Ex-coronel mantém versão de OVNI em Rendlesham, na Inglaterra, e diz ter provas

O coronel norte-americano reformado Charles Halt, 35 anos depois do episódio, mantém seu relato segundo o qual um OVNI (Objeto Voador Não Identificado) teria pousado perto da base aérea americana de Bentwater, na região de Suffolk, na Inglaterra. Em recente entrevista à rede BBC de televisão, depois de confirmar que viu tais objetos na floresta de Rendlesham, ele garantiu que agora conseguiu reunir declarações dos operadores de radar das bases próximas da Força Aérea Real britânica (RAF). Estas declarações confirmariam que um objeto de fato foi monitorado pelos sistemas de radar naquela época.

O tema é bastante controverso. O caso, ocorrido em dezembro de 1980, é conhecido como o “Roswell” britânico, numa referência ao famoso caso norte-americano que supõe a queda de um ou mais UFOs em Roswell, no Novo México. A diferença aqui, além de não haver a suposta captura de um humanóide, é que parte das testemunhas em primeira mão, entre elas Charles Halt, estão vivas para contar a história. Além do fato de notoriamente terem havido investigações oficiais sobre o ocorrido.

Tanto Halt, de 75 anos, quanto membros da equipe de segurança da base de Bentwaters teriam visto o objeto.
Ele era vice-comandante da base na época e hoje vive na Virginia, nos Estados Unidos. O coronel afirma que seus colegas não quiseram falar sobre o assunto até se aposentarem, mas que, recentemente, teriam confiado a ele seus depoimentos por escrito.

“Eu tenho confirmação de que (os operadores de radar de Bentwaters) viram o objeto passar por seus 96 km de área (monitorada) em dois ou três segundos, milhares de quilômetros por hora. Depois, ele voltou para o campo de visão do radar e parou ao lado da caixa d’água. Eles o observaram e o viram entrar na floresta onde nós estávamos”, disse Halt.

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Várias equipes de pesquisadores e ufólogos tentaram obter gravações ou cópias dos registros de radar, mas, segundo diversos autores, as gravações do dia, mesmo as britânicas, desapareceram. Teriam sido requisitadas por oficiais da Força Aérea dos EUA (USAF), que foram prontamente atendidos.

“O que quer que fosse (o objeto voador), estava claramente sob controle inteligente”, sustenta Halt. O Ministério de Defesa britânico disse à BBC que não lida mais com relatos sobre óvnis. De fato, desde 2009 oficialmente alega ter deixado as investigações sobre supostos extraterrestres. Há alguns anos, a armada de Sua Majestade vem liberando documentos acerca do Fenômeno UFO. Mas curiosamente, sobre Rendlesham, liberou basicamente apenas correspondências públicas.

O ufólogo britânico John Hanson diz considerar Halt uma testemunha confiável. Segundo ele, houve um “esforço coordenado para esconder a verdade” sobre as supostas aparições em 1980. Para Hanson, as provas de que o óvni teria sido captado pelo radar enfraquecem a versão do governo na época, de que o fenômeno se tratava de pessoas que interpretaram incorretamente as luzes de um farol.

Depoimentos de militares aposentados

Entre os depoimentos que estariam em poder de  Charles Halt, dois são bastante aguardados. Os dos seguranças da Força Aérea americana, John Burroughs e Jim Penniston, que foram os primeiros a relatar que teriam avistado luzes estranhas em 26 de dezembro de 1980, próximo à base de Bentwaters. A base foi usada pelos Estados Unidos desde a Guerra Fria até 1993.

O coronel Halt também gravou um depoimento na época descrevendo seus esforços para encontrar a origem da fonte de luz. Ao longo do tempo, foi sugerido que as luzes vistas na floresta de Rendlesham podem ter sido testes de projetos militares, uma viatura de polícia, um helicóptero carregando uma cápsula falsa da nave espacial americana Apollo, uma brincadeira de aviadores e as luzes de um farol em Orford Ness.

Com informações da BBC