olhada detalhada aqui está, em inglês claro.

Link da Revista
http://www.newscientist.com/channel/fun ... 1.200.html
hsette
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Mensagem por hsette »

Boas novas, ...
Seria ótimo se tal mecanismo se mostrar viável. Enviar sondas para outros sistemas solares, superando as limitações de tempo e espaço envolvidas, nos forneceriam informações infinitamente melhores do que as obtidas pelos métodos observacionais tradicionais.
Sou muito otimista a respeito do desenvolvimento de alguma tecnologia que o permita.
Particularmente, até hoje tenho apostado minhas esperanças numa compreensão mais aprofundada da força gravitacional, de modo a ser possível manipulá-la de modo a driblar as grandes distâncias.
Vou baixar a matéria e traduzi-la para disponibiliza-la aqui no Fórum.
lulu
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Mensagem por lulu »

Sempre achei que é por aí. Vejam meu tópico sobre a propulsão Eletrokinetic. Talvez seja esse o método. O problema é que não temos fonte de energia nem materiais capazes de gerarem campos de energia estática tão grandes quanto o que se observa nos ufos.

A visão de um ufo manobrando na alta atmosfera (filmagens da Nasa nas famosas missões STS-48, etc), convenceu-me definitivamente que se a propulsão Eletrokinetic não for a razão de tal desenvoltura, certamente é outra coisa parecida.

Volto a dizer: os ufos não viajam milhares de anos para chegarem até aqui mas alguns dias no máximo. Eles também não provêem do sistema solar, então, certamente vem de muitos anos-luz de distância. Que sistema de propulsão poderia impulsionar tal máquina? Certamente não são foquetes, nem velas espaciais e nem mesmo motores iônicos, mas algo baseado em campos de força que não expele matéria e distorce o espaço-tempo para criar o efeito necessário às ultra-velocidades. :P
Editado pela última vez por lulu em 20 Jan 2006, 07:27, em um total de 1 vez.
O futuro está no desenvolvimento da ciência!
Britan
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Mensagem por Britan »

Outra possibilidade é exisitirem "corredores" espaciais, auto estradas no espaço que dobrem o tempo, assim apenas precisavam de naves apenas "rápidas" essa possibilidade é levantada no livro/ filme "O contacto" do Sagan, vale a pena dar uma vista de olhos.
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hsette
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Mensagem por hsette »

O texto é bastante grande, mas acho que vale a pena. O texto é interessante e a fonte super bem conceituada. Por isso vou dividi-lo em partes.
Antes, um pouco sobre o autor da idéia original:

NewScientist: www.newscientist.com/home.ns

Quem é Burkhard Heim?
Burkhard Heim teve uma vida extraordinária. Nascido em 1925 em Potsdam, Alemanha, aos 6 anos de idade ele decidiu tornar-se um cientista dedicado aos foguetes. Ele desenvolvia seus projetos de forma secreta. E no porão da casa de seus pais, ele fazia experiências com potentes explosivos.
Por volta do fim da Segunda Guerra Mundial, ele trabalhou como desenvolvedor de explosivos, e um acidente em 1944 um dispositivo explodiu em suas mãos, deixando-o fisicamente deficiente. Ele perdeu ambos os antebraços e 90% de sua audição e visão.
Depois da guerra, ele iniciou seus estudos em Física na Universidade de Göttingen.
A idéia de propelente para naves espaciais usando conceitos da mecânica quântica ao invés dos métodos tradicionais surgiu de seus estudos visando à tão sonhada unificação entre mecânica quântica e relatividade geral. Seus esforços nesse sentido foram sobre-humanos. Desde 1948, seus pais se tornaram os seus sentidos perdidos, lendo para ele textos científicos e transcrevendo seus cálculos para o papel. Com o tempo, ele desenvolveu uma memória prodigiosa.
Defensores da teoria de Heim afirmam que ela seria a solução final para os grandes desafios da física moderna. Eles afirmam que ela unifica a Mecânica Quântica e a Relatividade Geral, pode predizer a massa dos blocos fundamentais constituintes da matéria, e pode até mesmo explicar o estado do Universo quando do big bang, a 13,7 bilhões de anos atrás.


