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Carlos Paz Wells diz manter contato com extraterrestres (Parte I)

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Para alguns, OVNIs e discos voadores não passam de erros de interpretação, enquanto os supostos contatos com extraterrestres são meras fantasias humanas. Para outros, tratam-se de fenômenos concretos, que precisam ser investigados e comprovados. No entanto, para Carlos Roberto Paz Wells, o bem sucedido diretor de Marketing da Philco e fundador da Missão Rama (que foi rebatizada no Brasil como Projeto Amar), os extraterrestres não apenas existem concretamente e a experiência do contato controlado é possível, como ele e os integrantes do hoje chamado Projeto Amar mantém até laços de afetividade com estes seres.

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Charlie, como é conhecido no Projeto Amar, nasceu em Lima, no Peru, em 1954 e mudou-se para o Brasil em 1976, dois anos após fundar, junto com seu irmão, Sixto Paz, que também se diz contactado, a Missão Rama. Um desentendimento entre ambos e uma bolsa de estudos na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo motivaram a vinda de Charlie para o Brasil. Antes de sair do Peru, foi pivô de uma série de reportágens do então repórter espanhol Juan José Benítez sobre um contato programado com ETs, história que resultou no livro “OVNIs: SOS A La Humanidad”, publicado no final de 1975.

Aqui ele continuou desenvolvendo as experiências onde manteria comunicação com extraterrestres, não apenas contatos telepáticos mas também físicos, estruturando um trabalho que, segundo calcula, envolve hoje cerca de 1500 pessoas em todo o Brasil, além de grupos em outros países como Canadá, Estados Unidos, Austrália, Espanha, Costa Rica, Colômbia, Chile e Peru.

Em 1993 ele publicou, pela Editora Ícone, o livro “Os Semeadores de Vida”, onde conta suas supostas experiências de contato com sociedades extraplanetárias, incluindo uma visita ao planeta APU, habitat de uma das 15 civilizações extraterrestres –de seres muito parecidos com o homem– com as quais o Amar diz manter intercâmbio.

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Polêmico, Charlie aguça a idolatria de uns, a curiosidade de outros, e o ódio de outros tantos. Raros são os ‘esotéricos’ que não se identificam com sua filosofia. Na mesma proporção são os ‘científicos’ que admitem sua história, que encerra desde uma ideologia apurada até eventos duvidosos como a suposta confusão de um repórter da Revista Manchete (veiculada em 7 de abril de 1979) ao relacionar seu depoimento a fotos que a comunidade ufológica já sabia serem falsas.

A controvérsia a cerca de Paz Wells é tamanha a ponto de gerar um convite na Revista UFO (nº 50) — única publicação impressa no Brasil que trata exclusivamente da Ufologia– para que ele forneça provas de suas afirmações. Provas que, sem fazer parte dos objetivos do Amar, ele mesmo admite, raras vezes foram produzidas. Nas poucas vezes em que essas provas existiram, situações diversas fizeram com que o acesso a elas ficasse muito difícil ou impossível.

Na Internet, a todo momento surgem novas home pages de grupos ligados ao trabalho do Projeto Amar. Inúmeras foram as mensagens recebidas pela Revista Vigília solicitando informações sobre essa experiência. Ao invés de responder os e-mails caso a caso, resolvemos fazer diferente: trouxemos Charlie para a Internet, numa entrevista exclusiva.

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O caminho para a sua casa, modesta mas aconchegante, no Alto da Boa Vista, em São Paulo, não podia ser mais sugestivo. Pouco antes de chegar à rua onde mora, passa-se por ruas chamadas Paz e Fraternidade.

Homem bastante ocupado profissionalmente, foram necessários vários telefonemas antes, duas horas de um bate papo descontraído no dia 6 de maio último, e mais um telefonema depois para completar a conversa.

Mostrando estar com respostas na ponta da língua para os pontos polêmicos de suas alegadas aventuras, Charlie falou sobre suas experiências no Projeto Amar, expos suas teorias e mágoas com relação à Ufologia e suas expectativas para o futuro da humanidade.

