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Um Modus Operandi para os ataques(?) da Operação Prato

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A situação social daquelas pequenas cidades foi descrita no relatório militar como de histeria coletiva. “Os moradores, impressionados pelo aparecimento das misteriosas LUZES de origem desconhecida, não dormem, não pescam (…) e sobretudo debilitam-se na bebida (…) gastando seus parcos rescursos em fogos e bebidas (…) são acesas fogueiras, fazem procissão (…) fogos e tiros são constantemente disparados como que para assustar o ‘inimigo'”.

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O relatório frisa que: “Das pessoas atingidas, muito embora algumas divergências quanto a cor do “foco de luz”, os sintomas descritos são muito coicidentes para ser negada evidência”. Mas afinal quais foram exatamente estes sintomas? Pode ser reconhecido um ‘modus operandi’ comum na descrição das supostas vítimas registradas nos relatórios militares?

Os relatos dos sintomas físicos das vítimas podem ser observados no segundo documento PDF digitalizado a partir dos relatórios oficiais da Operação Prato (relatório número 1), publicado pela Revista UFO. Neste documento podem ser identificados 18 testemunhos (cujos resumos estão anexados ao final deste artigo) de populares supostamente atacados pelo fenômeno. Todos eles relataram sintomas físicos durante e/ou após o suposto ataque. Os dados são os seguintes:

NO MOMENTODEPOIS
QUANTO A CARACTERÍSTICA DAS LUZES
luz amarela2
luz verde2
luz azul5
feixe vermelho5
luz penetrando as telhas3
QUANTO AOS SINTOMAS INSTANTÂNEOS
paralisia num hemicorpo73
paralisia (não especificada)41
entorpecimento/amortecimento geral5
amortecimento local21
imobilidade2
choque elétrico4
tremor2
calafrio2
perda da voz2
semi-inconsciência2
QUANTO AO LOCAL ATACADO
vindo dos pés (choque/tremor/calafrio)4
dos ombros para cabeça (lado D)2
seio esquerdo1
face interna da coxa direita21
QUANTO AOS SINTOMAS TARDIOS (DIAS DEPOIS)
cefaléia (dos de cabeça)6
rouquidão6
fraqueza1
dor na nuca1

Pode-se observar que dos 18 relatos, 17 refereriram observar ou ser atacados por uma luz, sendo que metade descreveu um feixe de luz vermelho. Os feixes azuis foram referidos 4 vezes como lampejos, como que lanternas “procurando por algo”. Número considerável das vítimas (7) referiu amortecimento ou paralisia de metade do corpo, em especial a metade atingida pelo feixe de luz, sendo que 3 delas referiram que essa sensação manteve-se mesmo depois do ataque (até dias depois). Outras vítimas (5) referiram amortecimento geral, em alguns casos (2) com semi inconsciência. Há 3 referências de amortecimento no local atacado, 1 delas tardia. 4 vítimas referem sensação de choque elétrico durante o ataque, enquanto 2 referiram tremor e 2 calafrios. 2 deles referem ter perdido a voz (que parece ter ficado “presa na garganta”). É interessante observar que 4 vítimas referiram que a sensação (de choque, calafrio ou tremor) vinha subindo dos pés para a cabeça, enquanto que 2 sentiram o mesmo se propagando dos ombros para a cabeça. 1 vítima foi ataca no seio esquerdo, 2 na face interna da coxa direita. Tardiamente, 6 vítimas referiram sentir (até mesmo dias depois) cefaléia (dor de cabeça) e rouquidão. 1 referiu fraqueza e 1 dor na nuca.

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Quatro pacientes foram tratados pela Dra. Wellaide Cecin, médica do posto de saúde local à época. Ela foi entrevista na época pelos militares, e seu depoimento também está registrado no documento já citado. Na época ela relatou ter sido procurada por quatro pessoas atingidas por um foco de luz de origem desconhecida. Todas apresentavam marcas de microperfurações com queimaduras de primeiro grau, em locais diferentes – aparentemente com relação ao sexo: os três homens aparesentavam marcas no pescoço, próximas a jugular, e a única mulher no seio.

Na época a Dra. observou que as supostas vítimas descreviam ter sentido (ou ainda sentirem) parestesia (amortecimento parcial ou dormência) no corpo todo. Seria normal, num caso de crise nervosa – e todas chegaram em estado de crise nervosa – que as extremidades (pés e mãos) sofressem alguma parestesia, mas não o corpo todo.

As supostas vítimas também teriam descrito tremores generalizados, cefaléia (dor de cabeça) e astenia (fraqueza generalizada) de forma tardia (depois do ataque). Estes sintomas sim, fazem parte do quadro clínico tardio normal de uma crise nervosa. Porém, ainda a Dra. Wellaide relatou aos militares que alguns dos sinais que ela observou sugeriam talvez alterações anêmicas (é importante ressaltar que isso não foi verificado por exames laboratoriais, mas apenas clínicos – por observação).