1ª. Parte
New Scientist:
Pegue um atalho com o Hyperspace
18 de Janeiro de 2006

Todo ano, o Instituto Americano de Aeronáutica e Astronáutica premia os melhores papers apresentados em sua conferência anual. O vencedor do ano passado, em 2005, na categoria “tecnologia nuclear e vôos no futuro” foi para um paper que propõe testes experimentais de um tipo de engenho surpreendente. Trata-se do “Hyperdrive Motor” que visa a impulsionar uma nave através de uma outra dimensão com uma velocidade enorme. Ele poderia deixar a Terra após o almoço e chegar à Lua a tempo para o jantar. Porém, há uma complicação: a idéia apóia-se num ainda obscuro e não reconhecido tipo de Física. Poderia isso ser levado a sério?
O AIAA não está preocupado. E mais, militares norte-americanos já mostraram interesse pelo conceito do “Hyperdrive”, e um pesquisador do Laboratório Sandia, do Departamento de Energia dos EUA, Roger Lenard, disse que estaria interessado em testar a idéia.
Se o experimento for levado adiante e funcionar a contento, ele poderá revelar novas interações entre as forças fundamentais da natureza que mudariam o futuro das viagens espaciais. Esqueça os 6 meses ou mais dentro de um foguete para Marte, com o “Hyperdrive” levar-se-ia menos de 5 horas. Todas as nossas preocupações com fadiga muscular dos astronautas ou danos irreparáveis aos seus DNAs por exposição prolongada à radiação cósmica desapareceriam da noite para o dia. Além do mais, nos permitiria alcançar as estrelas pela primeira vez. Mas teria mesmo fundamento a idéia do “Hyperdrive”?
A resposta para esta questão pode estar no trabalho de um pouco conhecido físico alemão. Burkhard Heim começou a estudar o conceito do “Hyperdrive” nos anos 50 como base para suas tentativas de solucionar o talvez maior desafio da física: o fosso que separa a Mecânica Quântica e a Teoria da Relatividade Geral.
A teoria quântica descreve com maestria o mundo subatômico - átomos, elétrons e partículas elementares –, abarcando as forças subatômicas forte e fraca e o eletromagnetismo, enquanto a relatividade geral lida com a gravidade.
A relatividade geral introduz o conceito de espaço-tempo: ele possui quatro dimensões correlacionadas – três de espaço e uma de tempo. Na formulação de Einstein, a força gravitacional é resultante da deformação do espaço-tempo em função da presença de corpos massivos.
No início dos anos 50, Heim tentou reescrever as equações da relatividade geral dentro de um modelo quântico. Ele reteve a idéia de Einstein de que a força gravitacional emerge das dimensões de espaço e tempo, mas sugeriu que todas as outras forças fundamentais, incluindo o eletromagnetismo, devem emergir de um diferente grupo de dimensões. Originalmente, ele trabalhou com a hipótese de quatro extra dimensões, mas descartou duas delas por acreditar que elas não produziriam nenhuma força, estabelecendo então a adição de um novo bidimensional "sub-espaço"
hsette
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Mensagem por hsette »