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Vigília: Antes da criação do Projeto Rama, o que levou o jovem Carlos Paz Wells a buscar respostas na Ufologia?

Wells: O interesse pelos discos voadores é de família. O meu pai fundou o IPRI – Instituto Peruano de Relações Interplanetárias em 31 de janeiro de 1955, eu me criei neste ambiente. Nasci em 54. Sempre acompanhei meu pai nas palestras, nas pesquisas de campo. Conheci muita gente que já tinha passado por experiências. Então eu criei um gosto muito grande por isso. Dali nós tivemos a nossa experiência, que foi justamente em 1974, e foi simplesmente um pequeno pulo, porque já íamos a campo, já tínhamos tido uma série de avistamentos na década de 70. Em Lima houve uma grande onda de discos voadores. E no ano de 73 ocorreu o famoso caso de Enrique da Silva Rincón, da Colômbia, e a experiência que ele desenvolveu através de sensitivos. A notícia chegou para nós em fins de 73, quando foi feita uma palestra sobre o assunto e aí nós decidimos reproduzir o exemplo. Nossa experiência acabou acontecendo em janeiro de 74. Foi quando meu irmão fez a comunicação; veio a suposta mensagem, no dia 22 de janeiro, e no dia 7 de fevereiro fomos a campo e pintou aquele objeto bem perto da gente.

Vigília: O trabalho que você desenvolve hoje no Projeto Amar ainda traz influência do que seu pai desenvolveu no IPRI.

Wells: Olha, nós somos um grupo bastante abrangente. Muita gente nos filtra como seita, outros como esotéricos… Sei lá, as mais absurdas denominações. Nós só podemos ser, primeiro que nada, um movimento em busca do conhecimento. Nós não somos um grupo esotérico ou ufolátrico, como muita gente chama. Nós somos um grupo voltado a compreender o que está acontecendo em nosso meio e o que podemos fazer pelo o ser humano, enquanto criatura que passa por um processo de evolução. O ser humano é uma criatura desconhecida. Nós vivemos muito no impulso. O impulso cultural, social, histórico, acumulativo. A conquista plena da nossa existência consciente não existe.

Vigília: E o objetivo do Amar? É proporcionar essa mudança de consciência?

Wells. Justo. O nosso objetivo é permitir que a pessoa tome consciência de quem ela é, enquanto ser e que faz parte não de um contexto social apenas, mas de um conceito universal. Ou seja, que ela é um ser que está dentro de um processo chamado evolução e as coisas ao redor dele não são exatamente como muita gente acredita que seja. Consciência de que existe uma pluralidade de conhecimentos, tecnologias e de sociedades pairando ao redor de nós, e que podem ser um elemento de referência muito importante para destruir os paradigmas estruturados pela nossa sociedade. Há certas estruturas que se consolidaram na mente humana, e que de certa forma prendem o homem a dar, digamos assim, saltos quânticos de transformação, de mudança e de reformulação social, política, econômica e sob todos os aspectos.

Vigília: Como o Projeto Amar se estrutura para atingir seus objetivos?

Wells: Nós, enquanto grupo, e como estrutura, nos ordenamos dentro de uma metodologia. Uma metodologia de busca de conhecimento, da experimentação e de trabalho. E partimos de uma base profundamente racional e coerente: o ser humano é uma criatura extremamente desordenada, não somente nas suas ações como também na sua estrutura de pensamento, desejos, vontades e de formação. É impossível desejar que um ser humano busque, mais adiante, um contato com outros seres humanos, o conhecimento, ou que estabeleça um desempenho ordenado de aprendizagem de trabalho, de disciplina –e que talvez possa ter a oportunidade de se digladiar com outras civilizações– se ele não está preparado intelectualmente, formalmente, estruturalmente para poder trocar alguma coisa. É fundamental ordenarmos a nossa posição e estabelecermos um norte, um objetivo claro, coerente, consistente, prático e em função disso conseguirmos atrelar tudo aquilo que o momento nos oferece. Isso não é esoterismo. Isso não é sectarismo, filosofia barata. É a busca de se estabelecer uma ordem de existência. Nossa sociedade é isto. Ela estabelece norma de conduta, estabelece um modo psico- comportamental para tornar o indivíduo saudável socialmente –e nem sempre o saudável socialmente é o saudável verdadeiramente.