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Recentemente a Dra. Wellaide deu uma entrevista ao Jornal O Liberal, do Pará (o mesmo que publicou as matérias originais do caso ainda na década de 70), onde ela revelou que após 60 dias de ocorrências diárias, mais de 120 casos passaram por suas mãos. “Quem teve contato com as primeiras pessoas ‘agredidas’ pelo fenômeno chupa-chupa fui eu. Apesar de na época ter 22 anos de idade e de ser extremamente cética, comecei a perceber alterações inexplicáveis para a medicina. As queimaduras na pele das vítimas eram geralmente no pescoço e no hemitórax, acompanhadas de dois pequenos furos paralelos, como se fossem mordidinhas, mas que na realidade não eram”. Ela revelou ainda o seguinte: “Fui pressionada pela Aeronáutica a convencer as pessoas atingidas pelas luzes conhecidas por chupa-chupa de que elas estavam sendo vítimas de uma alucinação coletiva e que aquilo que elas viram nunca existiu”.

UM SUPOSTO MODUS OPERANDI

Em linhas gerais os relatos passam a idéia de que os supostos ataques eram precedidos segundos antes pela presença de um objeto luminoso cor amarelo para âmbar, em média altitude, que emitia flashes azuis semelhantes a algum tipo de iluminação de serviço, insidindo inclusive sobre o local específico do ataque no corpo da vítima (para definir este loca?). Em seguida um feixe vermelho atingia o corpo da vítima (algumas descreviam este evendo como uma “picada” do feixe) em locais próximos a grandes vasos venosos: femoral (lado interno da coxa); jugular (pescoço) ou subclávia (seio), deixando marcas de microperfuração e queimaduras.

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A questão quanto a esse feixe vermelho é: ele seria realmente uma luz vermelha apenas, ou seria uma luz qualquer que, iluminando uma linha de sangue em trajetória ascendente se tornaria vermelha? Conjecturas ufológicas… sabem como é. Ainda mais jutando-se a isso aquela impressão de anemia que a Dra. Wellaide julgou observar em seus pacientes. Mas como sempre, separar verdade de boato é tarefa praticamente inviável.

Experimentos? O Coronel Hollanda imaginava algo nesse sentido, conforme relatou em sua célebre entrevista à Revista UFO. Sondagem biológica? Experiência genética? Coleta de material para banco de dados? Idéias, além de sinistras, muito pouco prováveis mas que alimentam ainda hoje a imaginação de muita gente.

Contudo enquanto todos os dados da Operação Prato não forem abertos ao público, infelizmente estas e outras questões tão intrigantes continuarão sem sequer esboço de resposta, enquanto as especulações aumentam, distorcem, aproximam cada vez mais os fatos dos boatos, transformando casos em “causos” e desmotivando definitivamente qualquer tentativa, por mais honesta que seja, de sequer tentar garimpar algum resquício de resposta.


___________________________________________

ANEXO 1: RESUMO DOS RELATOS DAS VÍTIMAS

Nome: MES
Sexo: M
Idade: 20
Instrução: primária

Obsevou luz amarelada na rua
Parou a 20 metros dele
Observou feixe luminoso vermelho

Sentiu abalo como choque eletrico, vindo dos pés à cabeça
Paralisia com “semi-inconsciência” (SIC)
Movimento recobra assim que a luz vai embora
Entorpecimento por alguns minutos.

* * *

Nome: MS
Sexo: F
Idade: 40
Instrução: primária


Luz filtrava pelas telhas
Tentou levantar mas nao pôde
Paralisia
Tentou gritar mas não conseguiu
Alguns minutos após, levantou-se
8 dias rouco e com o hemicorpo E amortecido

* * *

Nome: AFC
Sexo: M
Idade: 55
Instrução: primária

Do quintal correu para dentro de casa
Atingida por feixe vermelho na perna E

Amortecimento, calafrio dos pés à cabeça
Tremores e dormência por 8 dias

* * *

Nome: MMS
Sexo: 38
Idade: M
Instrução: analfabeto

Apontou arma para luz
Atingido por feixe vermelho
Paralisia
Choque elétrico propagado como calor vindo dos pés
“Tremor das carnes” (SIC)

* * *

Nome: MGS
Sexo: 20
Idade: F
Instrução: primária

Casa (sem energia eletrica) intensamente iluminada, luz amarelo clara
Viu na rua luz amarelo-avermelhada
Gritou
Calafrio nos pés
Amortecimento hemicorpo E por 1 hora
Rouca por alguns dias

* * *

Nome: APS
Sexo: F
Idade: 37
Instrução: analfabeta

Quarto, luz avermelhada por tudo
Portas e janelas fechadas
Abriu janela: luz azul muito forte
Dor nos olhos
Amortecimento em todo o corpo
Sensação permaneceu por dias

* * *

Nome: MCPS
Sexo: F
Idade: 20
Instrução: alfabetizada

Luz invadiu casa
Dor intensa em todo o corpo como se fosse comprimida
Amortecimento a partir dos pés
Calor difuso desde ombro D até cabeça
Atingida lado D do corpo por luz vermelha

* * *

Nome: MFF
Sexo: M
Idade: 30
Instrução: primário

Atingida por luz
Semiparalisia
Choque elétrico
Pés aqueceram
Tremor por todo o corpo dos pés à cabeça
Amortecimento hemicorpo D por 1 hora
Após: cefaléia e rouquidão

* * *

Nome: MAS
Sexo: M
Idade: 32
Instrução: alfabetizado

Luz fora de casa, amarelo avermelhada, lampejos azuis
Entrando em casa, atingido por foco de luz clara
Choque elétrico
Semiparalisia dos pés à cabeça
Calafrios, calor progressivo por minutos
Após: rouquidão e dor na nuca

De acordo com a esposa ele emepalideceu, ficou estático como que colado à mesa.