2ª. Parte
New Scientist
Pegue um atalho com o Hyperspace
18 de Janeiro de 2006
No universo em seis dimensões de Heim, as forças gravitacional e eletromagnética trabalhariam de forma emparelhada. No nosso familiar mundo quadridimensional, nós podemos ver a ligação entre estas duas forças através do comportamento de partículas fundamentais como o eletron. Os eletrons possuem massa e carga. Quando um eletron se move sob o efeito da gravidade ele cria um campo magnético. E se você usar um campo eletromagnético para acelerar um eletron você move o campo gravitacional associado com sua massa. Mas nas quatro dimensões que nós conhecemos, você não pode mudar a intensidade da gravidade fazendo girar o campo eletromagnético.
No modelo de espaço-tempo de Heim, esta limitação desaparece. Ele afirma que é possível converter energia eletromagnética em gravitacional e vice-e-versa, e especula que a rotação de um campo magnético poderia reduzir a influência da gravidade sobre uma nave espacial.
Quando apresentou suas idéias ao público em 1957, ele tornou-se uma celebridade instatanea. Wernher von Braun, que à época liderava o programa Saturno que mais tarde levou o homem à Lua, aproximou-se de Heim buscando sua opinião sobre o custo-benefício dos propelentes utilizados pelos foguetes Saturno. E numa carta datada de 1964, o teórico relativista alemao Pascual Jordan, que trabalhara com Max Born e Werner Heisenberg e era membro do Comitê do Premio Nobel, disse a Heim que seu plano era tão importante "que o sucesso esperimental de suas idéias iriam sem dúvida levá-lo ao Prêmio Nobel".
Além de avesso ao contato social, Heim nunca aprendeu Inglês porque ele não queria que seu trabalho saísse de seu país. Como resultado, pouquíssimas pessoas tomaram conhecimento de seu trabalho e ninguém disponibilizou os fundos necessários para desenvolver as pesquisas necessarias. Em 1958 a Companhia Aeroespacial Bölkow ofereceu algum dinheiro, mas não o suficiente para o experimento proposto.
Enquanto Heim esperava por mais verba, o diretor da Companhia, Ludwig Bölkow, encorajou-o a aprimorar sua teoria. Heim dedicou-se a isso, e um dos resultados foi um teorema que leva a uma serie de fórmulas para calcular a massa das partículas fundamentais – várias teorias convencionais já haviam falhado em alcançar este objetivo. Ele publicou este trabalho em 1977 no Jornal do Instituto Max Planck, o qual foi seu único peer-reviewed paper, num estilo de difícil compreensão, que poucos físicos admitiram entender.
Ainda assim, o teorema provou-se surpreendentemente e extremamente poderoso. O famoso Modelo Padrão da Física, que é consensualmente aceito como a melhor teoria sobre as partículas elementares é incapaz de predizer a massa das partículas. Mesmo os melhores modelos obtêm estimativas entre 1% e 10% dos valores experimentais.
Em 1982, quando pesquisadores do Centro de Pesquisas German Electron Synchrotron em Hamburgo executaram o teorema da Massa de Heim num programa de computador, os resultados foram compativeis com os valores medidos por experimentos, com uma margem de erro mínima. Dois anos após a morte de Heim em 2001, seu colaborador Illobrand von Ludwiger fez os mesmos cálculos usando um valor mais acurado para a constante gravitacional. "Os valores para as massas foram ainda mais precisos", disse ele.
hsette
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Mensagem por hsette »