Vigília: Qual é o parâmetro para determinar o que é saudável verdadeiramente?

Wells: É justamente questionar a condição vigente, analisar o que humanidade tem sido até hoje e buscar entre todos nós esse denominador. Ou seja, não é que o Carlos Roberto Paz Wells, o Charlie, vai dizer ‘gente, vocês têm que pensar pela minha cabeça e isso aqui é que vai nortear o seu trabalho’. Não. O nosso discurso é de que todos nós trabalhemos buscando estabelecer, de comum acordo, qual deve ser essa estrutura. E a estrutura vigente, que vier a se estabelecer, deverá ser questionada a cada momento. A grande dinâmica deste trabalho é de que não existe um pensador e os seguidores de um pensamento.

Vigília: Você diz que os grupos de trabalho não seguem exatamente o que o Charlie diz. Então como eles se organizam? Existe uma hierarquia?

Wells: Não é uma hierarquia. Necessariamente existe uma estrutura funcional. Isso é para colocar ordem na casa. Alguém tem que assumir as rédeas e tomar, em alguns momentos, certas decisões. Isso é operacional. É uma definição administrativa, digamos assim, não tem força de lei. Nós temos um grupo de pessoas, que nos chamamos de “a instrução”, que já estão conosco há muitos anos. São pessoas que através de uma série de experiências e atividades chegaram a um certo nível. Esse grupo é o que delibera, administrativamente, todo o trabalho. Novas pessoas que vierem a preencher uma série de requisitos irão ser incorporadas a esse grupo.

Vigília: Quais requisitos?

Wells: Conhecimento, informação, tempo de participação, ser experimentado juntamente com o grupo, ter realizado uma série de tarefas, ter desenvolvido certas experiências em campo, inclusive comprovadas através de testemunhos. São pessoas que têm uma visão do que esse processo representa. Elas querem, desejam e estão dispostas realmente a fazer algo muito importante. Elas estão numa posição de sacrifício e de entrega, ou seja, por amor a esse trabalho, porque viram a necessidade, perceberam a importância, compreenderam o que elas podem aportar e de bom agrado, honestamente, se empenham e se devotam sinceramente para colaborar com isso. Essas pessoas que deliberam administrativamente todo o trabalho. Então são elas que prestam auxílio, organizam os eventos, promovem palestras em alguns casos, passam as informações, colaboram com os grupos sempre que eles precisam. São pessoas que pela sua experiência têm uma bagagem a oferecer. Esta então seria, digamos assim, a cúpula estrutural administrativa.

Vigília: Quantas pessoas fazem parte desse grupo?

Wells: São hoje em torno de umas 15 pessoas, isso em São Paulo. Porque existe no Rio também e são dois grupos que interagem constantemente. Por isso não é um grupo fechado. Há outros se formando em outros lugares e todos eles interagem constantemente. Mas esses grupos não trabalham sozinhos. O que também, de uma certa forma, destrói o conceito de um autoritarismo. Nós estamos fazendo outros grupos satélites, além dos grupos normais. Por exemplo, um grupo de pessoas quer participar desse trabalho. Perfeito! Então eles se reúnem, num número de pessoas que é de no mínimo sete e no máximo 15.

Vigília: Por o número de participantes é definido assim?

Wells: Porque são grupos que trabalham numa dinâmica de troca de informação. Quanto menor é o grupo, as pessoas se acostumam muito umas às outras, estabelecem elos de amizade e a discussão perde peso, porque as pessoas estarão muito tolerantes entre si.