O filho menor do casal relata: “fiz força para tirar os braços da mesa, não conseguí, parecia que estava colado” (SIC). Cefaléia e rouquidão.

* * *

Nome: AST
Sexo: M
Idade: 28
Instrução: analfabeto

Luz azul infiltrando pela cumieira
Amortecimento
“Cabeça parecia aumentar de volume” (SIC)
Gritou mas voz não saia
Dias depois: rouco e com cefaléia

* * *

Nome: ASS (esposa AST)
Sexo: F
Idade: 23
Instrução: analfabeta

Semiparalisia por poucos minutos
Após cabeça doía muito
Voz rouca por alguns dias

* * *

Nome: BAC
Sexo: F
Idade: 32
Instrução: primária

Luz avermelhada
Irradiação pelo corpo como calafrio
Semiparalisia com tremor
Gritou com dificuldade
Dores nas escápulas sem outros sintomas

* * *

Nome: RNB
Sexo: M
Idade: 45
Instrução: analfabeta

Caminhando na roça, sentiu perder as forças
Objeto iluminado emitindo feixe azul – tipo lanterna (SIC)
Objeto deixava rastro de faíscas multicoloridas
Travamento do corpo
Cefaléia
Entorpecimento da região atinginda

* * *

Nome: JJS
Sexo: M
Idade: 48
Instrução: primária

Luz penetrava pelo telhado tentando atingir seu pescoço (SIC)
Bateu as mãos para tentar assustar o “bicho-morcego”
Intenso calor e entorpecimento da região direita do pescoço

Filhas:
DMS, 32, primária
SMS, 21, primária

Dormiam na mesma rede
Nada sentiram antes, durante, depois
Acordadas pelo pai JJS
Observaram “salpicos de sangue” SIC

* * *

Nome: ECO
Sexo: M
Idade: 50
Instrução: primária

Acorda no meio da noite com moleza (SIC)
Tenta levantar sem conseguir
Adormeceu novamente
Pela manhã observa mancha arrochada na face interna da coxa direita
Não deu importância até ouvir relatos semelhantes e enfim imaginar ter sido “chupado pelo aparelho”.

* * *

Nome: CRP
Sexo: F
Idade: 35
Instrução: analfabeta

Deitada na rede, luzes da cidade haviam apagado 1 hs antes
Luz percorreu seu corpo e fixou no seio E sugando-o
Desceu para mao D, sentiu picada de agulha
Gritou sem sucesso: voz presa na garganta
Corpo semiparalisado
Ambiente iluminado por luz esverdeada
Torpor
Grande calor no seio E
Dor aguda dorso mão D
Cefaléia
Amortecimento lado E tórax, como que comprimindo

Foi atendida pela Dra Wellaide e encaminhada para o IML.

Laudo do IML (de acordo com o relatório militar):

Incisão no seio E
Área circunjacente levemente queimada
Leve, quase imperceptível sinal na mão D

* * *

Nome: AS
Sexo: M
Idade: 51
Instrução: primária

Luz azulada no quintal
Ouviu distantemente voz da esposa
Não deu mais contato de sí
Foco de luz o atingiu diretamente
Paralisia parcial
Gritou, voz parecia presa na garganta

* * *

Nome: RGT
Sexo: M
Idade: 26
Instrução: primária

Acorda com claridade esverdeada
Sentiu picado por agulha face interna coxa D

De manhã: fraqueza
Amortecimento no local onde sentira a picada
Cefaléia
Tontura
Hiperemia (rubor e calor) na coxa D

Dias depois: tipo de queimadura descamando
Pequeno ponto vermelho no centro
Área definida de 12 cm oval, circundada por 2 cm de pele descamada: total, 25 X 14 cm.

Esta lesão foi observada pela equipe militar.

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ANEXO 2: DEPOIMENTO DA Dra. WELLAIDE CECIN

Atendeu 4 casos “pessoas atingidas por um foco de luz de procedência desconhecida

crise nervosa
amortecimento parcial do corpo todo (diferente do padrão usual: na crise nervosa são as extremidades que amortecem)
cefaleia
astenia
tremores generalizados
queimaduras 1o grau
marcas de microperfurações de acordo com sexo:
homens(3): pescoço (jugular)
mulher(1): seio (subclávia)

Alguns fatores observados, segundo a Dra., parecem indicar alterações anêmicas. Ela não acredita que as vítimas tenham sido “sugadas”

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