3ª. Parte - Final
New Scientist
Pegue um atalho com o Hyperspace
Após publicar sua fórmula das massas das partículas, Heim deixou de lado as idéias sobre os conceitos da propulsão “Hyperdrive”, não mais voltando ao assunto. Ao invés disso, em função das demandas por maiores informações sobre a teoria da predição das massas das partículas, ele dedicou todo o seu tempo detalhando suas idéias sobre isso em três livros publicados na Alemanha. Foi apenas em 1980, quando o primeiro de seus livros chamou a atenção de um oficial militar aposentado austríaco, Walter Dröscher, que a propulsão baseada no conceito do “Hyperspace” voltou à baila. Dröscher produziu uma versão aprimorada das idéias de Heim, ressuscitando as dimensões que ele originalmente havia descartado. O resultado ficou conhecido como "Espaço Heim-Dröscher", uma descrição matemática de um Universo em oito dimensões.
A partir deste modelo, Dröscher defende que se podem derivar as quatro forças conhecidas: a gravitacional, a eletromagnética, a força forte e a força fraca (as duas últimas atuando a nível subatômico). Mas foi além, postulando mais outras duas forças fundamentais. Elas seriam, segundo Dröscher, aparentadas com a força gravitacional que nos é familiar: uma seria anti-gravitacional, repulsiva, similar à que se atribui pelo efeito da energia escura que estaria causando a expansão acelerada do Universo.
E uma outra que possivelmente poderia ser usada para acelerar uma espaço-nave sem a necessidade de combustíveis. Esta força seria resultante da interação entre a quinta e a sexta dimensões de Heim e uma das dimensões extras introduzida por Dröscher. Esta interação produziria pares de “grávitonfótons", partículas que fariam a interconversão entre as energias eletromagnética e gravitacional. Dröscher trabalhou com Jochem Häuser, um físico e professor de Ciência da Computação da Universidade de Ciências Aplicadas de Salzgitter, na Alemanha, para transformar o modelo teórico em uma proposta para um teste experimental. O paper que eles produziram, "Diretrizes Para Um Dispositivo de Propulsão Aeroespacial Baseado nos Estudos Quânticos de Heim”, é o que venceu o premio do AIAA no ano passado.
A proposta da possibilidade de "redução gravitacional" ou "anti-gravidade" induzida por campos magnéticos já foram investigados pela NASA antes (New Scientist, 12 January 2002, p 24). Mas este novo sistema é diferente. "Nossa teoria não é sobre anti-gravidade. É sobre novos campos com novas propriedades". E ele e Häuser sugeriram um experimento para prová-lo.
O experimento irá requerer um gigantesco anel rotante disposto em torno de uma bobina superconductora de modo a criar um intenso campo magnético. Ele sustenta que como resultado, a força gravitacional do anel seria reduzida a ponto de fazê-lo flutuar livremente. E Dröscher e Häuser vão além. Com o aumento da rotação do anel e um campo magnético ainda mais intenso, grávitonfótons interagiriam com a gravidade convencional de modo a produzir uma força gravitacional repulsiva.
Dröscher é pouco claro sobre os detalhes, mas ele sugere que a nave espacial adaptado com uma bobina e um anel poderiam ser impulsionados por um hiperespaço multidimensional. Nessa situação, as constantes da natureza poderiam ser diferentes, e talvez a velocidade da luz poderia ser várias vezes mais rápida do que aquela que nós conhecemos.
Seria tudo isto uma tolice fantástica ou uma revolução a caminho? A maioria dos físicos nunca ouviu falar da teoria de Heim, e a maioria dos que foram contactados pela New Scientist disseram que não tinham como emitir um juízo das descrições de Dröscher e Häuser.
Seguidores da teoria de Heim têm trabalhado arduamente de forma independente dos trabalhos de Dröscher, disse Markus Pössel, físico teórico do Instituto Max Planck para Física Gravitacional, em Potsdam, Alemanha. Há muitos anos atrás, quando ele ainda era um estudante universitário na Universidade de Hamburgo, ele estudou cuidadosamente a teoria de Heim. Ele disse que achou tudo muito incompreensível, e difícil de vincular com a física moderna. "O que é preciso agora é uma introdução passo-a-passo, tomando como ponto de partida o conceitos físicos da atualidade".
O consenso geral parece ser de que a teoria de Dröscher e Häuser é incompleta, na melhor das hipóteses, e difícil de ser seguida.
No momento, a principal razão para considerar com seriedade a proposta é o reconhecidamente surpreendente fato de a teoria de Heim predizer com grande sucesso a massa das partículas fundamentais.
"Até onde vai minha compreensão, a teoria de Heim é engenhosa", diz Hans Theodor Auerbach, um físico teórico do Instituto Federal de Tecnologia da Suíça, o qual já trabalhou com Heim. "Eu penso que os físicos acabarão por seguir nessa direção no futuro".
Em seu presente design, o experimento de Dröscher e Häuser requer uma bobina magnética de muitos metros de diâmetro capaz de sustentar uma enorme densidade de corrente elétrica. A maioria dos engenheiros diz que isto não é viável com os materiais e tecnologias disponíveis atualmente, mas Roger Lenard, um pesquisador de propulsão espacial do Laboratório Nacional Sandia no Novo México acha que talvez seja possível.
O Laboratório Sandia opera um gerador de Raio-X conhecido como Máquina Z que "provavelmente poderia gerar as condições necessárias para o experimento".
Por ora, no entanto, Lenard considera a teoria ainda pouco sólida para convencer o Sandia a fazer o uso da Máquina Z. "Eu me empenharei em fazer o Sandia se interessar pelo experimento a partir do momento em que obtiver um entendimento mais claro sobre a matemática envolvida em torno do experimento proposto", ele diz. "Mesmo que os resultados experimentais fossem negativos, na minha opinião pessoal é um experimento justificável".
Britan
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Mensagem por Britan »