Vigília: Isso é técnica de neurolinguística…

Wells: Exato, é mais ou menos neste sistema. Quanto maior o grupo, maior o número de posições diferentes ou pontos de vistas diferentes. Isso permite uma dinâmica de troca de informações muito maior.

Então esses grupos são os grupos normais, que chamamos grupos de origem. Mas independentemente, existem pessoas desses grupos de origem que vêm colaborar com nosso processo. Além de participar desses grupos, elas participam de outros como colaboração. São os grupos de auxílio. Nós temos um grupo que chamamos de suporte, que é treinado especificamente com o objetivo de estar o tempo inteiro colaborando com todos os grupos existentes. Também temos um grupo que chamamos de laboratório rural, que tem por objetivo fazer um trabalho de laboratório de atividade rural, onde as pessoas possam ter um aprendizado de vida extremamente simples –porque o ser humano, pela própria condição da cidade, perdeu uma visão ecológica, não dar valor ao meio ambiente. E através desse grupo as pessoas poderão ter amanhã a possibilidade de conhecer o campo, ver o valor o meio ambiente, como se habilitar para sobreviver em condições simples, ou seja, passar a ter uma outra visão de relacionamento com o mundo fora realmente da sociedade.

Vigília: As pessoas iriam fazer uma espécie de curso?

Wells: Exatamente. Esse grupo se encarregará de desenvolver um plano para que as pessoas mais a diante possam vir fazer um curso, um treinamento, e para isso nós compramos uma área na região de Gonçalves, no Sul de Minas.

Temos também um grupo de comunicação, que se encarrega de editar um jornalzinho, onde colocam todas as informações relativas às nossas atividades. Esse grupo também se encarrega de passar informações, fazer pesquisas para poder ajudar a todos. Temos também um grupo de informática que é o responsável pela nossa BBS interna, sem custo nenhum, onde as pessoas podem acessar e obter informações sobre o nosso trabalho. Temos uma página na Internet (Nota do WebMaster: http://www.projeto.org) . Temos um e-mail.

Temos um grupo de atividades comunitárias, que tem por objetivo relacionar-se com entidades como Rotary e grupos de atividades social-comunitária, para que em situações emergenciais a gente possa colaborar com todos eles, mobilizando nosso pessoal.

Vigília: Mas para manter esse trabalho é preciso dinheiro. E de onde vêm os recursos?

Wells: Por incrível que pareça, as pessoas se mobilizam e fazem as coisas de graça. As únicas despesas que existem, efetivas, eu arco com elas. Aliás essa é uma luta que eu tenho assim ferrenha e todo mundo sabe disso. Eu não permito que ninguém coloque nada. Porque se já com o pouco que eu faço sou massacrado por todo mundo, imagina se houvesse algum envolvimento econômico aqui! Agora, todos eles colaboram, muitas vezes até a contragosto meu. Quem tem um micro o coloca à disposição, quem tem isso faz aquilo… Temos profissionais de diferentes campos e cada um oferece dentro do que ele conhece, sua bagagem, inclusive sua casa, seu equipamento, o que for necessário para colaborar.

Temos também um grupo de cura onde fazemos trabalhos acompanhados por médicos através de experiências de nível psíquico –não são mediúnicas, de espíritos ou extraterrestres que descem para curar. São trabalhos de cunho paranormal onde, através de todo um treinamento, buscamos obter resultados.

Vigília: É público que você teve um racha com seu irmão. O que foi exatamente que aconteceu?

Wells: A história é mal conhecida. E é bem simples. Quando a experiência de J.J. Benítez aconteceu no Peru, no ano de 74, Benítez deu a conhecer a experiência –o livro dele foi escrito em 1975 e em fins daquele ano publicado na Espanha– e contou toda essa história. Quando os jornalistas internacionais começaram a ir para o Peru para reportar a nossa experiência, eles já sabiam que eu não estava lá. Eu saí em 76 e vim para o Brasil. O racha na verdade ocorreu porque Sixto e o grupo dele estavam buscando uma linha de trabalho com a qual eu não concordava. Para o meu ver era extremamente mística e fugia realmente dos meus objetivos. Houve também uma série de problemas internos, de egos. Como eu tinha sido o responsável pela experiência de Benítez, muita gente nos procurava e queria saber de mim, queria falar comigo. E o pessoal começou a se enciumar em relação a isso, porque achavam que era o grupo que tinha tido a experiência e tudo o que tinha acontecendo.

