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Confirmado: Voyager 1 está no espaço interestelar

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Por Mike Wall, Space.com
Voyager 1 no espaço interestelar
Representação conceitual de um artista retratando a nave espacial Voyager 1, da NASA, ao entrar no espaço interestelar, ou o espaço entre as estrelas. Espaço interestelar é preenchido pelo plasma ou gás ionizado, que foi expulso pela morte estrelas gigantes milhões de anos atrás. O ambiente dentro da nossa bolha solar é preenchido pelo plasma ejetado pelo nosso sol, conhecido como vento solar. O plasma interestelar é mostrado como um brilho laranja, semelhante à cor observada em imagens de luz visível pelo telescópio espacial Hubble quando aponta para estrelas na nebulosa de Orion, viajando pelo espaço interestelar.
Crédito: NASA / JPL-Caltech

Novos dados recolhidos pela sonda Voyager 1, da NASA, ajudaram os cientistas a confirmar que a sonda longínqua está realmente viajando através do espaço interestelar, disseram os pesquisadores.

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Voyager 1 esteve nas manchetes em todo o mundo, no ano passado, quando os cientistas da missão anunciaram que a sonda tinha aparentemente deixado a heliosfera – a enorme bolha de partículas carregadas e campos magnéticos em torno do sol – em agosto de 2012.

Eles chegaram a essa conclusão depois de analisar medidas que a Voyager 1 fez, na esteira de uma poderosa erupção solar, conhecida como ejeção de massa coronal, ou CME [em inglês, Coronal Mass Ejection]. A onda de choque desta CME fez com que as partículas ao redor da Voyager 1 começassem a vibrar substancialmente, permitindo que os cientistas da missão calculassem a densidade do entorno da sonda (porque plasma mais denso oscila mais rápido).

Esta densidade era muito maior do que a observada nas camadas mais externas da heliosfera, permitindo aos membros da equipe concluírem que a Voyager 1 entrou em um novo reino cósmico (o espaço insterestelar é mais vazio do que as áreas perto da Terra, mas o Sistema Solar se afina dramaticamente perto da borda da heliosfera).

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A CME em questão entrou em erupção em março de 2012, e sua onda de choque chegou à Voyager 1 em abril de 2013. Após estes dados, a equipe desenterrou outro choque num evento CME muito menor, no final de 2012, que inicialmente tinha passado despercebido. Ao combinar essas medições separadas, com conhecimento da velocidade de cruzeiro da Voyager 1, os pesquisadores foram capazes de rastrear a entrada da sonda para o espaço interestelar em agosto de 2012.

Agora os cientistas da missão tiveram a confirmação, na forma de dados de um terceiro choque CME, que a Voyager 1 observou em março deste ano, anunciou oficialmente a NASA na segunda-feira (7 de julho).

“Estamos animados para analisar esses novos dados”, disse em um comunicado Don Gurnett, da Universidade de Iowa, o principal investigador do instrumento de ondas de plasma da Voyager 1. “Até agora, podemos dizer que ele confirma que estamos no espaço interestelar.”

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Espaço interestelar começa onde termina a heliosfera. Mas, por algumas medidas, a Voyager 1 se mantém no interior do sistema solar, que é rodeado por uma concha de cometas conhecidos como a Nuvem de Oort.

Embora não se saiba exatamente o quão longe a partir da Terra se estende a Nuvem de Oort, Voyager 1 vai ficar lá por um bom tempo. Os cientistas da NASA estimam que a Voyager 1 vai emergir da Nuvem de Oort em 14.000 a 28.000 anos.

A nave foi lançada, em setembro de 1977, cerca de duas semanas depois de sua irmã gêmea, a Voyager 2. As sondas embarcaram em um “grand tour” pelo sistema solar exterior, dando ao mundo alguns seus primeiros bons olhares em Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e luas desses planetas.

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Como Voyager 1, a Voyager 2 ainda está ativa e operacional. Ela tomou uma rota diferente através do sistema solar e é esperado que acompanhe sua irmã gêmea no espaço interestelar alguns anos a partir de agora.

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