Muito Hsette o tipo de coisas que dá gosto ler, cá ficamos á espera que se prove a teoria de Heim, o universo multi dimensional e a maneira como o abordamos pode ser um chave importante no futuro, agora, nada como passar á prática, ou será que já não passaram?
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EDurval
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Mensagem por EDurval »

lulu escreveu:Sempre achei que é por aí. Vejam meu tópico sobre a propulsão Eletrokinetic. Talvez seja esse o método. O problema é que não temos fonte de energia nem materiais capazes de gerarem campos de energia estática tão grandes quanto o que se observa no ufos.
Lulu compartlho da sua ideia, mais gostaria de lhe informar que esta sendo feito pesquisas com, antimateria inclussive com uma forma de armazenamento, se isso for realmente possivel e tivermos essa tecnologia, a fonte de energia para nosso motor de dobra estara completo, restando resolver o problema da navegação, pois imagine a dificuldade dos calculos para se calcular um hiper-jump sem ser atraido por um Sol ou Planeta.

Tenhamos Fê e Imaginação pois disso é feito o futuro!!!
Britan
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Mensagem por Britan »

A se conseguir a tecnologia o "salto" requer uma precisão fantástica o risco de saltar e calhar em cima de um asteroide ou planeta é enorme


ps: eu não tenho fé, acredito é que as coisas acontecem :wink:
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Euzébio
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Mensagem por Euzébio »

Fixei o tópico, excelente notícia!

:wink:
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fah
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Mensagem por fah »

A Propulsão de Dobra

Primeiramente, uma breve discussão sobre o objetivo da propulsão de dobra: a viagem a velocidades acima da velocidade da luz. Existem dois problemas distintos a serem resolvidos:

A Teoria da Relatividade Especial prevê (e isto já foi verificada por vários experimentos em aceleradores de partículas) que será necessária uma quantidade infinita de energia para acelerar um objeto até a velocidade da luz, e que não é possível ultrapassar este limite da velocidade da luz.

Em um universo relativístico, se você pode viajar de um ponto A até B a uma velocidade superior a da luz, utilizando para tanto uma alternativa qualquer, você viajaria para trás, no tempo em alguns referenciais. Portanto, você poderia, por exemplo, enviar uma i.mensagem para você mesmo antes que você partisse na sua viagem e criaria um paradoxo insolúvel.

Pode-se pensar em várias maneiras de como a propulsão de dobra funcionaria, dentre elas pode-se citar:

Supor que o espaço fosse feito de ondas, e se viajaria de uma crista até outra

Aproximar os pontos no espaço

Modificar a velocidade da luz ao redor da nave *

Reduzir a massa da nave a zero, e portanto ela pode atingir qualquer velocidade **

Abandonar o nosso universo, e viajar em um universo paralelo

Entrar no subespaço, e viajar com uma "bolha" do espaço real junto.

Comprimir o espaço em torno da nave para tornar as distâncias mais curtas

Todas estas alternativas procuram solucionar o primeiro problema e ignoram o segundo. Nenhuma delas são compatíveis com a evidência que temos nas séries ou no Manual Técnico, que é: o efeito de se estar viajando a velocidades superiores à da luz é criado por campos do subespaço unidos que se repelem para gerar velocidades superiores à da luz.

Ainda, sem adicionar-se nenhuma condição, cada uma dessas alternativas pode levar à violação da casualidade, o que significa que toda vez a que se utilizar a propulsão de dobra estaria viajando-se no tempo, em algum referencial. ( Isto pode ser melhor entendido pelo FAQ "Relativity and FTL" de Jason Hinson. )

As naves em velocidade de dobra interagem com os objetos do espaço normal, uma das razões para a existência do defletor de navegação. Os objetos em velocidade de dobra necessitam de um campo do subespaço para atingi-la e mantê-la, e para tanto é necessário uma enorme quantia de energia. Quando o campo do subespaço se deteriora, a nave abandona a velocidade de dobra e retorna a uma velocidade inferior à velocidade da luz.

* Pode-se construir um espaço com geometria hiperbólica entre a origem e o destino de dois pontos, assim pode-se viajar a velocidades superiores à da luz sem ocorrer a violação da casualidade apontada por Jason Hinson. Entretanto, isto implica em se fazer mudanças no espaço-tempo ao longo de todo o percurso da viajem antes que se inicie, e não parece ser possível construir este percurso mais rápido que c ( velocidade da luz ), então seria necessário fazê-lo de antemão. Isto obviamente não é o que se usa em Star Trek.