Vigília: Mas todos seriam orientados pelas mesmas entidades extraterrestres. Como podia ocorrer uma divisão?

Wells: Bom, mesmo aqui nós conversando, embora estejamos utilizando o mesmo tipo de idioma para nos entendermos, o que você está compreendendo do que eu estou passando está obviamente vindo a ser integrado por você em função dos teus filtros. O que você considera prioritário você valoriza, o que você considera secundário você deixa de lado. Então esse processo seletivo do que eu pretendo para o que você obtém já acontece no nosso próprio meio. Se você conhece neurolingüística sabe o que acontece.

Vigília: Se essas supostas entidades querem realmente ajudar a humanidade, porque não se mostram de uma só vez e mostram a todos quais os erros e que caminhos seguir?

Wells: Neste exato momento todos nós estamos sendo governados por um conjunto de regras. E eles seriam uma nova regra para a humanidade? Viriam aqui e diriam “não, agora vocês têm que ser desse jeito”? É isso que eles não querem! Eles chegaram a uma conclusão de um fato muito concreto: não adianta eles robotizarem a humanidade, através de um ato prepotente ou autoritário. Eles não podem ser a nossa conclusão. Eles não podem fazer-nos não pensar. Não podem chegar aqui e dizer: “agora nós vamos pensar por vocês”; porque não estariam comprando, por parte da humanidade, lealdade. Estariam induzindo o mundo a se submeter a uma condição autoritária pelo medo ao que eles podem ou poderiam fazer.

Vigília: Não seria mais lógico promoverem um contato com lideranças políticas, religiosas, com poder de levar a informação a todas as pessoas?

Wells: A presença extraterrestre em nosso planeta já envolveu lideranças religiosas, políticas, econômicas. Não é de agora. Só que em hipótese alguma eles poderiam tomar uma atitude autoritária de serem incisivos em relação a isso. Em nenhum momento os extraterrestres poderiam forçar um país ou um governo a tomar uma atitude, porque automaticamente estariam induzindo a uma condição pelo medo. E a condição de imposição não beneficia os extraterrestres em hipótese alguma. Pelo contrário, estabelece uma condição de tentativa de resposta a qualquer momento. Transforma o ser humano numa bomba de tempo. O ser humano estaria curioso em relação a que potencial pode obter. Curioso em relação a quais são os prováveis objetivos, porque o ser humano não confia em ninguém. Por mais claros que os extraterrestres tentassem se mostrar estaríamos preocupados em saber quais são seus verdadeiros propósitos.

Vigília: Seria uma preocupação de não gerar reações como a dos membros da seita Heaven’s Gate?

Wells: Por exemplo! Se já loucos varridos por aí podem levar as pessoas a um suicídio coletivo, imagine então de repente eles aparecerem maciçamente para o mundo. Aliás, um (filme) Independence Day da vida queimou o filme dos extraterrestres. Porque se eles decidirem aparecer maciçamente, o que vai ter gente fugindo por aí achando que vai acontecer o mesmo… Eles estão sendo de uma certa forma lesados pela mídia. Porque ao invés deles serem vistos como uma alternativa interessante, de grande salto cultural, estão sendo vistos como pretensos inimigos futuros. Qualquer ação que eles vierem a ter, será vista como agressiva. A humanidade não está recebendo esses seres de braços abertos ou de igual para igual. Está se convencendo a cada momento mais de que eles podem representar no futuro uma nova condição de poder dominando o mundo. Aliás, sobrei isto temos palestras de pancada. Um bom exemplo disso é Whitley Strieber. Há dez anos ele gerou a famosa a paranóia norte-americana das abduções. Depois que ele lançou seu livro suas experiências, os Estados Unidos em peso se sentiram abduzidos.