** Um campo do subespaço reduz a massa inercial de um objetivo contido nele, ou seja, ele parece mais leve. Mas o campo não reduz a massa a zero, e muito menos isso iriam possibilitar que se viajasse a velocidades superiores à da luz, porque partículas sem massa no nosso universo são restritas a movimentos no máximo à velocidade da luz. Portanto, esse efeito do subespaço não pode ser considerado para viagens em velocidade de dobra, mas é utilizado para os motores de impulso reduzindo a massa a ser acelerada.
Como a velocidade de dobra funciona?

Um poderoso campo do subespaço não-simétrico é instituído em torno da nave pelos motores de dobra. O campo é composto de camadas enlaçadas, uma empurrando a outra. Isto impulsiona a nave à frente, a velocidades superiores à velocidade da luz.

Os motores são movidos por um fluxo de plasma regulado proveniente do núcleo do Reator de Matéria/Anti-matéria. Injetores fornecem o plasma para os segmentos da bobina do campo de dobra em instantes específicos, provocando pulsos que varrem o motor em seu comprimento da frente para trás. Este fluxo peristáltico faz com que os campos de dobra sejam empurrados, e move a nave para frente.

O campo de dobra em volta da nave é uma bolha de dois lóbulos, com o centro na Engenharia Principal da nave. A forma da nave determina a eficiência do campo, e isso, explica porque a Enterprise possui aquele formato.

Ao mesmo tempo, o campo do subespaço reduz massa inercial da nave, auxiliando na manobrabilidade. De fato, um pequeno campo do subespaço é mantido em torno da nave enquanto está em velocidades de impulso, assim os motores de impulso têm que empurrar menos massa. Entretanto, este é apenas um efeito "colateral" e não é o mecanismo que proporciona as viagens a velocidades superiores à da luz.
Como o motor de dobra faz tudo isso?

Infelizmente não há uma resposta definitiva para tanto. Há a possibilidade de que o campo do subespaço force a nave a assumir o referencial do próprio subespaço, o qual é, um referencial especial, que foge aos limites da Relatividade Especial.

Mas, esta ainda não é a explicação de como o motor funciona. O Manual Técnico sugere que os campos enlaçados se acoplam e desacoplam a velocidades bem próximas a (mas menores que) c. É possível que a interação destes campos, combinada com o referencial especial que o subespaço fornece, faça com que a nave como um todo viaje a velocidades superiores à da luz.

Se dois campos entrelaçados possuem suas bordas externas " presas " ao referencial especial, enquanto que as bordas internas viajam a velocidades próximas a c relativamente uma a outra, isto deve causar o efeito de se estar viajando a velocidades superiores à da luz, em função do referencial especial. Esta explicação possui a ajuda de ser quase exatamente o que o Manual Técnico descreve, contudo ele não menciona o referencial especial.

Como isto tornaria a estória um tanto quanto entediada, é pouco provável que nós venhamos saber como o motor de dobra funciona em Star Trek.
O que impede a nave de acelerar e ir cada vez mais rápido?

A velocidade de dobra é não-Newtoniana. Sem a constante inserção de energia, o campo do subespaço se deteriora, e a nave sairá da velocidade de dobra. Em outras palavras, deve-se fornecer energia continuamente para se manter em velocidade de dobra.

Qualquer coisa que viaje à velocidades superiores à da luz deve usar um campo de dobra ( ou outra tecnologia ) para se manter nestas velocidades.
E o "arrasto do contínuo"?

Esta foi uma idéia proposta em um passado esquecido para que o problema acima fosse explicado. Contudo, não há necessidade para tanto pois não estamos lidando com sistemas Newtonianos ação/reação, força/aceleração, trata-se de mecânica relativística.
Como a seção disco viaja a velocidades de dobra (em Encounter at Fairpoint [TNG]) ?

O Manual Técnico diz que os geradores de campos do subespaços acoplado aos motores de impulso podem ser usados para se manter um campo do subespaço em deterioração por curtos períodos. A deterioração é inevitável, mas ela pode ser prolongada de modo a permitir que a seção disco saia de perigo.

Através da saturação do reatores ( de acordo Force of Nature [TNG] ), depois de 6 segundos em dobra máxima a Enterprise pode "navegar" em velocidade de dobra por 2 minutos e 8 segundos. Esta é uma maneira de viajar em velocidade de dobra sem um motor de dobra, apesar de, não se consegui mantê-la por muito tempo.

Isto é semelhante a como os torpedos de fótons podem ser usados em velocidades de dobra. .Eles possuem pequenos motores de "sustentação de dobra" que permitem que eles viajem à velocidade de lançamento (se lançados em velocidade de dobra por curtos períodos.
O que é este novo limite de velocidade de dobra 5?

Em "Force of Nature [TNG]" é descoberto que dentro do Corredor de Hekaras, uma região do espaço onde o uso de velocidade de dobra é obstruído exceto em caminho estreito, o uso intenso de motores de dobra em uma área sensível pode, com o tempo, provocar uma ruptura no subespaço, e ele se manifestaria no espaço real em uma escala macroscópica. E isto não é uma coisa boa.


fonte: DIVISÃO DE CIÊNCIA FEDERAÇÃO DA FROTA ESTELAR DE SÃO PAULO (http://www.ffesp.com/dcffesp/art_inte/dobra.htm)
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APODman
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A Z Machine do Sandia National Laboratories

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hsette escreveu: Seguidores da teoria de Heim têm trabalhado arduamente de forma independente dos trabalhos de Dröscher, disse Markus Pössel, físico teórico do Instituto Max Planck para Física Gravitacional, em Potsdam, Alemanha. Há muitos anos atrás, quando ele ainda era um estudante universitário na Universidade de Hamburgo, ele estudou cuidadosamente a teoria de Heim. Ele disse que achou tudo muito incompreensível, e difícil de vincular com a física moderna. "O que é preciso agora é uma introdução passo-a-passo, tomando como ponto de partida o conceitos físicos da atualidade".
O consenso geral parece ser de que a teoria de Dröscher e Häuser é incompleta, na melhor das hipóteses, e difícil de ser seguida.
No momento, a principal razão para considerar com seriedade a proposta é o reconhecidamente surpreendente fato de a teoria de Heim predizer com grande sucesso a massa das partículas fundamentais.
"Até onde vai minha compreensão, a teoria de Heim é engenhosa", diz Hans Theodor Auerbach, um físico teórico do Instituto Federal de Tecnologia da Suíça, o qual já trabalhou com Heim. "Eu penso que os físicos acabarão por seguir nessa direção no futuro".
Em seu presente design, o experimento de Dröscher e Häuser requer uma bobina magnética de muitos metros de diâmetro capaz de sustentar uma enorme densidade de corrente elétrica. A maioria dos engenheiros diz que isto não é viável com os materiais e tecnologias disponíveis atualmente, mas Roger Lenard, um pesquisador de propulsão espacial do Laboratório Nacional Sandia no Novo México acha que talvez seja possível.
O Laboratório Sandia opera um gerador de Raio-X conhecido como Máquina Z que "provavelmente poderia gerar as condições necessárias para o experimento".
Por ora, no entanto, Lenard considera a teoria ainda pouco sólida para convencer o Sandia a fazer o uso da Máquina Z. "Eu me empenharei em fazer o Sandia se interessar pelo experimento a partir do momento em que obtiver um entendimento mais claro sobre a matemática envolvida em torno do experimento proposto", ele diz. "Mesmo que os resultados experimentais fossem negativos, na minha opinião pessoal é um experimento justificável".

Pois é calma ai gente o próprio Hauser admite:
“Seria surpreendente. Eu tenho estado trabalhando em sistemas de propulsão por muito tempo e seria coisa mais surpreendente. Os benefícios seriam quase ilimitados. Mas isto não está acessível, nós primeiro temos de provar que a ciência básica (da teoria) está correta e há um grande número de físicos que têm opiniões diferentes. Este é o nosso trabalho, provar que nós estamos certos e estamos trabalhando para isso”, finalizou confiante o cientista alemão.

Isto é ciência: Afirma ? Acha possível ? PROVE


Se esta estória não der em nada aposto que surgirão os que dirão que na verdade deu certo mas a tecncologia foi escondida, etc.


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Euzébio
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