Vigília: Existem relatos de experiências de abduções não apenas nos Estados Unidos, e algumas delas onde haveria a colocação de supostos implantes, inclusive. Há notícias recentes onde estes artefatos teriam até sido retirados para estudo. Como isso se encaixa na visão do Projeto Amar?

Wells: Pelo amor de Deus, que coisa mais absurda, mais ridícula! Nós, seres humanos, agora, com a nossa tecnologia, já somos capazes de fazer uma Dolly da vida, sendo que podemos colocar um óvulo fecundado em qualquer útero, que não precisa nem ser do próprio animal. Podemos pegar úteros de aluguel de outros animais para gerar um ser vivo. E vamos acreditar que um ser extraterrestre virá no Planeta Terra para pegar um óvulo feminino, inseminá-lo artificialmente e esperar durante algum período para que desenvolva um embrião e depois possa recolhe-lo? É ser imbecil, ser ridículo, idiota. Como ele vai pressupor que é a melhor forma de experiência? Porque essa mulher pode bater, ter uma doença qualquer. Essa mulher como objeto de experimento é a coisa mais frágil que pode existir! Iriam fecundar uma mulher quando poderiam seguramente fecundá-lo lá (fora da Terra) e colocá-lo em qualquer útero que não precisa ser humano? Só para depois virem aqui dizer “olha, você tem um filho em outro planeta”. Ah, isso para mim é ridículo.

Vivemos um mundo onde o volume de informações sobre extraterrestres e sobre fantasias é imenso. E a paranóia fantástica humana também é extraordinária. Você pegar uma pessoa e através de um processo de hipnose dizer que ela realmente foi abduzida é muito leviano, porque a mente humana pode forjar muita coisa. Agora, com isso não quero dizer que não existam abduções. Elas existem, mas não são da forma como se apresentam.

Vigília: E como elas seriam?

Wells: Uma pessoa pode ser levada num disco-voador. O aspecto traumático do indivíduo, de não estar preparado para essa realidade, pode levar a uma série de reações negativas. Ele se sente frustrado, extremamente vulnerável por não poder reagir. Lógico! Ele vai transmitir para a população uma condição de frustração, de negativismo total, de insatisfação, quando na verdade deveria pensar pelo outro lado. A frustração o leva realmente a pensar no caso como uma experiência mais horrenda, terrível e traumática, por estar vendo por uma ótica específica. Porque não tem preparação para compreender o que ocorreu neste momento. Mas tem ‘chips’ implantados em pessoas? Claro que tem. Qual seria o objetivo de um ser extraterrestre em colocar um ‘chip’ num indivíduo. “Ah, eu vou monitorar essa pessoa?”. Soa ridículo. Estamos falando de seres que apresentam um panorama de serem telepatas; manifestaram-se como tendo poderes paranormais extraordinários; geraram os fenômenos mais incríveis. Eles iam colocar um ‘chip’ numa pessoa para monitorar o que? Seu centro nervoso? Informações? Esse tipo de coisa? Eu acho que isso é muito bobo. Eu acho que com isso eles estão jogando com a gente. Estão dando algo para chamar mais a atenção, para mostrar a sua tecnologia. Estão monitorando outra coisa. Estão procurando medir nosso nível intelectual; estão analisando justamente a nossa paranormalidade, a nossa sensitividade, estão analisando como estamos lidando como estamos abrindo a orda de possibilidades. Estão vendo como os cientistas encaram o fenômeno e até onde eles vão resistir a ponto de não reconhecerem o próprio fenômeno. Estão querendo ver até que ponto o ser humano continua ainda apreensivo, ingênuo, inocente, e por outro lado extremamente agressivo e violento. É por isso que grupos como o nosso existem. Somos (o Amar) um outro lado completamente diferente, por que nossa relação é pacífica, tranqüila. Eles estabelecem conosco relações afetivas, um vínculo que é de certa forma paternalista às vezes.
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